Este Blog procura resgatar a Memória Coletiva do Colégio Estadual de Bagé, o Carlos Kluwe, e também da nossa cidade, através da narrativa de fatos que marcaram a vida de todos que por aqui nasceram ou viveram. Objetiva também colaborar com a cultura da Região de Fronteira, onde Bagé está situada. Mande suas histórias e suas fotos para o mail blog.estadual@hotmail.com Mostre que temos memória e zelamos por ela.
31 de março de 2010
As marcelas do Cerro
30 de março de 2010
E a Farsa continua...
.
29 de março de 2010
Jackson Five do Sul?
.
Nota: Na foto quatro estão usando a calça do uniforme, em xadrez pied-de-poule. Três estão com a camisa branca do uniforme. Só o Salvadoretti está com o distintivo do colégio preso à camisa. Eu estou com uma camisa de mangas curtas, de outra cor , e o Ovídio deve ter deixado todo o uniforme em casa para lavar. Numa época em que só se usavam "guides" para a ginástica, todos estão de meias e sapatos pretos.
.
.
28 de março de 2010
Desenha-me um carneiro?
27 de março de 2010
Bagé em expansão
.
26 de março de 2010
Ôô que broto legal...
.
O sol se pôs suavemente na Rainha da Fronteira naquela tarde...
Enviado pela colega
Vera Luiza
.
(1) O "hit" do momento era a versão do "rock" I'm in alove, Broto Legal,
gravado orinalmente por Sérgio Murillo
.
Ô que broto legal
Garota fenomenal
Fez um sucesso total
E abafou no festival
Eu logo notei
O broto focalizei
Ela olhou eu pisquei
E pra dançar logo tirei
O broto então se revelou
Mostrou ser maioral
A turma toda até parou
E o Rock in Roll nós dois demos um show
Puxei o broto pra cá
Virei o broto pra lá
A turma toda gritou
Rock in Roll
E o Rock continuou
.
Ô que broto legal
Garota fenomenal
Fez um sucesso total
E abafou no festival
O broto então se revelou
Mostrou ser maioral
A turma toda até parou
E o Rock in Roll nós dois demos um show
Puxei o broto pra cáVirei o broto pra lá
A turma toda gritouRock in Roll
E o Rock terminou
E o Rock terminou...
..
25 de março de 2010
Uma noite para a TV no sul
do Chico em relação à Rede Globo, "patroa" dos dois.
Na TV 3D, os oclinhos característico, logo serão dispensados (Foto Gilberto Perin)
Ontem à noite no teatro do shopping Bourbon Country, em Porto Alegre, aconteceu o lançamento do livro de Walmor Bergesch, Os TeleVisionários, que conta a história da televisão no sul do Brasil. O livro é uma publicação da editora ARToTEmpo, dirigida por Alfredo Aquino. No livro está marcada a data de 19 de janeiro de 1977 como a da inauguração da geradora TV Bagé, canal 6, em substituição a nossa velha retransmissora lá no alto do Cerro. Com a apresentaçãoa de Cristina Ranzolin e Maurício Saraiva, mais de 500 convidados puderam assitir a apresentação de um vídeo produzido especialmente para o evento com depoimentos e imagens até então inéditas, e a entrevista com o autor, conduzida pelo jornalista Alexandre Garcia. Um dos pioneiros da tv no Brasil, Francisco Anysio de Oliveira Paula Jr, o Chico Anysio, também foi entrevistado e contou antigas e boas histórias do início da tv brasileira. Queixou-se muito da sua "patroa", a Rede Globo, e criticou muito a linha "BBB" adotada pela emissora que já foi uma líder de audiência em todo o país. A data de 24 de março de 2010 também assinalou a primeira demostração pública da TV 3D no Rio Grande do Sul. Os convidados presentes ao teatro puderam testemunhar o feito da moderna tecnologia que promete, inclusive, evoluir rapidamente a ponto de dispensar os característicos oclinhos ainda usados para a visualização do efeito 3D também no cinema. O Blog da Velha Guarda do Estadual testemunhou o fato e aproveitou para tietar e conversar com as celebridades presentes.
24 de março de 2010
Os TeleVisionários
23 de março de 2010
Perdidos en el Espacio
..
.
22 de março de 2010
Nunca antes na história deste...
"A vida não é a que a gente viveu,
mas a que a gente recorda,
e como recorda para contá-la" .
.
Gabriel Garcia Marques,
Viver para contar
.
.
Vamos em frente!
Ainda há muita coisa para recordar e contar.
.
20 de março de 2010
À nossa direita...
19 de março de 2010
O Almanaque do Jéca Tatu
O autor do Sítio do Picapau Amarelo chegou primeiro às crianças
através da persnagem do Jéca Tatuzinho
passou a fumar charutos "fabricados especialmente para ele"
18 de março de 2010
"Il padrino"
"Tenho, duas histórias, ocorridas em aulas do prof. Guido, em ambas acabei com a aula dele no mesmo momento: Eu havia comprado um "padrinho" de madeira, que quando se suspendia a batina aparecia um "enorme" pênis vermelho. O Guido costumava ministrar a aula caminhando entre as classes, sempre falando, pegava um cigarro, batia no mostrador do relógio e vinha na minha direção para que eu o acendesse, sempre falando... eu levei o "padrinho" na cara dele e puxei a batina. Ficou roxo, amarelo, vermelho e etc., caiu na gargalhada e não mais conseguiu continuar a aula...dispensou todos.
Em outra ocasião ele, Guido, dando uma aula sobre prefixos: BI igual a duas vezes, exemplo: bicampeão, duas vezes campeão; bicentenário, duas centenas; bilíngue, duas línguas; biscoito...e eu, antes que ele pudesse concluir apliquei em voz alta e em bom tom: DUAS VEZES COITO. Mais uma vez ele teve que interromper a aula pois não parava de rir. Éramos muito amigos, frequentemente nós "cabulávamos" a aula (professor e aluno) e íamos caçar lebres... lebres mesmo, de quatro patas."
Sidney Ollé
.
17 de março de 2010
Vai parar na esquina!
16 de março de 2010
A Luta do Século
foi-se a imagem, foi-se o som, foi-se o 15º e último round da Luta do Século.
O velho peão de estância, que agora zelava pelo nosso retransmissor, olhara o relógio. Era meia-noite em ponto. E ele fez... o clac! Ele fez o clac e foi para a cama dormir o sono dos justos e sonhar com o tempo em que domava potros xucros, castrava porcos e corria eguada.
Lembro que meu pai, no outro dia ao saber do fato, rasgou o carnê da associação e bradou em alto e bom som:
15 de março de 2010
São as "aulas" de março fechando o verão...
14 de março de 2010
Antigos mestres - VI, Eva da Nova
(1) Um texto do advogado George Teixeira Giorgis, publicado recentemente na imprensa local, intitulado: "Bagé, 1964: 45 subversivos", conta boa parte dessa história.
.
13 de março de 2010
No "Ritmo da chuva"
Portanto, como vemos, as brincadeiras e as situações inusitadas sempre fizeram parte da nossa vida diária no Estadual e muito contribuíram para manter o coleguismo, a amizade e, principalmente, para marcar a nossa memória nesses anos lá passados e podermos contar para as atuais gerações de alunos, que também fomos guris e gurias como hoje eles são, tentando estudar bastante, mas, também, fazendo as brincadeiras sadias terem um lugar garantido no curriculum vitae de cada um.
12 de março de 2010
Les Chauffeurs - VII
.
(1) Detalhes de física e química para lembrar os bons professores dessa área do nosso Estadual: Os carros da DKV(2) tinham uma característica incomum, o motor "a dois tempos", como o das motos antigas, ao contrário do consagrado "a quatro tempos". A lubrificação era feita pelo óleo que era adicionado na gasolina, na hora do abastecimento. A mistura ar-gasolina, que era sugada para dentro do cilindro, carregava o óleo que lubrificava as paredes internas deste, antes de ser parcialmente queimado junto com o combustível. Daí derivava o problema da carbonização na cabeça dos pistões, principalmente quando se usava um pouco a mais da quantidade recomendada pelo fabricante, para melhorar a lubrificação, o mesmo que acontecia com as motos a dois tempos. O motor tinha um ruído bem característico, "pipocado", como o de uma moto, quando em baixa rotação. Os motores a dois tempos são mais simples, tem menos peças móveis, não tem válvulas de admissão e escapamento e comando de válvulas, entre outros componentes, datalhes que faziam eles mais competitivos para potências pequena e média (moto e carro), porque custavam menos. São mais poluentes, pois a combustão é muito mais incompleta e ainda queimam o óleo misturado na gasolina. Mas, com o advento de motores a quatro tempos mais econômicos, com ignição e injeção eletrônicas e o encarecimento dos combustíveis, eles perderam lugar no mercado. Hoje, o seu uso é restrito, como em motosserras, bombas para água, cortadores de grama, minimotores para aeromodelismo, entre outros usos.
.
Enviado pelo colega
Hamilton Caio
.
(2) DKW significava inicialmente Dampf-Kraft-Wagen, "carro de força a vapor", pois os primeiros produtos da empresa foram pequenos motores a vapor. Quando a empresa começou a fabricar os motores "dois tempos" movidos a gasolina os pequenos motores foram adptados para carros de brinquedo que passaram a ser chamados de Des Knaben Wunsch, "o desejo dos meninos". Tempos depois outra versão desses motores foi adaptada para motocicletas com a denominação Das Kleine Wunder, "a pequena maravilha". Esta denominação permaneceu e constou de vários textos promocionais da marca por todo o mundo.
.
11 de março de 2010
Às nove era o jogo
Às nove era o jogo (2)
NO PRINCÍPIO era a chuva. E pulo n’água, atacação de barro, nariz pingando, e banho quente, cachacinha, sova. Sova esquentava mais e prevenia com mais autoridade os vírus de futuras gripes. Diziam os antigos.
Depois a vida se veio, nos fêz sábios, torcedores do Grêmio Esportivo Bagé e outras coisas importantes.
Pura ilusão. Basta uma chuvinha para nos quebrar os óculos e levar na correnteza êsse ar respeitável que a vida, coitada, nos deu.
Pois às nove era o jogo. E às nove choveu. E não saiu o jogo, dirá o compadre Meléu, homem provecto. Patrícios les digo: saiu o jogo. Com chuva saiu o jogo. Era água correndo e bola rolando e gente caindo e padre berrando e guarda torcendo, no barro todas as respeitabilidades. A partida terminou quando estava dando jundiá lá pelo gol do Honorato. 2x2.
.
.
10 de março de 2010
Lembranças no papel
(Clique nas imagens para aumentar)
Sempre que posso repito: Este Blog, que procura contar as histórias passadas dentro e fora do nosso Colégio Estadual, nasceu sob a inspiração do tópico “Alguém da Velha Guarda” criado pela colega Claudete na comunidade Passei pelo Carlos Kluwe, do Orkut. Mas faltava ela, a Claudete, participar. Esta semana ela mandou uma história muito comovente e que está, sem querer estar, registrada no seu boletim de notas do Estadual. Vejam só:.
"Esse é o meu boletim do 2º Científico. Segundo e último ano que estudei no Estadual. É cheio de recordações! Em agosto meu pai (1) adoeceu e faleceu em setembro. As faltas e notas nesse período foram marcantes. Lembro que estudei demais e apresentei um trabalho de química praticamente chorando. Meu trabalho foi bom, mas, com certeza, aquele “100” teve uma ajudinha do professor para que eu não ficasse em exame. A mesma compreensão com uma adolescente de 16 anos que vivia aqueles dias de grande tristeza, não tiveram alguns professores, mas ainda bem que a nota foi suficiente. A visão das assinaturas do meu pai até junho e, depois, da minha mãe, trêmula pela situação que estava vivendo, ainda me apertam o coração. Mas são lembranças que a gente carrega num simples papel..."
9 de março de 2010
Yes, we have a Miss - II
Leia a notícia completa em
http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=48147&busca=1&palavra=dafne
.
8 de março de 2010
Por isso não provoque...
Mas diga que não vive sem mim
Eu sou uma praga
Maria sem-vergonha do seu jardim
Mães assassinas
Filhas de Maria
Polícias femininas, nazis judias
Gatas, gatunas
Quengas no cio
Esposas drogadas, tadinhas, mal pagas
Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz
Garotas de Ipanema
Minas de Minas
Louras, morenas, messalinas
Santas sinistras
Ministras malvadas
Imeldas, Evitas
Beneditas estupradas
Toda mulher quer ser...
Paquitas de paquete
Xuxas em crise
Macacas de auditório
Velhas atrizes
Patroas babacas
Empregadas mandonas
Madonnas na cama
Dianas corneadas
Toda mulher quer ser...
Socialites
Plebéias
Rainhas decadentes
Manecas alcéias
Enfermeiras doentes
Madrastas malditas, super-homens zapatas
Irmãs La Dulce beaidétificadas
.
7 de março de 2010
O pai da Teté
.. .O escritor Pedro Wayne viveu e escreveu na primeira metade do século XX. Seu livro mais conhecido é “Xarqueada”, uma obra encantadora, repleta de um Rio Grande do Sul que sempre existiu. Nascido em 1904 em Salvador, veio menino para Pelotas. Aqui, viveu entre bailes no Caixeiral, aprendizados nas praças e ruas e estudos, muitos, no Gonzaga e Pelotense. Foi um dos que trabalharam no Banco Pelotense, em Bagé, quando esse, o banco, era uma potência no Brasil.
Em Bagé, Pedro viveu a adultez, casou-se e teve filhos, escreveu muito e influenciou pessoas. É considerado um “animador cultural” por todos os que integraram o “Clube de Bagé”, nome dado a um grupo de desenhistas, gravuristas, pintores e poetas que, influenciados por Danúbio Gonçalves, criaram o “Clube de Gravuras”. A influência exercida sobre os jovens de Bagé é reconhecida pelos laços que Pedro mantinha com os modernistas, de Oswald e Mário de Andrade a Menocci Del Pichia.
O grupo foi denominado “Novos de Bagé” por Clóvis Assumpção: nele, Pedro foi uma figura respeitada, um interlocutor generoso que possibilitou o nascimento organizado da arte de vanguarda. Entre esses “novos” estiveram, entre outros, Glauco Rodrigues, Jacy Maraschin, Glenio Bianchetti, Ernesto Wayne, Fernando Borba, Tarcisio Taborda, Mario Lopes, Paulo Passos, Dr. Bidu e eventualmente o poeta Poty Reis.
Precocemente falecido em 1951, o poeta e romancista foi editado no Rio Grande do Sul (Globo, 1931, 1935, 1943 e 1947) e no Rio de Janeiro (Guanabara, 1937 e Pongetti, 1942). Sua obra é pouco conhecida e muito rara. Entre seus textos inéditos, encontrei um manuscrito que estava entre os guardados familiares: é um interessante livro de literatura infantil escrito por Pedro para “alfabetizar” a filha Ester, à época, com quatro ou cinco anos.
Composto por três manuscritos – “Histórias da Teté”, “Outras Histórias da Teté” e “Continuam as Histórias da Teté” – o conjunto foi conservado por aproximadamente 70 anos entre documentos, fotos, livros e demais lembranças na família de Pedro Wayne. Foi a partir desse legado que pude conhecer – e registrar – a história desse modernista brasileiro, autor de obras valorosas e quase um desconhecido na historia da literatura.
Em “Um Alfabeto à Parte: Biobibliografia de Pedro Rubens de Freitas Weyne, o Pedro Wayne” – livro que publiquei em 2009 e dediquei à Leopoldina Almeida Calo Wayne (viúva do escritor), ao gravurista Danúbio Gonçalves e ao poeta e amigo de Pedro, Poty Reis – pude explorar a biografia de Wayne, sua produção, seus amores e seu legado.
Com a obra “Um Alfabeto à Parte...” obtive o reconhecimento de Regina Zilberman, uma das maiores autoridades em Literatura no Brasil, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, através do selo de apoio editorial, e da Editora Praça da Matriz do amigo de Pedro, José Carlos Teixeira Giorgis. Esse reconhecimento se deve, com certeza, a obra de Pedro, a preservação de documentos raros que a família me oportunizou conhecer e, também, ao tratamento que dei a seu legado.
Hoje, “Histórias de Teté” já tem uma edição própria, cuidado que o antropólogo e professor da UFRGS Sérgio Teixeira teve com os originais. Esse cuidado oportunizou que “Histórias da Teté” passassem a integrar a História da Cultura Escrita – em especial a historiografia da literatura infantil.
Ao investigar a importância de “Histórias de Teté” na História dos Métodos de Ensino da Leitura e da Alfabetização no Brasil percebi que ele era mais que um “manual” ou “cartilha” para ensinar a ler. Pelo contrário, poderia ser filiado à literatura infantil emergente à época, representada pela obra de Lobato e, logo depois, Érico Verissimo. Para Zilberman (2009) a criação do livro indica a sensibilidade de Wayne, pois, segundo a estudiosa, “ainda que no âmbito privado e sem pretensões de torná-lo público, Pedro Wayne pode “dar vazão a um texto inteiramente revolucionário que, passados quase setenta anos de sua elaboração, mostra-se ainda novo e inovador, como se tivesse vindo à luz há muito pouco tempo”..Créditos:
ROSA, Cristina Maria. Um Alfabeto à Parte: Biobibliografia de Pedro Rubens de Freitas Weyne, o Pedro Wayne. Apresentação: Regina Zilberman. Editora e Gráfica da UFPel: Pelotas, RS, 2009.