15 de abril de 2012

O ano dos Centenários - VI, OTitanic


Há exatos 100 anos, no dia 15 de abril de 1912, o navio Titanic naufragou. São 100 anos de histórias, relatos, testemunhos, fotografias, mergulhos, livros, filmes e teorias. O navio construido para não afundar bateu em um iceberg e mudou a sua história - e também as nossas. Leiam esta a matéria sobre o naufrágio do Titanic, na seção Cultura, no site do jornal El Pais clicando AQUI.
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6 comentários:

Luiz Carlos Vaz disse...

Antes que me perguntem. O Titanic - que afundou lá bem longe da nossa casa em Bagé - mudou, sim, também o curso da minha vida. Desde guri, quando conheci a história dele, me chamou a atenção o fato de não ter sido localizado, coisa que só há pouco tempo foi possível. Senmpre imaginei aquele cenário intocado, que vimos no filme do James Cameron... uma coisa atávica, sei lá...

Hamilton Caio Vaz disse...

Luiz Carlos, sem dúvida, mudou a vida do mundo inteiro. Foi assunto tratado periodicamente na imprensa desde a tragédia. Ainda nos anos 50, comecei a ler os primeiros artigos e reportagens a respeito. De um texto, em particular, nunca esquecei o título: “A inafundável Sra. Brawn” (já apreciava bons títulos, como os deste blog, rsrsrs). Esse artigo que tenho guardado em alguma vereda do meu arquivo, se referia a uma das mulheres sobreviventes, Margaret Brawn, que participou ativamente na evacuação do Titanic, e depois a bordo de um dos botes salva-vidas, ajudando e orientando o recolhimento dos náufragos.

Hamilton Caio Vaz disse...

No mesmo site do jornal El Pais, este link mostra excelentes fotos da época: 100 años del hundimiento del Titanic - http://cultura.elpais.com/cultura/2012/04/13/album/1334327815_650313.html#1334327815_650313_1334328202

Hamilton Caio Vaz disse...

Sobre essa tragédia, transcrevo trecho do excelente texto de introdução a um infográfico publicado no jornal Zero Hora, de 08-04-2012: “Titanic - 100 anos da tragédia - O Titanic nasceu como um ícone da Belle Époque europeia. Um momento no qual a humanidade acreditava que o alto desenvolvimento científico, aliado à potência do vapor e à resistência do aço, poderia levar a um progresso sem limites. Em 1912, o naufrágio do gigante concebido como um prodígio antecipava em dois anos o fim do otimismo no futuro que começara na metade do século anterior e seria sepultado definitivamente pelo morticínio da I Guerra Mundial, em 1914. É por isso que, mesmo há cem anos no fundo do mar, o Titanic ainda navega em nosso imaginário. Representa uma ferida no ego da humanidade incapaz de cicatrizar. .........”

Vejo, também, o naufrágio do Titanic como um prelúdio do que aconteceria ao longo do século XX: as tragédias das guerras e a ascensão de tiranos genocidas, ombreados com o progresso científico e tecnológico, em contradição.

As primeiras décadas do século passado foram a era de ouro dos transatlânticos, usados principalmente para o transporte entre a Europa e a América do Norte. O luxo e o requinte a bordo desses navios, da classe do Titanic, parecia que tinham a intenção de levar o ambiente das grandes festas e bailes das cortes europeias para dentro desses palácios flutuantes. Mas, esses impérios também submergiram com a 1ª grande guerra, mudando o mapa da Europa.

A aviação, a grande revolução tecnológica da virada do século, ainda era usada apenas esportivamente. Estreou “profissionalmente” como máquina de batalha na 1ª Guerra Mundial. Daria os primeiros passos transportando passageiros já próximo a 2ª Guerra. Só concorreria com os transatlânticos após a grande conflito. E venceu a corrida.

Hamilton Caio Vaz disse...

A propósito do uso da aviação como esporte no início do século XX, destaco esta pérola publicada no Correio do Povo do dia 14 de abril de 1912, o dia do choque do Titanic com o iceberg, transcrita no Correio do Povo (Porto Alegre) de cem anos após, 14 de abril de 2012, conforme pesquisa de Dirceu Chirivino, e com a grafia da época: “Telegrammas - Aviação - Paris, 12 - Duas casas constructoras de aeroplanos enviaram a sua adhesão á Idéa aventada pelo jornal Matin, que aqui se publica, de ser organisada uma corrida de aeroplanos entre esta capital e Pekim.
Aquelle jornal concorrerá com avultada quantia para o premio a ser conferido aos vencedores da corrida aérea.”

Sérgio M. P. Fontana disse...

Na Zero Hora de sábado, 14/04/12, tem umas foto-reproduções de artigos de jornais brasileiros da época. Não tentei, mas acredito que com uma lupa dá para ler direitinho o que diz ali.