2 de dezembro de 2024

Naquele dia a taça foi minha!

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 Alexandre Bauken
(*)

Vaz,

segunda, na academia, o assunto é futebol.

Me concentro nos exercícios e fico lá, alheio daquele mundo que desconheço.

Mas li Vaz!

E na segunda seguinte, como que não querendo nada, perguntei - “aquela taça que foi roubada, como era mesmo o nome?”

Três responderam em uníssono.

-Jules Rimet.

-Roubaram e desapareceu, completou um deles.

Daí entrei com conhecimento de causa.

-Roubaram não uma, mas duas vezes!

E completei sem dó, em uma das vezes foi achada por um cachorrinho chamado Pickles, semienterrada em um jardim londrino. Foi um gol de placa canino.

E não dei margens para pano de manga. Desatei a falar que a primeira Copa do Mundo foi em 1930, sediada no Uruguai em homenagem ao centenário da independência e por ter sido bicampeão olímpico, etc.

E que construíram um estádio ultra moderno, que vi com meus próprios olhos (mentira, mas apresentei provas contundentes) e se consagrou o primeiro Campeão Mundial de Futebol em casa, com a sua Celeste.

E como um gaúcho de Jaguarão, o Schlee, que foi amigo de um amigo (literário) meu, criou a camisa Canarinho com tintas contrabandeadas do Uruguai.

E de como... e fui versando minha pretensa cultura futebolística de leitor de um livro só.

Foto LC Vaz

O livro do Vaz, A Taça do Mundo é Nossa!

Na próxima segunda, volto a ser o fisicultor compenetrado, quieto, só ouvidos!

Mas naquele dia a taça foi minha!

Até que, dá-lhe Vaz, outro livro!

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(*) Alexandre Bauken é Dentista, Professor de História por um breve tempo, leitor voraz e escritor diletente. Mora em Santa Rosa e participou com um artigo no livro Algumas Muitas Ideias Sobre Alfabetizalçai Literária, lançado em 2024 na 50ª Feira do livro de Pelotas, organizado pela Professra Dra Cristina Rosa.

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