Foto Luiz Carlos Vaz |
É O QUE TEMOS PARA O MOMENTO
(cerveja quente e comida fria)
Ângelo Alfonsin
Sentado à beira do precipício
Dos precipitados
A memória pede moratória
Para lembrar que existo
O corpo doi-codi
O tempo exige alteração
No Código de Hamurabi
Óculos por óculos
Prótese por prótese
O Robocop me disse
Não ter jogo de cintura
É uma roubada
Na Milícia Fashion
Week
Destacam-se os corpos cadavéricos
Das modelos vestindo elegantemente
Seus ossos esculturais
A morte jamais sai de moda
A vida é um cursinho de verão
"Corrida contra o destino de pobre"
Alguém precisa não viver para sustentar
Os zumbis da vida pública
A profissão do futuro é coveiro
Influencer
Profissão eterna
Que ternamente nos coloca 7 palmos
Dentro dos piores corações
Sob uma salva de palmas
Ou vaia com Dios
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Ângelo Alfonsin é Poeta. E é meu amigo.
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