Fotografia com sketchbook por Marcelo Soares |
Café
Marcelo Soares
Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
Quer afastar o cheiro do bolor e o peso dos móveis herdados: madeira pura, amanhecer e rua.
Precisa de algo que o desperte e agrade. Assim, enquanto não corre com os fantasmas dos armários, busca apoio na luz do dia ou na juventude destas moças, mesmo frias, como distração a parte.
Precisa de algo que o desperte e agrade. Assim, enquanto não corre com os fantasmas dos armários, busca apoio na luz do dia ou na juventude destas moças, mesmo frias, como distração a parte.
- Hoje quero "carioquinha", por favor, complete com água!
Pela vitrine a cerração esconde o lado oposto da calçada, a fluorescente sombreia o guardanapo dando mistério aos rabiscos que substituem os ponteiros do relógio. Não há hora para nada!
A conversa alheia trouxe todas as novidades: placar, morte e atentado. Permanecem as lembranças noturnas e o clima que não devia estar fechado. Sono, sonho ou cansaço?
Cuida no espelho se a veste esta adequada, pelo reflexo o apelo vem da silhueta do engraxate.
Esfria o líquido sem libertação ou companhia, mais, então, um quem sabe?
- Mocinha... outro café!
Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
A conversa alheia trouxe todas as novidades: placar, morte e atentado. Permanecem as lembranças noturnas e o clima que não devia estar fechado. Sono, sonho ou cansaço?
Cuida no espelho se a veste esta adequada, pelo reflexo o apelo vem da silhueta do engraxate.
Esfria o líquido sem libertação ou companhia, mais, então, um quem sabe?
- Mocinha... outro café!
Ele pensa, e a menina aguarda, se no resto da xícara vai café ou água.
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