28 de novembro de 2014

Cinco anos de Blog da VG


Os famosos cães do portão do Estadual (*)


Hoje nosso Blog completa cinco anos.  Depois de 365.000 acessos em 1.864 postagens não há muito a dizer. Muito obrigado pela companhia. Reproduzo o texto da primeira postagem em homenagem a todos que nos ajudaram a chegar até aqui. 

Luiz Carlos Vaz, editor do Blog da VG

As vovós e os vovôs estão na web!

Colegas da Velha Guarda do "Colégio Estadual de Bagé":
Não teve como resistir! Entramos na modernidade e criamos um Blog para interagir com todos que um dia passaram pelo Estadual. Tudo começou com a comunidade do Orkut "Passei pelo Carlos Kluwe", com o tópico "Alguém da Velha Guarda?", postado pelo colega Claudete. Como podem ver, a comunidade tem hoje 3.040 membros e esse tópico, que se refere ao pessoal da "antiga", é o que mais tem postagens: 308 mensagens no total, até agora há pouco, dia 28 de novembro de 2009. Vi, inclusive, que alguém da turma mais nova sugeriu que criássemos um fórum específico para tratar do nosso encontro dia 12 de dezembro pois estávamos monopolizando a Comunidade... Por isso resolvi criar este Blog. Ele não é meu. É nosso. É de todos que passaram pelo velho Estadual nos anos 50, 60, 70, por aí... Conto com toda a turma da velha guarda para postar contribuições de toda sorte como artigos, textos, fotografias, notícias e etc, que ajudem a ampliar nossos contatos com colegas que estão aí pelo mundo afora, que nunca esqueceram que um dia passaram sob o portão do antigo colégio onde estão, até hoje, dois cães em bronze: enquanto um descansa o outro vigia.

A história dos famosos cães pode ser lida clicando AQUI.

12 de novembro de 2014

Crónicas das minhas teclas




Crónicas das minhas teclas

Antunes Ferreira (*)
 
O lançamento do meu novo livro Crónicas das minhas teclas vai realizar-se no dia 26 deste mês, quarta-feira, pelas 18h20/19h00 no anfiteatro (salão nobre) do Palácio da Independência (Largo de São Domingos, 11 em Lisboa). A obra será apresentada pelo Embaixador Francisco Seixas da Costa. Oportunamente serão enviados os convites para o evento, embora todas as Amigas e todos os Amigos fiquem desde já convidados – informalmente. 

Será com grande prazer que o editor José Maria Roumier Ribeirinho e eu próprio as/os acolheremos. Se o quiserem e puderem fazer tragam também as vossas Amigas e os vossos Amigos. Todos serão bem-vindos. Obrigado

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(*) Meu amigo Henrique Antunes Ferreira, editor do blog A minha Travessa do Ferreira, por ele mesmo:


"Jornalista, antigo chefe da Redacção do Diário de Notícias (1975/1991. Rádio: TSF e outras; TV: RTP1 e TV2. Cronista: A Bola, maior jornal desportivo; Elan, a primeira revista para homens; outras. Correspondente das espanholas Tiempo, Interview, Gaceta de los Negocios e da RNE e da TVE. Política: candidato a deputado e Chefe da Redacção do Portugal Socialista. Sou militante do PS, Partido Socialista, de Mário Soares. Antes, da ASP (1969). Lutei contra a ditadura desde a campanha eleitoral do Gen. Humberto Delgado (1958). Três vezes interrogado pela então PIDE Etc... Dos livros escritos, o primeiro de ficção (Abril 2008): Morte na Picada, contos da guerra colonial em Angola 1966/1968. Assessor para a Informação do ministro das Finanças, Prof. Sousa Franco, meu colega desde o Liceu até à Faculdade de Direito. Director de Comunicação da Comissão Euro (divulgação da nova moeda única) Dei aulas em duas universidades (privadas) em Lisboa. Gosto muito de leccionar e... os alunos diziam que gostavam de mim... Pelo menos, até lhes dar as notas... IMEILE ou IMILIO: hantferreira@gmail.com"
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8 de novembro de 2014

Sebastião, o pipoqueiro de Bagé



Foto: arquivo Jorge Passos


Sebastião, o pipoqueiro de Bagé

Andréa Lima (*)
 
Quando eu era criança e passeava nas ensolaradas tardes de Jaguarão, guiada pelas mãos de meu pai, tínhamos parada certa na esquina da Praça Alcides Marques com a rodoviária, porque lá, já se encontrava, o pipoqueiro Sebastião. O colorido varal de algodão doce, o cheiro de açúcar e de pipoca quentinha eram e ainda são um atrativo para qualquer criança e, enquanto meu pai, que sempre foi bom de conversa, demorava-se ali proseando, eu saboreava as gostosuras. O tempo passou e hoje meus filhos é que integram a clientela favorita do pipoqueiro e, quando vamos à praça, o pedido é certeiro e um componente a mais no passeio.


Sebastião, há cerca de 47 anos vendendo pipoca, atende várias gerações.


Esta semana tive o prazer de em uma boa conversa entrevistá-lo e saber um pouco mais sobre a sua trajetória, já que muito mais preciosos do que o nosso patrimônio “de pedra e cal” são nossas histórias e o nosso patrimônio imaterial.


Sebastião Sarmiento Veleda tem 62 anos e nasceu em Bagé, mas se considera jaguarense. Conta que veio para a cidade aos 13 anos, em um dia que hoje recorda bem e, entre risadas, mas que na época muito lhe custou, pois aqui chegou com sapatos de cerca de dois ou três números abaixo do seu, inquieto no assento do ônibus, com os pés já dormentes de dor. O menino logo em seguida começou a trabalhar ajudando o pai, o senhor João Antônio Freitas, amplamente conhecido na cidade pelo apelido de “Mulita”. Com o slogan de “O Mulita chegou e a fome acabou”, o comerciante, especialista em comida, fez sucesso na cidade em fins dos anos 60 e na década de 70, como dono de restaurante, onde Sebastião trabalhava como garçom. Conta-se que foi o inventor do “churrasquinho de espeto” por estas bandas, teve um famoso “bar móvel”, instalado em sua camionete, e fazia sucesso em locais movimentados e em feiras e eventos, vendendo bolinho, pastel, cachorro-quente e bebidas.


Astuto para os negócios, Mulita decidiu investir em uma máquina elétrica de pipoca, causando transtornos ao seu Ary, o pipoqueiro mais antigo, que trabalhava com uma carrocinha manual e um fogareiro de querosene, artesanal. A novidade fez sucesso em Jaguarão. Sebastião, que auxiliava o pai, com o tempo tornou-se o protagonista do negócio e durante a semana instalava-se em pontos estratégicos como a Livraria Miscelânea, a esquina da Caixa Econômica e em frente às Lojas Pernambucanas, para, aos sábados e domingos, ir para o Cine Regente.


Na matiné, conta que fazia fila. Quando o filme era bom, esperto e escondido do pai, o pipoqueiro dava uns trocos para que outro guri, vendedor de amendoim, tomasse seu posto e ele aproveitasse a sessão.


Hoje, sua rotina é certa. Acorda de manhã, brinca com a neta, toma mate com os amigos e companheiros de pescaria, almoça e, no começo da tarde, com dia bom, vai para o trabalho. Limpa e prepara as máquinas e ruma à Praça vender pipoca e algodão doce, de onde tira o sustento e vive dignamente. Adora o que faz, pois o serviço lhe permite tratar com crianças e, tirando os dias de chuva, que às vezes atrapalham, tem autonomia.


Diariamente alimenta os pombos, outros pássaros e até as abelhas que, atraídas pelo açúcar, parece que já conhecem a sua rotina.


Vida longa ao seu Sebastião, pois a praça e, mesmo a nossa infância, não seriam as mesmas sem ele!

(*) Secretária Adjunta de Cultura e Turismo/Jaguarão
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Assista também o video de Jorge Passos, Sebastião, o pipoqueiro, no Youtube, e conheça mais desse bageense que faz sucesso com a pipoca em Jaguarão.
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4 de novembro de 2014

Meu tio (não) matou um cara



A seção "Há um século no Correio do Povo" de hoje


Meu tio (não) matou um cara


Não, não é o filme.  Mas é o que posso dizer hoje ao me deparar com a foto do meu tio na seção Há um século no Correio do Povo, que acompanho sempre.  Lembrando um fato que foi noticiado há 100 anos no Correio, a morte de Euclides da Cunha, o editor - certamente ao pesquisar no Google - achou uma foto do meu tio, Dilermando Cândido, e postou como se fosse a foto do militar Dilermando de Assis, este sim o responsável pela morte do escritor. Mas entendo a pressa dos colegas.


A “barriga” faz parte da nossa profissão. Mas é preciso ler tudo, comparar, checar outras fontes...  enfim, fazer com que a informação que passamos ao leitor seja  correta, coisas que sempre ensinei aos meus alunos quando fui professor do curso de jornalismo da UCPel.  Na correria imagino que poderia até ter saído uma foto do ator Guilherme Fontes ilustrando a matéria, já que este interpretou Dilermando na mini série Desejo.

Postagem de 23 de maio de 2011 onde publiquei a foto do meu tio

Fiz uma postagem em 2011 no meu blog onde abordei esse tema, (leiam clicando AQUI) e imagino que a confusão tenha vindo daí... Mas, como a sede da ESALQ já foi mostrada na web como a casa do filho do Lula... fica tudo por conta da internet. Errar é humano, eu mesmo erro muito, mas que essa foi uma barriga e tanto, foi.
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P/S: Claro que, como pesquisador do tema, vou colocar esse recorte do Correio do Povo no meu arquivo, cujo documento principal - e mais raro - é este livro de mais de 700 páginas, de autoria de Dilermando de Assis, que ele intitulou de A Tragédia da Piedade - mentiras e calúnias da "A vida dramática de Euclides da Cunha".

Luiz Carlos Vaz
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P/S II: Meu tio (não) matou um cara. E chega então o dia em que meu tio, Dilermando Cândido dos Santos, ganha o mundo através do Google. Pena que como o cara que matou Euclides da Cunha. Tio Candinho, como nós o chamávamos, talvez nunca tenha matado uma mosca... ora vejam só.



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