Foto Luiz Carlos Vaz |
Ângelo Alfonsin (*)
a vida ordinária
ordena
a ordenha diária
sobrevive-se
das sobras do viver
das dobras dos braços
a carregar nas costas
ossos mais desossados
que o seu
uma fartura de objetos
abjetos
no cardápio comida
para todos os desgostos
mãos tatuadas de fome
recolhem
restos de morte
para sustentar
destroços de vida
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(*) Ângelo é um poeta. Ponto!
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