14 de agosto de 2010

O navio fantasma - II, Um piá de sorte

Não é todo dia que...

... a família pode ir à praia e...

... encontrar um navio encalhado.
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Na postagem do dia 25 de maio de 2010, O navio Fantasma - A proeza do Djalma, narramos a história de um bageense que participou do resgate dos tripulantes do navio Altair, que encalhou na praia do Cassino, em Rio Grande. Contamos com o precioso auxílio do Miguel Sanchis, que nos relatou outros naufrágios e nos cedeu fotografias do seu site. Hoje publicamos um segundo relato, este do próprio Miguel, sobre o naufrágio de um outro navio que ele, ainda guri, teve a oportunidade rara de conferir alguns dias depois do acontecido. Como ele mesmo disse, coisa de um piá de sorte..

Antes da instalação de uma rede de faróis entre Torres e o Chuí, bem como o surgimento da navegação por GPS, o litoral gaúcho foi palco de incontáveis naufrágios. O vento “nordestão” e o “carpinteiro” agravavam a situação, fazendo da nossa costa uma verdadeira armadilha para a navegação. Estas características valeram ao nosso litoral, considerado um dos mais perigosos do mundo, o apelido de “cemitério de navios”. Umas das vítimas foi o navio “Mount Athos”, de 164 metros de comprimento. No dia 11.03.1967 o cargueiro grego, que transportava adubo para Rio Grande, foi acossado pelo vento e por fortes ondas. Ao aproximar-se demasiadamente da costa, a embarcação colidiu com um banco de areia, vindo a dar na praia com os seus 28 tripulantes. Todos se salvaram. Estava a 15 quilômetros ao norte do Farol da Solidão, nas coordenadas aproximadas de 30ºS31’/50ºW20’. 

O Mount Athos foi desmontado pelos irmãos Molet, de Porto Alegre, e seus restos encaminhados para a Siderúrgica Rio-Grandense. Ainda hoje, no entanto, nas ocasiões de mar baixo, é possível observar os restos do fundo do “Mount Athos”. O Miguel Sanchis, do blog www.conjuminando.com.br, considera-se um "piá" de sorte, “pois na primavera de 1967 meu pai pegou o seu Aero-Willys-1961 e levou toda família para visitar o navio soçobrado”. Nas fotos da família Zuazo Sanchis, aparecem, o pai Fernando, a mãe Eloina – hoje com 80 anos, Mende (a menina), José Fernando e Miguel Sanchis, o caçula.
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Narrativa baseada em texto do site www.conjuminando.com.br

5 comentários:

Luiz Carlos Vaz disse...

O Gerson foi quem primeiro me mandou essas fotos que recebeu de um amigo pela internet. Percebi que os navios eram diferentes, ai... achei um especialista - o Miguel Sanchis, que desfez a mistura e pode nos dar detalhes preciosos como os relatados no post.

Anônimo disse...

E aí Vaz, bota a opção para compartilharmos estas histórias nas redes sociais. Vou postar esta também no meu blog, ok? Paulo Otávio

Luiz Carlos Vaz disse...

Pois é, Paulo Otávio, agora as redes estão em alta, quando comecei o blog não eram muito importantes. Vou fazer isso agora. Grato pela dica. Abç.

Anônimo disse...

Este navio é o Mount Athos que encalhou perto do Farol da Solidão, em Mostardas, no ano de 1967, de acordo com o site conjuminando. Hoje só resta alguns ferros na vertical, pois ele foi cortado em pedaços e levado para Porto Alegre. Abraços!Celso Braga

Luiz Carlos Vaz disse...

Sim, Celso, conforme está na matéria. Obrigado por comentar aqui no Blog.
Um abraço.