Senador Cristovam Buarque foi um dos proponentes da sessão que lembrou o artista bageense. Foto: Geraldo Magela |
O artista
plástico Glênio Bianchetti, falecido em fevereiro deste ano, aos 86 anos, foi
homenageado em sessão solene do Congresso ontem. Considerado um dos grandes
nomes da arte brasileira contemporânea, ele foi elogiado por parlamentares,
amigos e admiradores.
A cerimônia, no
Plenário do Senado, contou também com a presença da esposa de Bianchetti,
Ailema de Bem, filhos e netos.
Nos depoimentos,
um ponto comum foi o reconhecimento não apenas dos múltiplos talentos, mas
também da dimensão humana, da visão social e da coragem do artista. Um dos
fatos citados foi o pedido de exoneração da Universidade de Brasília, onde
ingressou em 1962, compondo o grupo de professores mobilizados pelo fundador
Darcy Ribeiro. Mesmo com seis filhos para criar, Bianchetti optou por sair, em
solidariedade a colegas cassados pelo regime militar.
— Ele foi um
inconformado, uma qualidade que, temos de reconhecer, falta muito hoje em dia,
quando as pessoas se acomodam por crerem que não podem mudar as coisas —
afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Ana Amélia
(PP-RS) observou que Bianchetti era um artista completo, sendo apontado como
“gênio”, dada a diversidade de expressões artísticas que explorou. Além de
pintor, foi gravador, ilustrador, tapeceiro e desenhista. Para registrar a
admiração, Paulo Paim (PT), também da bancada gaúcha, criou e leu um poema
dedicado ao artista por ele considerado um “baluarte” dos direitos humanos no país.
Fonte Jornal do Senado
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