“Alma e Sentimento”
Fotos L.C. Vaz |
Luiz Carlos Vaz (*)
sobrinho do seu Orobaldo
Não posso, é claro, me
declarar publicamente como um “acumulador”. O Dr. Paulo Sousa, meu personal
analista, meu “inimigo mortal declarado” (é ele quem diz isso...) e prefaciador
do meu livro A História de Abel, já me liberou dessa classificação. Ufa! Mas o
fato é que imagino mesmo que só eu tenho guardado alguns livros raros e outras
coisas, que talvez só tenha acervo semelhante no Museu do Louvre! Mas lá isso é
phynno, é cultura, é preservação da memória. Já eu... não passo de um juntador
de coisas materiais, não acredito, por exemplo, em “armazenamento em nuvem”,
pois sigo o Hermes Aquino que disse “nuvem passageira com o vento se vai...”
Em épocas de Feira do Livro eu fico furungando as
prateleiras, as caixas e os puxadinhos aqui da minha “acumulação” e acho cada
coisa, como o raro (claro que o que se encontra nas livrarias não conta) livro
do Heinrich Bunse, sobre o “modo de falar” de São José do Norte; há pouco
conversava com a Lorena sobre uma declaração do Caetano sobre a palavra “coisa”
e lembrei do livro do Bunse. Por incrível que pareça o IEL não colocou a data
na edição... mas se sabe que é do tempo em que o Amaralzinho era governador do
RS, e a Lorena ainda nem era nascida...
L.C.Vaz |
Mas eu quero falar hoje, para inaugurar essa série sobre Meus
Livros Impossíveis, que pretendo escrever até o ultimo dia desta nossa 50ª
Feira, sobre o “livro do Seu Orobaldo”.
Só quem é - ou foi da UFPel, e das antigas, conheceu o seu
Orobaldo Gonçalves da Silva que, entre outros parentescos, era tio do nosso
colega Fernando Falcão. Só a vida do seu
Orobaldo daria uns dez volumes... Ele foi, inclusive, jóquei ali no Prado. Nos
“programas impressos” distribuídos antes das corridas, com o número do páreo,
nome do cavalo e a cor da blusa, o seu nome era grafado como “O.Silva”, o que
lhe rendeu o apelido de Zero Silva...
L.C.Vaz |
Mas eu quero é falar de literatura. O livro que só eu ainda
preservo é o “Alma e Sentimento”. Quem possuir outro exemplar guardado, que
atire o primeiro livro. Digo, a primeira pedra”. Trata-se de um conjunto de 25
poemas, distribuídos em 91 páginas, todos no linguajar simples, no melhor
estilo gauchesco, como o recolhido há mais de um século por Simões Lopes Neto.
Ele foi prefaciado pelo querido e saudoso professor Enrique Salazar Cavero, e
foi impresso de forma simples, no ano de 1983, e está autografado para mim.
Anotei depois a lápis, como sendo no dia 25 de maio de 87.
Poderia ser do mesmo ano do lançamento, 1983, mas, como se diz, “vale o que
está escrito”, mesmo que tenha sido com um lápis.
Esse, como todos os outros livros meus, estão à disposição de
vocês mas “só para consulta local”, pois como alguém já disse: “Tolo é quem
empresta livros. Porém, mais tolo é quem os devolve”.
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(*) Luiz Carlos Vaz é
Jornalista, Fotógrafo, Escritor e Editor deste Blog
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