Foto LC Vaz |
Sapatos,
sapateiros, meia-sola, pasta Nugget, escova, pano e brilho... coisas já tão
antigas como a profissão de Engraxate. Era de bom grado comprar um Correio do
Povo, sentar no banco da praça e pedir para um deles lustrar os nossos sapatos.
Era tempo suficiente para ler algumas matérias de capa do velho Correio, ainda
em tamanho standart, e ficar tentando manter aquele monte de páginas ajustadas
num só volume. Quando o jornal não compunha a cena, então eram 15 minutos de
conversa com esse profissional que colocavam o sujeito que calçava o Passo Doble em dia com
todos os assuntos mais quentes da semana. Desde as fofocas do futebol aos
vencedores das últimas carreiras no Prado. Todas novidades eram de conhecimento do homem do lustro!
Hoje, quando os sapatos já quase perderam o lugar para os "tênis", é
raro ver engraxates nas praças, nas cigarrarias, nos salões de barbeiro... E
nenhum deles é jovem. É a profissão morrendo com os últimos - e abnegados -
engraxates. Engraxates que sabiam de tudo, opinavam sobre tudo, e davam dicas
sobre os mais variados assuntos, até mesmo como conservar os seus sapatos sempre
limpos e brilhantes.
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3 comentários:
The Vaz, me lembro de um dos passeios que fazia por Porto Alegre quando era soldado da FAB, passando pela Praça da Alfandega sentei-me numa daquelas cadeiras de engraxates, não sei se ainda existem lá, e pedi ao xirú velho que desse um trato nos meus coturnos, antes de começar o trabalho ele me ofereceu uma Zero Hora, e advinha o que tinha na Zero? Uma Playboy disfarçada, naquela época as coisas ainda sofriam algumas restrições, principalmente em um lugar tão público. Um baita abraço tchê.
E quem era a "play mate" do mês, Gerson? hehehe
Bueno tchê, o nem dela não foi o meu foco, e além do mais isso faz mais de 35 anos
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