Foto Marcelo Soares |
Do Fogão y
Otros Recuerdos...
.
J.J.
Oliveira Gonçalves
.
Ah, velho
fogão à lenha
Em teu fogo
me aqueci!
Saudade
acesa mantenha
A lembrança
de guri!
Lá pras
bandas da Fronteira
Num janeiro
apareci...
A cigarra
cantadeira
Anunciou,
pois, que eu nasci:
Na Bagé -
sempre Rainha
Do índio
franco e guapo:
O verso -
então - engatinha
Já - de
nascença - Farrapo!
Nascido em
pleno verão
Me gusta la
invernia!
Do Telurismo
do Chão
Grato eu
colho a poesia!
Meu verso
pode ser doce
Mas é o
verso de exceção!
Não seria eu
se não fosse
Um poeta na
contra-mão!
Estro xucro
- desgarrado
Sensível por
natureza:
Refém me fez
- e malvado
Me faz
cantar de tristeza!
Emoção há
tanta - em mim
Cada
lembrança: Saudade!
Nostalgia,
ó, Deus, sem fim
Ao ver ir
morrendo a tarde!
Outono de
mãos geladas
Do frio a
lamber-me o rosto!
Graus
negativos... Geadas
Prenúncios
do meu Agosto!
No arremate
das trovinhas
Eu volto ao
velho fogão:
Pra aquecer
as Penas minhas
E estes
ais... do coração!
.
JJ Oliveira Gonçalves
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Porto
Alegre, 11 de junho/2012. 16h30min
5 comentários:
Tchê Vaz, repito aqui o que comentei no post do JJ "Patria verde amada":
Tchê JJ, gostei muito da tua crônica, grande presente seu José e dona Nena deram a esse filho que fostes e que ainda és, embora eu tenha certeza que os grandes presenteados nessa estória toda, fomos nós. Um baita abraço indio velho.
Prezado Vaz...
Gracias, pela alegria de - lá pelas 10 da matina - ver meu texto aqui publicado, com essa bela e reminiscente foto do Marcelo Soares! Minha quarta-feira começou, pois, diferenciada e fazendo bem ao coração deste poetinha de Bagé! O "poetinha" é porque sou pequeno, mesmo, ou seja: baixinho... rs...
Abraço franciscano!
JJ!
Gerson, mui fraterno índio velho...
Mais uma vez, teu comentário me sensibiliza e me faz grato a esse mano lá das Terras de Ibagé... Assim, transcrevo e reafirmo o que comentei na "Pátria Verde Amada" - embora com bastante atraso - reconheço - pois passava por momentos difíceis, então. Aí, está:
"Tuas palavras aquecem meu coração - com certeza! Palavras de um amigo que não conheço, pessoalmente, mas que quero ter o prazer de conhecer - dar um aperto de mão, um abraço daqueles que nos lembrem que somos irmãos pelo Chão Bageense onde nascemos! Muito obrigado - mesmo! - Gerson, e me desculpa pelo tempo que demorei para responder ao teu espontâneo e fraterno comentário!"
Abraço franciscano e mui bageense!
JJ!
Gerson, tens toda a razão, se o seu José e a dona Nena tiveram que apertar um poouco o cinto para pagar "as prestações" da Pátria, foi o aperto mais recompensado de suas vidas. O JJ não deixou por menos...
JJ, essa foto do Marcelo faz o casamento perfeito com a tua poesia. Sabia que tinha essa foto guardada e tive que revirar as gavetas do conmputador para achar... e estava sem indicação do autor... mas ele me confirmou a tempo de poder ilustrar com o crédito, como sempre faço. Um fogão bem real, como os da nossa juventude, quando os Alpha, à gás, ainda não haviam chegado "ao campo"...
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