A
Revista de História da Biblioteca Nacional
publica
na edição nº 86, deste mês de novembro,
uma
matéria sobre o Museu Farroupilha de Piratini.
A
Beatriz Araújo, responsável pelo projeto de restauração do Museu,
tão
falado e reclamado aqui no nosso blog,
não
parou nele, continua trabalhando
para
restaurar outros prédios importantes
na
Primeira Capital Farroupilha.
“Vou lhe dizer:
Piratini às vezes parece que não cresceu. Se você andar pra trás da esquina da
Rua Bento Gonçalves, vai encontrar a igreja, o clube... É uma volta no tempo”,
conta Adel Vaz Bandeira, 75 anos. A sensação de estagnação relatada pelos
moradores é um indício da boa preservação histórica da cidade gaúcha,
localizada no extremo sul do estado, escolhida em 1836 como capital da
República Farroupilha. A boa conservação de vários edifícios da época inspirou
a criação da Linha Farroupilha, roteiro turístico inaugurado em setembro.
Sinalizadores no chão indicam nada menos do que 25 pontos históricos no
município, como a Antiga Cadeia, o Palácio do Governo Farroupilha e a casa do
líder Giuseppe Garibaldi, que será completamente restaurada até 2014.
“Os turistas
podem fazer o trajeto sozinhos e, se quiserem, podem consultar os moradores do
centro histórico e as pessoas que trabalham ali. Todos estão recebendo um livro
com informações sobre a Linha Farroupilha e a história da cidade”, explica a
produtora cultural Beatriz Araújo, que coordenou o projeto com a ajuda da
Associação dos Amigos do Museu Histórico Farroupilha. Dois mil exemplares do
livro começaram a ser distribuídos em setembro. Além disso, foram feitas 6.000
cartilhas de educação patrimonial, que serão distribuídas a todos os alunos do
ensino fundamental.
A equipe de
Beatriz foi responsável pela restauração do Museu Histórico Farroupilha, em
2011, e fará trabalho semelhante na Casa de Garibaldi. A situação da casa nem
se compara com o estado em que se encontrava o prédio do museu, de 1819.
“Chovia aqui dentro, literalmente. Tivemos também problemas de segurança,
porque as portas de madeira cediam. Ladrões roubaram cerca de dez armas do
século XIX”, conta a diretora Angélica Panatieri. Agora, as cerca de 400 peças
estão a salvo. E talvez ganhem adições. “O governador disse que gostaria de nos
enviar todas as peças do período que estão em outros museus estaduais. Mas acho
que eles não vão querer se desfazer disso”, diz a diretora.
Ainda que não receba
as peças, Piratini está a caminho de se tornar a principal cidade da rota
farroupilha. “Ela tem a maior quantidade de edifícios do período. E, como pouco
cresceu, as pessoas continuam usando os prédios. Não será preciso investir
muito para restaurá-los”, afirma a historiadora Carla Menegat, do Instituto Federal Sul-rio-grandense.
As novidades
devem atrair mais turistas e afetar a calmaria da cidade, mas nem o senhor Adel
parece se importar. “Acho ótimo. Dei algumas informações para eles escreverem o
livro e já estou com o meu. Achei muito bonito”, conta, orgulhoso.
.
Publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional
.
Um comentário:
Nós como gaúchos que somos, temos que resgatar cada pedacinho da nossa linda história, que contém muito sangue ,suor e alegria e como diz na musica do grupo rodeio, São Gritos de Liberdade, um baita abraço tchê Vaz.
Postar um comentário