13 de maio de 2020

Rocinante, ou A Volta do Cavalo Sem Nome



Rocinante 
ou 
A Volta do Cavalo Sem Nome

Trilogia do Cavalo Sem Nome - II

Luiz Carlos Vaz (*)
Só uma chuvinha dessas, que é como um milagre – e milagre em tempos de estiagem de chuva, de estiagem de encontros com amigos e de estiagem de troca de afetos - é que poderia trazer de volta à minha janela o Cavalo Sem Nome! 

Como assim, sem nome? Ele agora se chama Rocinante! Quase não reconheci os dois guris que, agora devidamente protegidos por máscaras feitas por Dulcineia, seguiram minha sugestão e batizaram Rocinante. 

E Rocinante não é apenas mais um cepeefe. Ele faz parte da família de Pedro e João Marcelo que dedicam a ele o carinho e o afeto possível. E, amigos leitores, não reparem no peso que carrega o Rocinante. Será menor do que o peso que esses outros dois cepeefes carregam? 

Só sei que João Marcelo cumpriu sua promessa; trouxe a caixa de madeira que pedi para que eu possa iniciar o projeto de compostagem no conforto da minha sacada... Compramos mais do que o necessário e nem sei quanto seria o troco... agradeci a eles, mas não fiz nada que não pudesse fazer em dobro, em triplo, mas... foram os “filhos da Elis Regina” que o destino colocou no meu caminho; e mais um cavalo, que até batizei. 

Não cheguei a contar a eles toda a história sobre o Homem de La Mancha, eles precisavam seguir adiante, e isso também significava aliviar, a cada venda, a carga de Rocinante.... mas na próxima semana, com ou sem chuva, vou conseguir um exemplar com a história simplificada do Cavaleiro da Triste Figura e vou dar a esses guris. Afinal todos nós sabemos o poder da leitura de um bom livro. 

E sabemos também, e temos tido prova disso a cada dia, qual o poder da ignorância, das trevas e da falta de leitura, pois “A liberdade, Sancho, não é um pedaço de pão.”

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(*) Luiz Carlos Vaz é Jornalista, Fotógrafo e Editor deste Blog