4 de novembro de 2014

Meu tio (não) matou um cara



A seção "Há um século no Correio do Povo" de hoje


Meu tio (não) matou um cara


Não, não é o filme.  Mas é o que posso dizer hoje ao me deparar com a foto do meu tio na seção Há um século no Correio do Povo, que acompanho sempre.  Lembrando um fato que foi noticiado há 100 anos no Correio, a morte de Euclides da Cunha, o editor - certamente ao pesquisar no Google - achou uma foto do meu tio, Dilermando Cândido, e postou como se fosse a foto do militar Dilermando de Assis, este sim o responsável pela morte do escritor. Mas entendo a pressa dos colegas.


A “barriga” faz parte da nossa profissão. Mas é preciso ler tudo, comparar, checar outras fontes...  enfim, fazer com que a informação que passamos ao leitor seja  correta, coisas que sempre ensinei aos meus alunos quando fui professor do curso de jornalismo da UCPel.  Na correria imagino que poderia até ter saído uma foto do ator Guilherme Fontes ilustrando a matéria, já que este interpretou Dilermando na mini série Desejo.

Postagem de 23 de maio de 2011 onde publiquei a foto do meu tio

Fiz uma postagem em 2011 no meu blog onde abordei esse tema, (leiam clicando AQUI) e imagino que a confusão tenha vindo daí... Mas, como a sede da ESALQ já foi mostrada na web como a casa do filho do Lula... fica tudo por conta da internet. Errar é humano, eu mesmo erro muito, mas que essa foi uma barriga e tanto, foi.
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P/S: Claro que, como pesquisador do tema, vou colocar esse recorte do Correio do Povo no meu arquivo, cujo documento principal - e mais raro - é este livro de mais de 700 páginas, de autoria de Dilermando de Assis, que ele intitulou de A Tragédia da Piedade - mentiras e calúnias da "A vida dramática de Euclides da Cunha".

Luiz Carlos Vaz
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P/S II: Meu tio (não) matou um cara. E chega então o dia em que meu tio, Dilermando Cândido dos Santos, ganha o mundo através do Google. Pena que como o cara que matou Euclides da Cunha. Tio Candinho, como nós o chamávamos, talvez nunca tenha matado uma mosca... ora vejam só.



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4 comentários:

Sérgio M. P. Fontana disse...

Como diria o Guri de Uruguaiana: "MAS QUE BAAARBARIDADE!".
Para nós está tudo esclarecido. Agora só falta dar um pito no editor dessa matéria do Correio do Povo.

Luiz Carlos Vaz disse...

Alô Sérgio
O pito é o de menos... eu mesmo já errei muito, e quandom isso ocorre, reconheço e peço desculpas. Mas sempre digo que há erros horríveis e erros divertidos. Esse é um erro que induzirá a outros, o verdadeiro caso do "jogar penas ao vento". Agora... nunca mais. Já estou vendo a cara do meu Tio em dissertações, teses de história, artigos, capa de revista e etc.
Um abraço

Anônimo disse...

Incrível essa história, Vaz, um roteiro perfeito para cinema.
Nos EUA ganharias o processo de difamação, injúria e calúnia.
Denúncia falsa de um fato histórico comprovado, que horror, só no Bananão mesmo.

Luiz Carlos Vaz disse...

Verdade, Ângelo, uma barrigada e tanto. Como, depois dessa (e de tantas outras) confiar no Dr. Google? Provou ser pior que o balcão do Café.
Um abraço!
Vaz