Irmandade
Octávio Paz,
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Sou homem: duro pouco
e é enorme a noite.
Mas olho para cima:
as estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
e neste mesmo instante
alguém me soletra.
e é enorme a noite.
Mas olho para cima:
as estrelas escrevem.
Sem entender compreendo:
Também sou escritura
e neste mesmo instante
alguém me soletra.
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Octavio Paz Lozano,
Prêmio Nobel de Literatura/ 1990
México, 31 de março de 1914 - 19 de abril de 1998
México, 31 de março de 1914 - 19 de abril de 1998
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Nesse dia 31 prefiro lembrar só Paz, Octavio Paz ...
mas do resto, a gente não nunca esquecerá.
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mas do resto, a gente não nunca esquecerá.
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2 comentários:
Gosto de falar em sensibilidade, harmonia, verdade, paz, justiça, amizade, esperança, fé e alegria...
Hei de ver estes sentimentos herdados pelas gerações que vierem depois de nós...
Apesar dos tempos sombrios de ontem, o sol nasce todos os dias...
Abraço!
Ah, Vera e Vaz...
Aqueles tempos? Tempos plúmbeos!!!
Rapidamente: meu primeiro ano em Porto Alegre - recém começara o "Mauá"!
Abril: fui chamado às pressas, por meus pais, para voltar a Bagé. Metralhadoras dentro (e fora) do ônibus... Revista... Conferência... Em minha cabeça adolescente, cenas de filmes "suásticos"... E eu me perguntava: "e agora??"
Ah, longas "noites de chumbo" que duraram anos!! Ah, quantas manhãs de Sonhos alvorecidos, arquitetados, acarinhados - agora feridos, esmagados, fuzilados, mortos...
Perdoem: mas tinha que escrever, pelo menos, esta meia dúzia de palavras que, ainda que sombrias, denunciam - um "Arquivo Morto(?) de Imagens" dentro de mim e do que chamei de "Ideais"!
Abraço emocionado a ambos!
JJ!
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