12 de novembro de 2025

71ª Feira do Livro de Porto Alegre

 


Luiz Carlos Vaz (*)

            No Domingo, dia 9 de novembro, participei da Sessão de Autógrafos na 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. Além do livro inscrito para o lançamento - Notícias do Schlee, da Editora Ardotempo, autografei outros livros meus.

            É muito bom perceber que o livro físico - o livro real, ainda é o que mais vende, é o que procurado pelos leitores de sempre e pelos novos leitores. Foi muito bom estar na Praça da Alfândega e encontrar, inclusive, o companheiro Olívio Dutra, um frequentador assíduo das feiras do livro.

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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo, Escritor e Editor deste Blog

1 de novembro de 2025

As águas de março, abril, maio...

 

Foto do autor


Luiz Carlos Vaz (*)

                Vivo insistindo, batendo na mesma tecla, incomodando a todos, até. Reconheço. Mas a preservação da Memória Coletiva é a garantia que temos de saber de onde  viemos, onde estamos e, talvez, para onde podemos ir...

                Visitei ontem a mostra fotográfica Memorial das Águas – Reconstrução e Solidariedade. A atual mostra se chama "Gratidão", e acontece no Largo do Mercado. Ali estão em exposição trabalhos  de diversos fotógrafos que fizeram a cobertura das “cheias” que assolaram o nosso Estado há pouco tempo... Vários colegas de Pelotas, entre eles, o Paulo Rossi e o Gustavo Vara, tiveram suas imagens selecionadas para essa exposição que está sendo realizada em diversas cidades.


Foto do autor


                Mas as fotos que mais me atormentaram são as que mostram um “varal” com retratos de família  salvos da enchente secando como se fossem roupas ao sol...

                Quantas memórias familiares, quantas recordações afetivas foram perdidas? Milhares, milhões? Não saberemos nunca! E, que fique bem claro, não há segurança alguma para as fotos digitais armazenadas na tal “nuvem”!


Foto do autor



                Dediquei meus estudos de pós-graduação a esse tema - a Memória! Publiquei vários artigos, fiz minha dissertação sobre isso... e não canso de recomendar: “passem para o papel as fotos de vocês”, guardem em caixas bem fechadas, livres da umidade, do sol e... das águas. Nuvem, como dizia o Hermes Aquino, é coisa passageira...

“Eu sou nuvem passageira/ Que com o vento se vai/ Eu sou como um cristal bonito /Que se quebra quando cai...”

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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo, Escritor e Editor deste Blog

28 de outubro de 2025

Feira do Livro é lugar de encontrar Novos Leitores e Velhos Amigos

 



Luiz Carlos Vaz (*)

                Bueno, estou de volta! Fui até a Rainha da Fronteira para autografar meus livros na 27ª Feira do Livro de Bagé. Eu já havia autografado lá duas vezes, em 2016 na Feira do Livro e, em 2022, na LEB Livraria e Cafeteria.

                A Feira aconteceu na Praça de Esportes, junto com diversas atividades culturais, como rodas de conversas e shows das mais diversas artes. Um deles, o show do Vitor Ramil, me fez ir na véspera da  minha sessão de autógrafos.

"Fora da Leitura...

...não há salvação!"


                Como um Quixote do século XXI, enfrentei no trajeto diversos "moinhos", como discos voadores extraterrestres, e uma ponte que está funcionando em uma só pista. Nada que o sonho de encontrar Aldonza nos impeça de seguir em frente!

Coisas extraterrestres...

                Até inventaram uma história de que, como os autógrafos seriam no domingo, "depois da missa das 10h", eu teria combinado com o Padre que desse como penitência comprar um livro meu na Feira... Esse meu pessoal é muito fofoqueiro!

Abraçando minha cidade natal

                Ah, e no retorno para casa dei uma cruzada na Hulha Negra para amainar a saudade do meu Torrão.

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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo, Escritor e Editor deste Blog

22 de outubro de 2025

27ª Feira do Livro de Bagé

 


   E chegou o dia de abertura da 27ª Feira do Livro de Bagé. De hoje – 22 de outubro, até domingo, dia 26, Escritores, Livros, Leitores e várias atrações culturais darão um colorido muito especial à Praça de Esportes.

   Vou autografar pela primeira vez na Feira do Livro de Bagé, por isso quatro dos meus mais recentes livros fazem parte da lista de lançamentos. Já havia autografado na LEB, em 2022, mas agora venho com tudo para esta 27ª Feira!

   Espero todos por lá: Os meus amigos e colegas do Estadual, os meus Professores, os parentes e mais os amigos virtuais, para conhecer pessoalmente e bater um papo gostoso.

Lançamentos programados para a FL de Bagé, no domigo pela manhã.



Lançamento na LEB, em 2022

Lançamentos na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre, 2023


27 de setembro de 2025

QUANDO TERMINA O INVERNO...

 

Imagens do arquivo do autor


Pedro Bittencourt Jr. (*)

 

O inverno acabou. Que pena.

Não mais a sopa de capeletti, a lenha estalando na lareira, as noites de vinho tinto;

Quando termina o inverno, vão-se os bolinhos de chuva, as tortas fritas roda de carreta, vai-se o chimarrão na janela.

O inverno acabou. Que pena.

Não mais a gabardine nos dias de garoa, o casaco pesado do Uruguay, a jaqueta corta vento, de vinte e nove e noventa, comprada nos camelôs;

Quando termina o inverno, somem as meias furadas, o pijama bege calcinha, desaparecem as pantufas felpudas e as botinas de couro marrom.

O inverno acabou. Que pena.

Não mais a preguiça nas manhãs de domingo, as tardes de descascar bergamota ao sol, as noites com os pés procurando outros pés por debaixo das cobertas;

Quando termina o inverno, vai-se o por do sol do inverno, vão-se os suspiros de inverno, vão-se as promessas de inverno...

O inverno acabou. Que pena.

Viva a primavera!!!

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 (*) Pedro Bittencourt Jr. é de Arroio Grande, advogado de profissão, escritor e poeta.

23 de setembro de 2025

Claudia Cardinale

 

Poster com a cena do filme Os Profissionais


Luiz Carlos Vaz (*)

    Ainda estávamos nos anos sessenta quando uma revista publicou um poster dela;  era uma foto de uma cena do filme Os profissionais. Mesmo que impressa em preto e branco, aquela imagem, além de ganhar cor, mostrava movimentos, sons... e era um mistério. Ajeitei um pedaço de papelão reforçado, colei a folha da publicação e pendurei na parede do meu quarto, de modo que quando eu estivesse deitado, ela ficasse sempre ao alcance dos meus olhos, me olhando, falando comigo, sorrindo.

       Fui crescendo, e meu amor por ela também crescia. Até em maior grandeza do que de meus músculos e ossos, eu creio.

       E vieram outros tantos filmes; Era uma vez no Oeste, Rocco e seus irmãos, Oito e meio, O Leopardo, Fitzcarraldo... e, mesmo não morando mais naquela casa da minha infância e adolescência, a imagem daquela mulher da fotografia, que supostamente teria sido sequestrada por Jesus Raza, sempre habitou meus sonhos e delírios. Eu sei, claro, que aquele sorriso também era por Raza. Só que ela sempre esteve ali, presa na parede do meu quarto. E era só minha. Só minha! E eu a amava...

         E agora me dizem que ela morreu...

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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo, Escritor e Editor deste Blog

30 de agosto de 2025

"As pessoas não morrem, ficam encantadas" (*)

 

L.F. Veríssimo e livros. Uma coisa só...

            Quem atura minhas conversas no Mercado sabe que sou um baita puxa-saco do Hobsbawn. Conheci esse cara graças à Professora Letícia, quando era aluno do PPGMP. Foi amor à primeira vista. Ele já havia traduzido em palavras tudo aquilo que eu pensava sobre Tradição, Memória... e outros temas dessa área toda que me encantam.

            Há tempos encontrei na Livraria Desterrados, do Tasso, um livro dele. E, de bônus o prefácio era do LFV, um cara que eu acompanhava desde que ele publicava a tirinha As Cobras, na maravilhosa Folha da Manhã, da “séria” Companhia Caldas Jr. (Agora viajei aos distantes anos 70...) Tão logo o LFV publicou seu primeiro livro, O Popular, tratei de ir até a Livraria do Globo e adquiri meu exemplar. Lia ardorosamente suas crônicas, e cheguei a escrever ao cronista, reclamando que numa charge sobre uma “festa de fim de ano em POA”, estava ausente a personagem “Eumir”, rsrsrs. Que desaforo! De nós dois, claro. Dele pela supressão do Eumir na festa; meu, por reclamar. Falei isso para ele, em julho de 2011, no aniversários de 200 anos de Bagé, ele achou graça, claro, mas não quis comentar...



https://velhaguardacarloskluwe.blogspot.com/2011/07/bage-bicentenaria-una-noite-de_15.html


             Ler o Veríssimo era uma alegria.

              Era? Desculpem. É, e será sempre!

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Tenho a mania de guardar as notas fiscais dentro dos livros. Mania? TOC? Olha... pode ser uma fonte de pesquisa num futuro distante...


(*) frase de Guimarães Rosa