31 de julho de 2012

em quase agosto

Foto Vera Luiza Vaz


em quase agosto
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vera luiza vaz
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primavera espera
hora pra chegar
inflorescência se apressa
deseja se expressar...
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em meio à tarde ventosa
rosa no azul em véu
em quase agosto
exposto gosto
de alegria
ao contemplar o céu... 

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publicado por vera vaz em maudepoesia
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Um baú no Pampa – XVIII, O sinete Guasque


O sinete mandado fazer pela Vó Orphelina Guasque


O Sinete Guasque
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Gerson Luis Barreto de Oliveira
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  Como todo guri que tinha uma avó com casa no campo, quando chegava dezembro... záz, eu ia para o Cunhatay, nos Três Cerros, já em Dom Pedrito, distante 45 minutos de carro de Bagé. Depois de uma sofrida entrada pelo Paço da Ferraria, sete porteiras de arame ainda me separavam da casa da minha avó Orphelina Guasque Barreto.

  Nos dias de chuva a televisão não pegava direito, os livros que levava, na maioria das vezes, acabavam rapidamente e eu ficava sem nada para fazer. Então lá ia eu revirar os guardados da família. Por esse motivo escrevo sobre tantas coisas variadas e divido algumas dessas lembranças com vocês. Uma vez encontrei um pequeno objeto. O que era? Era um sinete.

  Os “sinetes” eram utilizados desde a Grécia antiga. Eram produzidos como um carimbo pessoal ou até em forma de anel. Na Europa do medievo faziam as vezes de assinatura, até porque os seus donos, na sua grande maioria, eram analfabetos. O imperador da China tinha um do tamanho de um tijolo, todo feito em jade.

  Mas no ocidente geralmente eram de alguns figurões que usavam para “assinar documentos”. Eles jogavam um pouco de cera quente, ou “lacre vermelho”, ao final do texto, e prensavam esse material com o sinete - ou o anel -  e estava feita a assinatura que garantia a veracidade e a procedência do documento.

  Até hoje é feito um anel específico para os Papas quando quando assumem o cargo, e ele usa a torto e a direito. Quando o Papa morre o anel é quebrado em uma cerimônia específica para esse ato simbólico.

  Descobri que isto era amplamente utilizado em Bagé no final do século XIX e início do XX. O meu tataravô Guasque tinha o seu, o filho dele também possuía um, e a filha deste, minha avó Orphelina Guasque também. Mas eles usavam o sinete com uma almofada de carimbos, com tinta apropriada, para personalizar cartas livros ou cartões pessoais.

  No entanto as mulheres da família Guasque usavam os sinetes de uma maneira muito prosaica. Usavam para "marcar a roupa branca", segundo contava minha avó Orphelina. E isso incluía lençóis, toalhas e toda a roupa íntima. Tudo era carimbado e personalizado.

  Todos os livros do meu bisavô aos quais tive acesso, e também os do pai dele, estavam marcados com os sinetes para deixar bem claro quem era o dono.

  Hoje guardo com carinho o sinete que minha avó mandou fazer para ela ao casar com meu avô. Ela carimbou tudo o que achava que valia a pena dizer que era seu. É um pedacinho da infância que ainda trago comigo, já longe do cheiro de mato molhado depois da chuva, do café com leite de vaca tirado na hora, do bolo recém saído do forno e da manteiga batida especialmente para o lanche da tarde...
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Enviado por
Gerson Luis Barreto de Oliveira
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29 de julho de 2012

Ser politicamente correto não é tarefa fácil


Fotografia LC Vaz

Ser politicamente correto não é tarefa fácil
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Valacir Marques Gonçalves
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Estamos num novo tempo.
Meu sonho é de que as novas denominações melhorem a vida dos seres humanos,
tragam a igualdade, acabem com os preconceitos, tornando as pessoas felizes. 
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Com o surgimento do “politicamente correto” existem momentos que nos confundem, pois surgem a toda hora novos conceitos e novas maneiras de enfrentar velhas questões. Seguidamente põem à prova nossa capacidade de entendimento e de adequação aos tempos modernos, cheios de modismos e novidades. Qualquer palavra mal colocada é um perigo latente; qualquer gesto ou comentário pode dar origem a grandes ressentimentos.

Num passado, não tão distante, um casal era um homem e uma mulher. Ensinavam-nos que o nome do marido da gata era gato e que o da leoa era leão. Agora está tudo mudado. Um ”casal” pode ser formado por dois homens ou por duas mulheres. Um menino me perguntou se podia chamar dois cachorrinhos de casal. Confesso que tive dificuldade para responder. Ele alegava que fulano de tal e o outro fulano eram um casal, que viu na televisão um famoso cantor inglês casando com outro homem, com festa e tudo, além de um grande número de convidados. Disse, ainda, que tinha um colega que afirmou que seus ”pais” eram duas mulheres. Ele era insistente, logo queria saber o que significava a palavra lésbica e como era o nome do marido da lésbica. Fiquei acuado. Tentei explicar que o mundo mudou, sem deixar de enfatizar que, até onde sei, os bichos não aderiram à novidade. Mudei logo de assunto, puxei conversa sobre futebol…

Mas o garoto não desistia, logo enfileirou outras indagações: por que não podia se referir ao anão conhecido por Tampinha, o anãozinho da rua onde morava, por essa denominação? Tinham informado para ele que se referir a alguém como anão era algo feio, que deveria referir-se ao seu conhecido como ”verticalmente prejudicado”. O garoto explicava que se referir a uma pessoa como verticalmente prejudicado era algo difícil e inexplicável para ele – quase concordei. Eu tinha esquecido dessa denominação. Sempre que vejo algum baixinho lembro da palavra e sou obrigado a admitir: chamar alguém pelo tal nome é realmente complicado, mas como não quero ferir susceptibilidades, procuro não esquecer.

A tortura continuou. Os cegos, por que não eram mais cegos? Estavam enxergando agora? Disse que não, que uma pessoa cega não enxergava. Ele me contradisse, dizendo que não existiam mais cegos, que todos haviam se transformado em deficientes visuais. Queria saber se deficiente visual enxergava mais do que cego. Expliquei que enxergavam a mesma coisa, que não mudou nada, apenas trocaram de nome. Ele continuava sem entender: se continuavam sem enxergar, se não mudou nada, por que deveria chamar os cegos de deficientes visuais? Expliquei que faria uma pesquisa, perguntaria para os sábios da praça, o porquê da mudança do nome, explicando, também, que o importante era respeitar as pessoas, não importando a denominação que davam para elas.

A conversa estava me perturbando, achei que tinha terminado. Voltei para o terreno ameno do futebol. Perguntei se ele continuava admirando o Ronaldinho. Descobri, contrariado, que tinha escolhido o assunto errado… Logo me perguntou por que agora estavam chamando as pessoas negras de afro-brasileiras. Disse que sempre ouviu se referirem ao Pelé, ao Robinho e outros craques como negros. Queria saber se essa denominação era ofensiva. Se precisaria se referir a eles como afro-brasileiros. Expliquei que sim. Que era uma maneira de resgatar a história de um povo que muito contribuiu na construção do Brasil e foi sempre injustiçado. Ele concordou, não sem antes perguntar se o seu companheiro de peladas, conhecido por Neguinho, centroavante considerado, figura imprescindível do time, era, também, afro-brasileiro. Expliquei que o seu amigo deveria ser chamado pelo próprio nome, não precisava de denominação alguma, além do nome que seus pais lhe deram.

A conversa fluiu, muitas outras palavras politicamente corretas foram discutidas. Foi uma tarde diferente. Aprendi muitas coisas com o menino, pois a inocência das crianças nos dá grandes lições. Expliquei para ele que estou aprendendo a conviver com os novos tempos. Expliquei que sou de um tempo em que o telefone era preto, geladeira e cueca eram brancas; comprava-se em armazém anotando em caderneta; bunda era palavrão, homem usar brinco e rabo de cavalo era, vamos dizer, estranho; sonho de consumo era ter um fusca; não existia novela e todos conversavam em casa, e por aí afora.

Estamos num novo tempo. Meu sonho é de que as novas denominações melhorem a vida dos seres humanos, tragam a igualdade, acabem com os preconceitos, tornando as pessoas felizes. Quanto aos amigos, como disse o poeta, "é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração". Não importa como são chamados.
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Valacir Marques Gonçalves
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e-mail vala1@uol.com.br
blog www.valacir.com
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28 de julho de 2012

Enquanto isso em Garopaba...

Fotografia de Sergio Saraiva
Nosso colega do Estadual, Sergio Saraiva, publica sempre no Facebook paisagens de Garopaba com esse sugestivo título. Apaixonado pelo local onde radicou-se há tempos, ele fotografa diariamente a praia e publica as imagens no face. O Sergio apresenta diariamente o programa "Repórter 1380" que pode ser acompanhado, a partir das 20 horas, pelo site www.radiofrequencia.net
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27 de julho de 2012

Olhos nos olhos


Houve um tempo em que só se aviava uma receita de óculos na Óptica Bagé Especializada. Esse também era o tempo em que se colocava apelido em quem usava óculos. Hoje, pelas esquinas das cidades há "especialistas" prontos para melhorar, na hora, a visão de quem passa. É a globalização, dizem, mas o certo é que o povo dos olhinhos apertados agora deixa qualquer um em condições de ganhar, na hora, aquele apelido. Aquele, do tempo em que não se conhecia o bullying, do mesmo tempo em que só se aviava uma receita de óculos na Óptica Bagé Especializada.
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26 de julho de 2012

Menos quatro


O pessoal da Somar Meteorologia prevê que hoje teremos temperatura em torno de quatro graus negativos. Amanhã vai melhorar muito, serão apenas dois graus abaixo de zero... Ahhh tá, pensei que esse friozito iria durar mais tempo.
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25 de julho de 2012

Quarta-feira, Dia nacional do sofá - XXXII, Na capa da gaita



Qualquer gaúcho sabe quando alguém já está só “na capa da gaita”. Esse é o meu estado atual. Sem pernas, sem forro, sem enchimento... Nem foi preciso me pegar entre dois. Tá certo que nunca me deram uma assistência ou fizeram uma reforminha, afinal, sou “anos setenta”. Aguentei muito tempo. Mas, como disseram ao tomar a decisão fatal, “coitado, já está mesmo só na capa da gaita”.
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24 de julho de 2012

Um baú no Pampa – XVII, "Una teiera di latte"


Tia Ernesta e o marido em foto de uma viagem a Petrópolis


O Bule de prata, guardado como relíquia, era usado em navios como esse

Una teiera di latte
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Gerson luís Barreto de Oliveira


   Quando o bisavô Guasque faleceu, em 1937, o rumo da família em Bagé ficou oscilante. Era um grande clã, onde a maioria era de mulheres e, as que não estavam casadas, acharam que deveriam ir para a Capital Federal, o Rio de Janeiro. A Cidade Maravilhosa era um grande imã que chamava por oportunidades que elas não teriam na nossa pacata Bagé da década de 30.

   As filhas casadas compraram os móveis remanescentes, e a casa foi vendida, pois tinham que fazer dinheiro para enfrentar a viagem e se estabelecer na cidade grande. A viagem já era uma epopeia, estradas não existiam, avião era elitista, e não havia linhas regulares. O mais fácil era pegar um vapor em Rio Grande.

   Uma das minhas tias, Ernesta, entrou em desespero pois tinha uma cadelinha poodle e não imaginava  deixar a mascote em Bagé. Sua querida cachorrinha, a quem ela tratava como uma lady e que era acostumada a dormir em uma cesta de vime, onde as cobertas eram habitualmente trocadas, corria o risco de virar uma cadela de rua, pois uma das opções era ficar em mãos das irmãs, que moravam no campo.

   Tia Ernesta era uma mulher prática, e era difícil se dobrar às evidências de que não poderia levar a cachorrinha na viagem de vapor, pois, pelas normas de higiene vigentes não eram admitidos animais nos barcos de passageiros e, caso fossem achados, eram jogados automaticamente ao mar.

   Ela colocou a bichinha dentro da bolsa, comprou a passagem e embarcou. Lá dentro veria o que poderia fazer. Mas logo as coisas começaram a dar errado. Os alimentos que levara para o animal acabaram durante a travessia até o porto do Rio de Janeiro e tia Ernesta saiu atrás de leite, porque se a cadela sentisse fome, começaria a latir, e tudo estaria perdido...

   O camareiro foi chamado e, alarmado, quase estragou tudo! Mas houve muitos pedidos pela vida do animalzinho, uma boa gorjeta e, embora ele estivesse correndo o risco de ser demitido, cedeu às suplicas da tia.

   Todos os dias vinha para o camarote um bule extra, com leite, para a ocupante clandestina que se comportava bem que era uma maravilha e não chamava a atenção de ninguém. O camareiro alertou que na cozinha já estavam ficando desconfiados, e um dia trouxe o leite extra pela última vez. E disse mais, que tia Ernesta jogasse o bule pela escotilha após alimentar a cadelinha.

   A viagem finalmente chegou ao seu destino. Tia Ernesta desembarcou muito feliz no deslumbrante Rio de Janeiro do final da década de 30...

   Mas e o bule... que,  para completar o quadro, era de prata de lei ?

   Na fina peça alguns dizeres traduzidos como, "Companhia Maritima Italiana", atestavam que essa empresa deveria ser a dona da concessão dos vapores na época. Então Tia Ernesta resolveu arriscar mais um pouco e enfiou o tal bule dentro da sua bolsa...

   Tempos depois mandou a “lembrancinha do Vapor” de presente para minha avó,  juntando a ela o relato da aventura.

   Quanto à cadelinha poodle, posso dizer que usufruiu junto com minha tia do esplendor do Rio de Janeiro dos anos 30. Ela morreu de velha muito tempo depois de aportar na Cidade Maravilhosa. Viajou direto de Bagé -via Rio Grande- como clandestina num Vapor italiano, e foi "fazer sua vida canina" na velha Capital Federal.
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Gerson Luís Barreto de Oliveira
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23 de julho de 2012

Varanda

Fotografia de Eliana Valença - Praia do Laranjal/Pelotas/RS


A vista da varanda da Valença... 
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22 de julho de 2012

São Sebastião



São Sebastião, Padroeiro de Bagé, empresta o nome para este navio de carga "com bandeira" do Rio de Janeiro, cidade que também conta com esse mesmo privilégio. O São Sebastião, atracado no Porto de Pelotas, foi fotografado esta semana pelo nosso leitor e amigo Alex Sander.

21 de julho de 2012

A concha que guardava o barulho do mar


Havia em nossa casa na Hulha Negra um "caramujo de enfeite". Ele dividia o espaço em cima de uma cômoda com alguns biscuits de porcelana dispostos sobre um guardanapo de crochê. Não sei, ou não lembro mais, qual a origem da tal concha, que chamávamos simplesmente de caramujo. Mas lembro bem que, ao colocá-la junto ao ouvido, era possível ouvir "o barulho do mar". Ontem, caminhando pela pelas areias da praia do Cassino, encontrei vários "caramujos" como aquele que havia lá em casa. Juntei dois ou três e levei comigo. Mais tarde, depois de lavadas e secas, coloquei uma das conchas junto ao ouvido "para ouvir o barulho do mar". E lá estava ele. Ele, o barulho do mar! O mesmo barulho que eu ouvia quando era pequeno, distante centenas de quilômetros do mar. Mar que nós, crianças da Hulha Negra, só conhecíamos das fotografias da revista O Cruzeiro.
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20 de julho de 2012

Branco - III


O frio deste inverno é tanto que os Correios não estão dando conta de entregar. Se o seu "frio" ainda não chegou, espere um pouco mais, ele vai chegar...
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18 de julho de 2012

La Jura de La Constituición

Boceto de  Juan Manuel Blanes


Aniversario de La Jura de La Constituición de 1830
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Dr. José María del Rey Morató
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          18 de julio de 1830: Jura de la Constitución de Uruguay


La Jura de la Constitución de la República Oriental del Uruguay tiene directa relación con su independencia, y esta fue el resultado de un largo y doloroso proceso. Los “orientales” tuvieron que luchar mucho por su libertad, primero durante la época de José Artigas (1811-1820), luego durante la época de la dominación lusitana sobre la Banda Oriental (1817-1829).
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El territorio de Uruguay, como Banda o Provincia Oriental había formado parte de las Provincias Unidas del Río de la Plata, pero ahora se independizaba de la República Argentina; como Provincia Cisplatina (1817-1829) había formado parte del Imperio de Brasil y Portugal, pero también se independizaba  del Imperio de Brasil.
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En 1825 se produce el desembarco de los Treinta y Tres Orientales y comienza la guerra contra las tropas imperiales brasileñas; en 1828 se concreta la Convención Preliminar de Paz y  el 18 de julio de 1830 se juró la Constitución del Uruguay, un acto necesario para consagrar su independencia.
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La Jura de la Constitución se realizó en Montevideo, con la presencia de mucha gente del lugar y representación de la Argentina, el Brasil e Inglaterra. Hubo fuegos artificiales y en medio de ese hecho extraordinario, se vivió la sensación de que la guerra, el desorden, las dificultades económicas podrían superarse dentro de los carriles de una constitución liberal. Primaba  un espíritu general de hacer las cosas bien para disfrutar en paz de algo que había costado tanto conseguir.
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El Centenario de la Jura de la Constitución se conmemoró con la erección del “Obelisco a los Constituyentes de 1830”, hermoso monumento de granito rosado, de cuarenta metros de altura, rodeado por tres estatuas de bronce que representan la Ley, la Libertad y la Fuerza, y se inauguró en 1938 en Montevideo.
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La “Jura de la Constitución” es una de las grandes fiestas patrias de la República Oriental del Uruguay.

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Dr. José María del Rey Morató
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Quarta-feira, Dia nacional do sofá - XXXI, É nós na Globo


Foto Jucimara Fonseca


Pois não é quer agora já somos também notícia na Globo?
Imagino que seja a repercussão da série aqui deste Blog, iniciada em 31 de agosto de 2011, já com mais de 30 fotografias, que registram semanalmente nosso abandono em via pública, que levou o portal de notícias G1, da Globo, a se preocupar também com a gente. Agora não é mais só a política, a economia ou a corrupção que são notícia nacional, é nós também na Globo, mano! Abandonados, mas na Globo...
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Confira a notícia abaixo (*), publicada no portal G1, também AQUI
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"Um sofá abandonado no último sábado (14) permanecia na beira do mar de Santos, no litoral de São Paulo, no início da tarde desta segunda-feira (16). O objeto apareceu na praia da Aparecida, entre os canais 5 e 6, atraindo a atenção de diversas pessoas que passavam pelo local. Em nota, a Prefeitura de Santos informa que irá providenciar ainda hoje a retirada do sofá.
Foto: Jucimara Fonseca/Arquivo Pessoal)"

(*) Esse link foi enviado ao Blog pelos colegas Claudete Macedo e Gerson Correa.
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17 de julho de 2012

Bagé no terceiro centenário


Hoje, na página Almanaque Gaúcho do jornal Zero Hora, foi publicada mais uma colaboração do nosso amigo Cid Marinho e de Ester Wayne Nogueira, sobre o aniversário de 201 anos da nossa Bagé. É a Rainha da Fronteira já vivendo os anos de seu terceiro centenário.
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Cours de Français, deuxième leçon



La bicyclette bleue et la bicyclette rouge sont côte à côte.
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Com anotações da professora Paula
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16 de julho de 2012

Antico Caffè Greco


Com esse frio é sempre bom lembrar do Café Greco, o "Antico Caffè Greco", localizado na Via Condotti, em Roma. Fundado em 1760, já serviu "cafezinho" para um bocado de gente famosa, para um bocado gente importante. Até para mim...
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15 de julho de 2012

14 de julho de 2012

Branco



Tradicional banca de porcelana e louça branca no Mercado Público de Pelotas.
(Atualmente as bancas do Mercado estão instaladas provisoriamente fora dele devido à obras de restauração).
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13 de julho de 2012

Original Bier em garrafa de porcelana!



Para comemorar os 12 anos da Original Bier o empresário Valter Poetsch preparou uma cerveja pilsen, sem pasteurização, em garrafas de porcelana - que são verdadeiras joias - para presentear os amigos e parceiros na sua empreitada de mais de uma década. Produziu também catálogos onde são apresentadas todas as cervejas produzidas na sua fábrica, além de um pequeno histórico dos cervejeiros que foram pioneiros na fabricação da bebida na cidade de Pelotas, Carlos Ritter e Leopoldo Haertel. Diversos restaurantes já colocaram em suas cartas a linha da Original Bier. Um representante exclusivo para São Paulo e interior atende pelo mail comercialsp@mondibeer.com.br, ou pelo fone (14) 8131 1664.
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Prosit, Valter!!
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Outra cerveja de grande sucesso é a Red Ale, produzida pelo método champenoise, para comemorar os 200 Anos de Pelotas.
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11 de julho de 2012

Quarta-feira, Dia nacional do sofá - XXX, 200 Anos


Na semana em que a cidade completou 200 anos também completei a minha jornada no palacete do barão. Acharam que eu não era novo o suficiente para participar do sarau do bicentenário. Logo eu, todo estiloso, já acostumado a acomodar a poupança da baronesa e das sinhás... Claro, estou meio esfarrapadinho, como a conta bancária do visconde... Não participei da festa. Fui para a rua, para junto do povão. Como faz frio aqui na rua, hein? 
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10 de julho de 2012

The broom is on the table



Serginho da Vassoura cansou de varrer por aqui e vai para a Inglaterra. Representante legítimo da nossa contracultura, Serginho convida para sua despedida e, nesse último show, vai lançar seu primeiro "disco". Serginho vai para a terra dos Beatles, dos Rolling Stones e do Mr. Bean. Serginho, já treinando o seu inglês, agora só fala the broom is on the table...



Serginho já foi assunto aqui no Blog duas vezes
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Fazendo um sonzinho: AQUI
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Em fotografia do Rafles Ramos: AQUI
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9 de julho de 2012

Exposição Perspectivas da Moda


A professora Ms Denise Marroni dos Santos manda convite para a exposição "Perspectivas da moda, Releituras de ícones da moda". Ela diz que "a exposição é resultado dos estudos realizados pelos alunos da disciplina Imagem Visual: Fotografia e Técnicas, do curso de Pós Graduação em Gestão da Moda da FATEC/SENAC. As imagens expostas estão embasadas na produção fotográfica de cinco fotógrafos que tiveram destaque internacional no campo da moda: Solve Sundsbo, Erwin Blumenfeld, Horst P. Horst, Guy Bourdin e Martin Munckacsi."
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8 de julho de 2012

200 Garrafas para 200 Anos - "In cervisia veritas!"


Ontem foi o dia de abrir a Red Ale, da Original Bier, que teve produção de apenas 200 garrafas numeradas. Não poderia bebê-la em qualquer copo... então usei um copo à altura do sabor inigualável dessa cerveja, produzida pelo método champenoise, e engarrafada pelo Valter Poetsch especialmente para os 200 Anos de Pelotas.
"In cervisia veritas!"
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Que venham mais 200 anos! (e outras 200 garrafas...)
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7 de julho de 2012

Séculos depois a pelota volta ao arroio

O "peloteiro" prepara-se para colocar sua pelota na água...
... que podia levar um passageiro ou uma carga de mais de 200kg.

A construção da "pelota" foi feita usando por base descrições
 e desenhos da época, como este do francês
Jean-Baptiste Debret
   Idealizada pelo jornalista Clayton Rocha, presidente da Comissão UFPel/200 Anos de Pelotas, a travessia do Arroio Pelotas, em uma legítima "pelota de couro", foi realizada hoje pela manhã, junto à Charqueada Boa Vista. A equipe técnica do Parque do Gaúcho de Gramado, construiu a "pelota" e fez a travessia em pouco mais de um minuto e meio. Caracterizados como pessoas da época - anos 1.700/1.800, Marcos Gomes e Rodrigo Schlee, brindaram o público presente com um espetáculo até então inédito.
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   Marcos Gomes, paranaense, e médico formado em Pelotas, é hoje o empresário responsável pelo Parque do Gaúcho e pelo Zoológico de Gramado. Rodrigo Schlee, artesão pelotense renomado internacionalmente, fornecedor de materiais de época para filmes e séries de tv, responsável técnico do Parque, construiu a "pelota" que navegou tranquila e serena sobre as águas geladas do Arroio que nomeou a cidade, hoje bicentenária.
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   A multidão, incrédula e emocionada, aplaudiu calorosamente - "peloteiro" e "passageiro" que, mesmo nas águas frias deste 7 de julho de 2.012, tiveram coragem suficiente para encarar a tarefa e marcar de forma única os 200 anos da cidade que recebeu o nome da primitiva embarcação que era comum no "arroio das pelotas".
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Pelotas faz 200 Anos


Pelotas faz 200 Anos. Uma encenação, inédita, do uso da "pelota de couro" mostrará hoje a origem do nome do arroio que batizou a cidade. Construída por Rodrigo Schlee, que trabalha do Parque do Gaúcho, em Gramado, a "pelota" será utilizada para a travessia do arroio Pelotas, próximo à Charqueada Boa vista. Detalhes e fotos logo mais...
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Fim de semana gelado!


Bom fim de semana, gurizada!
Fechem bem as portas do rancho, metam uma coronilha no fogão, se aconcheguem nos pelegos e fiquem agarraditos na costela, pois vem aí um frio de renguear cusco...
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6 de julho de 2012

200 Garrafas para 200 Anos


Valter Poetsch produziu em sua cervejaria, a Original Bier, uma Red Ale pelo método champenoise em homenagem aos 200 anos de Pelotas. Numerou as garrafas e presenteou os amigos que, de alguma uma forma, foram parceiros em sua empreitada de mais de dez anos. Os números estabelecem alguma relação com eles. O Clayton Rocha recebeu a número 13, em homenagem ao programa "Pelotas 13 horas". Distinguido com uma delas, escolhi a número 51. A cidade nasceu em 1812, comemora 200 anos, já eu...
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o vento é o barulho do tempo


Foto L C Vaz


o vento é o barulho do tempo
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ângelo alfonsin
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o barco partiu
acima do bem e do mar
o norte seria o sol
a lua a luz do farol
o vento passaria o tempo
para trás
por isso teria todo tempo
do mundo
o relógio marcava dez pra depois
calculou que bem depois
de quando
atracaria novamente
pensou em fazer uma prece
mas teria de inventar um deus
que acreditasse nela
e lançou-se nada adentro
teria de contar consigo próprio
e outro por dentro
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5 de julho de 2012

Amo o Mar!


Foto Alexandre S Gomes


Amo o Mar!

J.J. Oliveira Gonçalves

   Quando o conheci, no verde verão de 67, senti um grande e irresistível fascínio por ele. Ali, estava eu com meu corpo pequeno e magrelo ante aquela Criatura imensa, barulhenta, agitada - profundamente misteriosa... Em minha imaginação, montava uma a uma aquelas ondas bravias, indomáveis... Para mim, eram selvagens e líquidos potros que galopavam o verde-azulado do Mar... Nunca, nunca esqueci que esses potros tinham crinas prateadas que se desmanchavam aos meus pés... Ah, selvagens potros marinhos com suas crinas molhadas de Sal e Prata!

   A Beleza e a Solidão do Mar provocavam suspiros alongados em meu peito e deixavam minh'Alma num doce e inquebrantável recolhimento franciscano - não importando quão cheia a praia estivesse - pois sou assim: consigo ficar a sós comigo mesmo no meio da multidão barulhenta. Creio que isso é atingir o Estado Zen do Espírito... Ali, estavam meu pai e minha mãe. Os três estávamos conhecendo o Mar. Meu pai ficou encantado e foi mostrar seu encantamento pulando n'água, nadando e rindo. Afinal, muito nadara - em sua juventude - no velho Camaquã, pois nascera pertinho desse famoso e bucólico rio gaúcho... Minha mãe - também em seu encantamento pelo Mar - escolheu ficar sentada,  olhando distâncias com olhos de míope, (embora míope não fosse,) aquele corpo infinito em constante e ritmado movimento... O que pensaria minha mãe? O que pensaria meu pai? Além dos meus próprios pensamento, eu ficava a imaginar o que eles pensavam... (Ah, sempre fui assim maluco...) Todavia, sei que estavam felizes. Eu? Eu também sentia uma felicidade... pela metade... Sentia Saudades de alguém que ficara em terra distante e, a exemplo do final desta gostosa e amorosa canção cantada por Charles Trenet, esse alguém era a Metáfora mais que perfeita de la Mer, pois que me encantou o coração pour la vie...

   Amo o Mar! Esse Santuário onde Deus escreve uma Poesia em constante mutação e o pintou de aquarianas cores e o povoou de belas, minúsculas e gigantes Criaturas marinhas... Criaturas nossas irmãs - eis que somos todos filhos da mesma e Divina Fonte!

   Amo o Mar! Amo essas Criaturas! Amo essa cores e seus tons alegres e variados! Amo os Mistérios - profundos e indecifráveis do Mar! Amo esse Santuário e o respeito! (E o respeito porque o Amo!) E abraço essa Imensidão - ante a qual sou simplesmente um pequenino e frágil grão de areia - com a Infinitude de meu Espírito de homem-comum e de poeta! Afinal, no Espelho líquido e cristalino do Mar - onde a Lua deixa refletir seu corpo Etéreo e Sensual - também podemos ver a Imagem Onipresente de Deus... Nesse Espelho, Deus declama um de seus mais Belos Poemas... Em companhia do Sol, da Lua, das Estrela, do Vento, da Chuva... Enfim, de Suas Criaturas Marinhas a quem Ele Ama com o mesmo Amor que esparge sobre todos nós - filhos e filhas Bem-Amados!

J.J. Oliveira Gonçalves
Porto Alegre, 02 de julho/2012. 21h05min
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