Iustração fotográfica por Athos Ronaldo
Athos Ronaldo Miralha da Cunha (*)
Recebi três livros de Luiz Carlos Vaz. Três belas coletâneas
de crônicas, que faço um breve comentário abaixo.
NOTÍCIAS DO SCHLEE
Esse foi o primeiro que li, pois o título pede a leitura
imediata. E sei que o Vaz é muito próximo de seus familiares e foi um dileto
amigo de Schlee de longa data.
São nestas crônicas que aprendemos um pouco mais sobre o
escritor. As chamadas lembranças vivas e afetivas. Aqui identifiquei uma grata
satisfação ao ser citado em uma das crônicas – na página 43 –, que me deixou
com um olhar 43...
Não farei a réplica, não há necessidade sempre fui seduzido
pela obra do Schlee que, infelizmente, não conheci pessoalmente. Mas cumpri a
incumbência de trazer um jornal para ele de uma viagem que fiz. Aliás,
solicitação que muito me honrou.
São estas as boas lembranças de um escritor e seu legado
literário. Notícias do Schlee são sempre bem-vindas.
A TAÇA DO MUNDO É NOSSA!
O livro é, literalmente, um passeio pelas copas do mundo de
futebol. Desde 1930, o início, passando
pelo fantasma de 50, que ainda nos assombra.
O começo da camisa canarinho bolada pelo Schlee e o sumiço da
taça Julies Rimet. Ainda temos a laranja mecania... la mano de Dios. Etc...
etc...
São inúmeras as situações que vivenciamos nas copas e nos
causaram de alguma forma emoções. Tristes ou alegres. Mas a citação do gol de
Valdomiro Vaz Franco – será que é parente do autor? – contra o Zaire na copa de
1974, me deixou reflexivo: meu sonho de guri era ser ponta-direita do
Internacional. E o Valdomiro foi um dos poucos ídolos que deixei lá na década
de 70.
E chegamos no 7 x 1 e tem muito mais, vale a pena entrar em
campo.
MEMÓRIAS DE UM MAU TEMPO
Neste exemplar temos crônicas do período pandêmico, mas não
necessariamente sobre a doença.
Já começo identificando mais uma citação, agora avancei uma
casa estou na página 44, mas ainda permaneço com o olhar 43.
Vaz escreveu muito nesse período de mau tempo. Viu muitos
filmes e leu em demasia.
A apresentação é do Pedro Hallal, aquele senhorzinho que
enaltecia a ciência nas entrevistas e batia seguidamente nos “cloroquinófilos”
para desespero da turma do capitão.
Aliás, foi um período de muita contestação sobre a ciência e
inclusive sobre a forma da Terra. Vá entender. (sic)
Em alguma das crônicas nos identificaremos pela situação
vivenciada no confinamento.
Claro, alguma coisa sobre Bagé sempre tem. E muito mais o
leque de assuntos é abrangente.
Ah! O Vaz mente muito, mas sempre mostra as provas.
O livro já vem vacinado contra a ignorância. Leia sem
moderação.
Esses são os três últimos filhos literários do Vaz.
A propósito: Filhos... Filhos? Melhor não tê-los.
Mas se não temos! Como sabê-los? [Vinícius de Moraes]
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(*) Athos Ronaldo Miralha da Cunha por ele mesmo:
“Engenheiro Civil, aposentado da Caixa; cometo crônicas,
contos e outras coisas sem importância.”
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