Este Blog procura resgatar a Memória Coletiva do Colégio Estadual de Bagé, o Carlos Kluwe, e também da nossa cidade, através da narrativa de fatos que marcaram a vida de todos que por aqui nasceram ou viveram. Objetiva também colaborar com a cultura da Região de Fronteira, onde Bagé está situada. Mande suas histórias e suas fotos para o mail blog.estadual@hotmail.com Mostre que temos memória e zelamos por ela.
30 de setembro de 2010
As cores explodem em flores - V, Reds
29 de setembro de 2010
As meninas - IV, Um trio de futuro
28 de setembro de 2010
La partida del tren
Um introspectivo sinal férreo digno de Clarice
27 de setembro de 2010
Um baú no Pampa – IX, Os estudos e os esportes com os Guasque
26 de setembro de 2010
Em algum lugar (restaurante) no passado...
O Gerson Luis me diz que: " Toda minha vida pensei que esta foto, tirada em Bagé, fosse de algum dos restaurantes que a Família Bianchetti teve, mas não é. Poderias me ajudar a saber onde foi? "
Eu respondi: Posso, mas pedindo a ajuda dos leitores do Blog... coisa que faço agora. Parece uma foto tomada nos anos 50, 60, em algum lugar no passado de Bagé. Seria no Sorocabana? Cambruzzi? Quem pode ajudar o Gerson?
25 de setembro de 2010
"Eu quero ter um milhão de amigos..."
24 de setembro de 2010
Bagé - 200 anos
A Comissão Executiva dos 200 Anos de Bagé promove enquete para a escolha da logomarca do bicentenário da nossa cidade. Faça sua escolha e envie seu voto! Observação: A ordem das logomarcas não representa a sua classificação atual. A votação encerra dia 1º, às 19 horas. Qual logomarca você prefere? | ||
As cores explodem em flores
A fronteira invisível - II, Milonga De Tres Banderas
Composição: Jayme Caetano Braum - Noel Guarany
Vieja milonga pampeana
Hija de llanos y vientos,
Chiruza de cuatro alientos
De la tierra americana;
Vieja milonga paisana
De los montes y praderas,
Tus mensajes galponeras
Trenzaran en la oración
Al pié del mismo fogón
Los gauchos de tres banderas.
Brasileños y orientales,
Rio-grandenses y argentinos,
Piedras del mismo camino,
Aguas del mismo caudal,
Hicieran, de tu señal,
Himnos de patria y clarin,
Hasta el mas hondo confin,
Bajo el cielo americano,
De Osório, Artigas, Belgramo,
Madariaga y San Martín!
A tu conjuro pelearan,
Vieja milonga machaza
Los centauros de mi raza
Que al más allá se marcharan
Y las hembras que besaran
Con cariño y con amor
Cuando en la guitarra flor,
Enriedada en el cordeje,
Fuiste un llamado salvaje
Al corazón del cantor!
Milonga - poncho y facón,
Calandria pampa y lucero,
Grito machazo del tero,
Calor de hogar y fogón,
Milonga del redomón,
Llevando pátria en las ancas,
Milonga de las potrancas
Milonga de las congojas
Milonga divizas rojas,
Milonga divizas blancas.
Blanco y azules pañuelos,
Celestes, verde amarillos,
Milonga de los caudillos
Que hilvanaran nuestros suelos,
Milonga de los abuelos
De las cepas cimarronas,
Milonga de las lloronas
Repiquetiando de lejos,
Milonga de los reflejos
En las trenzas de las peonas.
Martín fierro - el viejo pancho,
Blau Nunes y Santo Veja,
Tu sonido gaucho llega
Parido nel mismo rancho
Y a lo largo y a lo ancho
Dibuja el suelo patrício
Cuando el payador de ofício
Repunta en vuelo bizarro,
Lanceros de Canabarro,
Rastreadores de Aparício.
Con tu sonido encadenas
Nel mismo pampa dialecto,
Antonio de Souza Neto,
Poncho, lanza y nazarenas,
Milonga sangre en las venas
De la história que se aleja,
Leyenda de pátria vieja
Que hizo del cielo diviza
Con Justo José de Urquiza,
Juan Antonio y Lavalleja.
Milonga de tres colores
Punteada en cuerdas de acero,
Cuando el último jilguero
Ensaya sus estertores,
Nosotros los payadores,
De la tradición campera,
Saldremos a campo afuera,
Por los ranchos y fogones,
Tartamudeando oraciones
Pa' que el gaucho no muera
Pero el jamás murirá,
Gaucho no puede morir,
El ajer y el porvenir,
Lo que fué y lo que vendrá,
La lanza y el chiripá
Podrán quedar nel repecho,
Pero - liberdade e derecho,
Dignidad y gaucheria,
El patriotismo y la hombria
Los guardamos en el pecho.
Milonga de tres bandeiras,
Templada por manos rudas,
Mensaje de Dios, sin duda
Sin cadenas ni fronteras,
Mañana por las praderas
El viento pampa resonga
Con su guitarra de estrellas
Haciendo pátria con ella
Pues donde hay pátria, hay milonga
23 de setembro de 2010
É Primavera! Nas imagens, na poesia, na astronomia e na música.
Um dos sonetos de Luís Vaz de Camões, sobre a Primavera,
Está-se a Primavera trasladando
Em vossa vista deleitosa e honesta;
Nas lindas faces, olhos, boca e testa,
Boninas, lírios, rosas debuxando.
De sorte, vosso gesto matizando,
Natura quanto pode manifesta,
Que o monte, o campo, o rio e a floresta
Se estão de vós, Senhora, namorando.
Se agora não quereis que quem vos ama
Possa colher o fruito dessas flores,
Perderão toda a graça vossos olhos.
Porque pouco aproveita, linda Dama,
Que semeasse Amor em vós amores,
Se vossa condição produze abrolhos.
As datas exatas de início e término das estações são mais uma questão didática, e a variação, às vezes de um dia, que ocorre de um ano para outro, é devida a diferença entre a duração do ano civil e do ano solar. Essa defasagem vai se acumulando de um ano para outro, alterando essas datas, que seguem rigorosamente o movimento aparente do sol.
O ano civil tem 365 dias. O ano solar, que é o ano verdadeiro, é determinado pelo tempo de translação da terra ao redor do sol, que dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Como sabemos dos nossos tempos de geografia no Estadual, a cada quatro anos, essa diferença acumulada é compensada com o acréscimo de um dia ao ano, o ano bissexto, com o mês de fevereiro tendo 29 dias.
Outro detalhe interessante, que não é praticamente falado, é que essas datas de início das estações do ano são, na realidade, o meio da estação, e não o início. O verão, por exemplo, que inicia este ano em 21 de dezembro no hemisfério sul, tem nesse dia o sol mais forte, pois a partir dessa data ele começa a viagem aparente em direção ao hemisfério norte. O inverno que começou em 21 de junho último, apresentou nesse dia o sol mais fraco, com os raio solares com a máxima inclinação, o que pela lógica deveria acontecer no meio da estação. Mas, novamente, essa também é um questão didática. O ponto a favor dessa divisão atual é que, na prática, os dias mais frios ocorrem bem depois de 21 junho e os dias mais quentes, bem depois de 21 de dezembro. Isso acontece porque os oceanos são os grandes reguladores do clima. Essas grandes massas de água fazem o papel de moderadores do clima, acumulam ou liberam a energia solar para atmosfera, que forma com o mar a grande dupla de controladores do clima. Nesse caso do verão, quando o sol de janeiro já é mais fraco que do mês de dezembro, os oceanos, previdentes, tem energia guardada para "emprestar" para a atmosfera.
Hoje, primavera, o sol está "viajando" para o sul, às 00:09h ele chegou em cima do equador (equinócio de primavera), aquela linha imaginária que divide a terra em dois hemisférios. Os dias e noites tem a mesma duração. A maior parte do Brasil está abaixo dessa linha. O equador passa pela cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. Isso significa que hoje, ao meio dia, nessa cidade, um poste bem simétrico, que esteja exatamente na vertical, não apresentará sombra. O sol continua essa viagem aparente e chega no dia 21 de dezembro (solstício de verão) em cima do trópico de capricórnio (linha paralela ao equador, determinada exatamente pela "estação de chegada" do sol). Os dias têm maior duração que as noites. Para referência, ela passa um pouco ao norte do centro da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. Novamente aí, o poste não apresentaria sombra ao meio dia. Como vemos, O Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os únicos estados que nunca chegam a ter o sol totalmente a pino. No dia 21 de dezembro, esse poste vai ter uma pequena sombra inclinada para o sul, tanto maior quanto mais ao sul estiver a localidade em que observarmos isso. Bem, o sol não descansa, já no segundo seguinte estará "viajando" para o norte, passando novamente pelo equador no dia 21 de março (equinócio de outono). Essa trajetória virtual continua para o norte até a "estação de chegada", o trópico de câncer, o paralelo equivalente ao do sul no hemisfério norte, no dia 21 de junho. O sol nessa situação, com os raios mais perpendiculares, estará produzindo o verão no norte e enviando raios bem inclinados para o sul, trazendo o inverno aqui. O trópico de câncer passa pelo centro do território do México, e ligeiramente ao norte de Cuba, deixando a parte norte do México e todo o território dos Estados Unidos e Canadá totalmente acima do trópico, equivalente ao caso do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, totalmente abaixo, onde o sol nunca fica a pino. Na África, passa bem ao norte do continente, ao sul dos territórios da Argélia, Líbia e Egito, entre outros. Na Ásia passa pelo centro dos territórios da Arábia Saudita e da Índia, pelo sul da China e pelo centro de Taiwan. Toda a Europa e o Japão ficam bem acima do trópico e também nunca recebem os raios solares totalmente na vertical. E novamente, no segundo seguinte estará voltando ao sul nessa viagem interminável. Para a nossa satisfação, a alternância das estações continua.
O que seria dessa primavera que inciou hoje, se não fosse o inverno que a precedeu ?
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O concerto nº 1 em Mi maior, "Primavera"
No primeiro movimento (Allegro) ouve-se logo no início o gorjeio dos pássaros, com o destaque do solo do violino, perturbados ligeiramente por trovões. O solista permanece silencioso no tranquilo movimento lento (Largo), no qual as notas altamente enfatizadas das violas representam os latidos do cão enquanto o pastor dorme. No finale (Allegro) o solista exibe sua habilidade de tocar em duas cordas simultâneamente (dedilhado duplo).
Os três movimentos:
-Allegro (rápido)
-Largo e pianissimo sempre (lento e tocado com pouca sonoridade)
-Allegro
Este primeiro vídeo tem apenas o primeiro movimento, com imagens das flores da Holanda, onde essa obra foi publicada pela primeira vez.
Rede de Pontos de Cultura em dissertação de mestrado
Com o título “A Rede de Pontos de Cultura do Município de Pelotas: processos de digitalização de acervos na era das tecnologias da informação e da comunicação", o aluno do Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural do ICH/UFPel, Pablo Lisboa, fez a defesa de sua dissertação neste dia 21 de setembro. A banca que examinou, e atribuiu o conceito máximo - A, ao novo Mestre, foi composta pelo Dr. Paulo Ricardo Pezat, orientador, Drª. Francisca Ferreira Michelon – ambos da UFPel, e Dr. Carlos Blaya Perez, da Universidade Federal de Santa Maria. O trabalho do Pablo, que é o Secretário Executivo dos 200 Anos de Bagé, estará à disposição para leitura e pesquisa em aproximadamente 45 dias. O Programa de Pós Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas promove todos os anos seleção pública para novos alunos.
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22 de setembro de 2010
As meninas - III, A filha da professora Rachel
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21 de setembro de 2010
O guri que gostava de árvores (e de escrever)
Eu sou o que está de blusão gola "V" e camisa branca
Eu cursava o quarto ano do Primário no Colégio Cândido Bastos quando meu pai veio com a notícia de que havia um concurso de redações sobre o Dia da Árvore promovido pelo SESC. Para participar era preciso plantar uma árvore e escrever uma redação sobre o tema. Incentivado por minha mãe resolvi que participaria do tal concurso. Meu pai sempre plantava árvores frutíferas na primavera e eu “adotei” um belo enxerto de Parreira como a minha árvore do concurso. Cuidava dela como se fosse de minha responsabilidade exclusiva; aguava, evitava o ataque das formigas... Mas e a redação? O tempo encurtava e eu mais queria brincar na rua do que outra coisa. Mas a data para entrega chegou e eu sentei à mesa da cozinha e me preparei – sob a supervisão de minha mãe, para a tal redação. Dizia umas frases e ela acenava com a cabeça que estava bom, que continuasse dessa forma etc. “Passei à limpo” em uma folha de papel almaço as 25 linhas exigidas, com letra clara e bem escrita. No outro dia pela manhã, meu pai passou pelo SESC, ali na General Netto, e entregou minha redação. Ele certamente deve ter ficado preocupado. Tinha me colocado nessa empreitada e agora minha redação passaria, junto com outras centenas, pela Comissão Julgadora! Mas, não deu outra. Tirei o “primeiro lugar na minha categoria” e fui, no dia 6 de outubro de 1962, receber minha “Menção Honrosa”, um livro de histórias e um envelope com um pequeno prêmio em dinheiro. De quebra, batemos uma fotografia onde aparecem crianças de diversas idades que participaram do concurso nas diversas categorias. Acho que selei meu destino. Nunca mais me afastei da escrita e das árvores. Planto muitas árvores, durante todo o ano, e escrevo “minhas redações” com o mesmo entusiasmo daquele dia em que sentei à mesa da cozinha ouvindo o incentivo de minha mãe: “Isso, está bem assim, continua...”
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Hoje, 21 de Setembro, é o Dia da Árvore no Brasil. Esse tipo de "dia especial para as árvores" surgiu nos Estados Unidos, imaginado por Julius Sterling Morton, um homem nascido em Michigan, em 1832, e que exerceu a profissão de jornalista no estado de Nebraska onde, atuando também na política, serviu como Secretário de Agricultura no governo do Presidente Grove Cleveland, quando direcionou seu esforço para aprimorar as técnicas agrícolas praticadas pelos americanos. O presidente Cleveland percebeu que a economia de Nebraska, e também a paisagem, seriam beneficiadas com um programa de plantio massivo de árvores. Tomando a iniciativa de plantar em sua própria fazenda milhares de mudas, propôs que um dia especial fosse reservado para conscientizar o povo sobre a importância das árvores. Alguns anos depois mais de um milhão de árvores já haviam sido plantadas. Após esse fato o dia 22 de abril, que marca o nascimento de Morton e o início da primavera no hemisfério norte, passou a ser feriado estadual no estado de Nebraska e sempre se fizeram muitos plantios e homenagens às árvores. O nosso Dia da Árvore, 21 de Setembro, foi escolhido para lembrar as tradições dos povos indígenas, cuja época de chuvas, na maioria dos estados, corresponde à chegada da Primavera.
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