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Os Demônios de Da Vinci
Luiz Carlos Vaz (*)
“Pensei que podia resolver as coisas
como sempre faço.
O inferno acontece… quando o mal do
mundo
excede a crença que podemos
conquistar.”
Leonardo Da Vinci
E de repente, em plena quarentena, eu encontro
onde assistir as três temporadas - com seus trinta capítulos, de uma série da
qual só tinha visto dois ou três episódios iniciais há muito tempo.
Da Vinci's Demons é mais que uma série para a
televisão. É uma verdadeira viagem que acompanha os sonhos, as visões e os
demônios de Leonardo Da Vinci e, com certeza, também de David S. Goyer, autor e
diretor da série, que foi produzida pela Starz, e que teve estreia nos Estados
Unidos, no canal Fox, em março de 2013.
A ficção histórica coloca em cena, na Roma dos
papas e na Florença dos Medicis, além de Leonardo, outros personagens, como
Lucrezia Donati, Lourenço Medici, Giuliano Medici, Andrea del Verrocchio, Lorde
Girolamo Riario, Clarice Orsini, Nicolau "Nico" Maquiavel, o Papa
Sisto IV e, numa licença poético-histórica, o famoso Príncipe da Valáquia, Vlad
Drakul III, ou... o Drácula, para os íntimos.
A busca pelo misterioso, secreto e poderoso “Livro
das Folhas”, permeia toda a história do jovem Leo, com 25 anos, que se intitula
- e exerce muito bem, a profissão de engenheiro militar, às voltas com suas ideias
prodigiosas e maquinarias mirabolantes.
Só que, terminada a série, precisei buscar o
meu “livro das folhas” para exorcizar os meus próprios demônios. Reuni para
reler, e consultar alguns capítulos, um antigo exemplar de O Príncipe, editado
em 1933 por Calvino Filho, que me foi presenteado pelo Clayton; duas edições
novas do Maquiavel, o raro Codex Romanoff e o maravilhoso livro do professor Oscar Brisolara, Sancta
Luccrezia dei Cattanei, para poder entrar no clima medieval apropriado para a libertação
da minha alma.
Na “viagem” que embarquei com todo gosto e na
janelinha, tive que ouvir Leonardo dizer, num dos capítulos iniciais da série, que
no futuro “ainda iria aperfeiçoar a forma de fixar imagens numa base qualquer
usando nitrato de prata...”
E de repente me vejo outra vez numa sala muito
escura do Louvre, em frente a uma enorme folha de papel amarelecida pelos
séculos, que contém muitos riscos, inúmeros rabiscos, centenas de códigos e
milhares de outros sonhos (ou demônios?) feitos pelo homem mais genial que já foi
parido nesse mundo! Leonardo di Ser Piero da Vinci.
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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo e Editor deste Blog
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