7 de maio de 2014

Bianchetti no Congresso Nacional - II, a sessão

Senador Cristovam Buarque foi um dos proponentes da sessão
 que lembrou o artista bageense. Foto: Geraldo Magela

O artista plástico Glênio Bianchetti, falecido em fevereiro deste ano, aos 86 anos, foi homenageado em sessão solene do Congresso ontem. Considerado um dos grandes nomes da arte brasileira contemporânea, ele foi elogiado por parlamentares, amigos e admiradores.

A cerimônia, no Plenário do Senado, contou também com a presença da esposa de Bianchetti, Ailema de Bem, filhos e netos.

Nos depoimentos, um ponto comum foi o reconhecimento não apenas dos múltiplos talentos, mas também da dimensão humana, da visão social e da coragem do artista. Um dos fatos citados foi o pedido de exoneração da Universidade de Brasília, onde ingressou em 1962, compondo o grupo de professores mobilizados pelo fundador Darcy Ribeiro. Mesmo com seis filhos para criar, Bianchetti optou por sair, em solidariedade a colegas cassados pelo regime militar.

— Ele foi um inconformado, uma qualidade que, temos de reconhecer, falta muito hoje em dia, quando as pessoas se acomodam por crerem que não podem mudar as coisas — afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Ana Amélia (PP-RS) observou que Bianchetti era um artista completo, sendo apontado como “gênio”, dada a diversidade de expressões artísticas que explorou. Além de pintor, foi gravador, ilustrador, tapeceiro e desenhista. Para registrar a admiração, Paulo Paim (PT), também da bancada gaúcha, criou e leu um poema dedicado ao artista por ele considerado um “baluarte” dos direitos humanos no país.


Fonte Jornal do Senado

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