Benavides, Miranda e Schlee falam sobre a estada de Rivera em Jaguarão
Uma das atividades mais concorridas na programação cultural da Feira Binacional do Livro de Jaguarão foi o encontro dos três grandes escritores: Washington Benavides, Paulo José Miranda e Aldyr Garcia Schlee. O uruguaio Benavides, que aos 81 anos não cogita aposentar-se da Cátedra de Literatura da Universidade de La República, iniciou sua apreciação sobre Don Frutos, o romance de Aldyr Garcia Schlee, com a afirmação de que o livro necessita ser urgentemente publicado não só no Uruguay, terra do General Brigadeiro Fructuoso Rivera, mas nos outros países de língua espanhola. O escritor e crítico literário português, Paulo José Miranda, Prêmio Saramago de Literatura, afirma - para quem quiser ouvir - que "Don frutos é um dos melhores romances que já li em minha vida, e não li poucos", conclui ele. Diante dessas avaliações e perpectivas, Schlee ainda contou sonbre o extenso trabalho de pesquisa sobre a vida do General - durante 45 anos - quando ainda nem tinha em mente escrever sobre Rivera, e apenas usava parte do extenso material na sua disciplina de Direito Internacional na Universidade Federal de Pelotas. Depois da decisão de escrever, Schlee chegou então às minúcias dos detalhes na reconstrução da passagem de Don Frutos por Jaguarão, como estar no "Passo das Pedras", perto de Rio Branco, no Uruguay, no mesmo dia e na mesma hora da madrugada em que o Brigadeiro atravessou o rio e deu fim a seu exílio rumando em direção à Banda Oriental. Peça fundamental nessa pesquisa, e que recebeu no livro agradecimento especial do autor, outro oriental, Amilcar Brun, também presente em Jaguarão, pôde ver com grata surpresa as quase 600 páginas da grande obra editada pela ARdoTEmpo e que concorre ao Prêmio Açorianos de Literatura/2011.
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