30 de outubro de 2013

Zé Carioca está órfão

Foto Nauro Jr.

O desenhista gaúcho Renato Canini morreu em Pelotas, onde vivia há duas décadas, aos 77 anos.  Responsável por abrasileirar o personagem da Disney criado nos anos 40, Joe Carioca, Canini, colocou camisa listrada no personagem e ambientou suas aventuras em paisagens bem cariocas: campinhos de futebol, morros, bairros e escolas de samba. O Joe virou , e caiu no gosto das crianças brasileiras que, a partir dos anos 70, passaram a ter o papagaio malandro, desenhado por Canini, como um dos personagens das histórias em quadrinhos da Disney como favorito. 

No início, contava ele, a editora não dava crédito aos desenhistas e, para marcar a autoria de sua obra, colocava sutilmente nas histórias desenhadas um bar Canini, uma oficina Canini... um pequeno caramujo, ao fundo dos seus desenhos, era outra forma usada para assinalar seu traço.

Renato Vinícius Canini, nascido em Paraí/RS, possui no Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pelotas um espaço com seu nome. Foi mais de uma vez homenageado por outros profissionais do ramo e ontem, sem avisar, deixou o Zé Carioca órfão.



JA 0273, o Simca Esplanada do Gesner

Foto: arquivo pessoal LC Vaz

JA 0273, o Simca Esplanada do Gesner

O ano era 1969. Mais um piquenique de Primavera de uma das turmas do Estadual na Represinha. Sem um ônibus para levar a todos, a solução era distribuir o pessoal nos carros dos professores. Divididos em quatro ou cinco automóveis grandes, como aqueles dos anos 60, cada veículo acomodava sem aperto umas oito pessoas. Pronto. Lotação completa para uma turma de 35-40 alunos. Mas, como o professor Gesner havia comprado há pouco tempo um Simca Esplanada zerinho, a disputa era por essa carona. Todos queriam “selar” os flamantes bancos de couro do Simca do nosso professor de Física, Gesner Oliveira Carvalho.


Não lembro mais em que carro fui, mas hoje, vendo esta velha fotografia, recordei que foram muitos, como eu, que posaram para uma foto junto com aquela nave. Até acho que na volta trocamos as caronas para que, mais cinco ou seis guris, pudessem experimentar aquela verdadeira Enterprise, de mais de 4 metros e meio de comprimento, com um modesto motor EmiSul - V8, de 2.500 cilindradas e 140HP. 

Nota: quem lembrar o nome do colega de chapéu... informe, por favor. O da direita sou eu.
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28 de outubro de 2013

Poesia de Cordel no Sarau BPP


BIBLIOTHECA PÚBLICA PELOTENSE
Poesia de Cordel no Sarau BPP

Projeto Sarau Poético-Musical da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP) chega, na próxima terça (29), a sua 35ª edição. Com encontros mensais - sempre na última terça do mês - o projeto abre espaços para autores-poetas e músicos da cidade e região, além de apresentar um tema ou autor em destaque. Na edição de outubro, o tema destacado é a poesia de cordel, manifestação típica da cultura popular do Nordeste brasileiro. A fala sobre o tema abre o evento que, na sequência, apresenta blocos alternados de música ao vivo e poesia recitada pelos autores convidados. Entrada franca e início às 19h30 min, no salão térreo da Bibliotheca.

CONFIRA PROGRAMAÇÃO E CONVIDADOS

O QUE - 35ª edição do Projeto Sarau Poético-Musical BPP.
QUANDO E ONDE - 29 de outubro de 2013, no salão térreo da Bibliotheca Pública Pelotense. Entrada franca. Inicio às 19h30 min.

TEMA EM DESTAQUE
Poesia de cordel

MÚSICA AO VIVO
Ricardo Petrucci, Marcela Mescalina e Lucas Barcellos

POETAS/AUTORES CONVIDADOS
Alvaro Barcellos
Gil Fernandes
Sérgio Christino

CONVERSA SOBRE O TEMA EM DESTAQUE
Tabajara Rodrigues de Carvalho

PARCEIROS INSTITUCIONAIS
Confraria dos Poetas de Jaguarão
Curso de Relações Internacionais/UFPel
Faculdade de Educação/UFPel
Centro de Letras e Comunicação/UFPel
Instituto Estadual de Educação Assis Brasil
RádioCom FM, 104.5 Mhz                            
Grupo de Estudos em Leitura Literária/UFPel


Realização
Bibliotheca Pública Pelotense
Coordenação Projeto Sarau Poético BPP
Daniela Pires de Castro
Getulio Matos
Mara Agripina Ferreira

Pedro Moacyr Perez da Silveira
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23 de outubro de 2013

Contacto! Companheiros! ou, Do céu de Santa Maria

Pelo menos oito fotógrafos, de ontem e de hoje, fotografaram a cidade do alto
Contacto! Companheiros!
ou,
Do céu de Santa Maria
Hoje, 23 de Outubro, Dia do Aviador, quero mencionar duas coisas: 1- parabenizar os aviadores do Brasil, especialmente meu irmão, o Hamilton, o aviador da família, que soube, como ninguém, plasmar esse gosto pela aviação em mim. 2- compartilhar com vocês o magnífico presente que ele me deu há pouco tempo: o livro, fartamente ilustrado, Do céu de Santa Maria, que apresenta, creio eu, todas as fotografias aéreas feitas de Santa Maria da Boca do Monte, desde 1930 até os dias de hoje. O livro foi organizado por José Newton Cardoso Marchiori, Paulo Fernando dos Santos Machado e Valter Antonio Noal Filho, por ocasião das comemorações dos 150 anos da cidade, em 2008. Deixo com vocês o estribilho do Hino do Aviador, que eu cantava tão certinho como se fosse o Parabéns a você... 

Contacto! Companheiros!
Ao vento, sobranceiros,
Lancemos o roncar
Da hélice a girar.

A capa do livro mostra fotos de ontem e de hoje

Encontro da Turma 106/1973

Arquivo Nilson Melo

Encontro da Turma 106/1973

Recebi do colega Nilson Melo

"Caro amigo Vaz:

Quero compartilhar com o Blog da Velha Guarda do Estadual dois registros do encontro realizado em Bagé, dia 12 de outubro de 2013, da Turma 106, do ano letivo de 1973.

Presentes os colegas Sílvio, Rúbens Mário, Pirassu, Nilson, o professor Naguinho, Ana Maria, Ivan, Maria de Lurdes, Ana Lúcia, Afrânio e Fernando.

Além do pessoal radicado em Bagé, vieram amigos de Rosário do Sul, Curitiba, Flores da Cunha, São Leopoldo e Porto Alegre. Foram momentos inesquecíveis que, com toda certeza, haveremos de repetir por muitos anos.

Abraços

Nilson"

22 de outubro de 2013

Óleo sobre tela

Foto LC Vaz - Pôr do Sol em Capão do Leão/RS
Óleo sobre tela

Angelo Alfonsin


pelas encostas do entardecer
por entre as indecisões dos contrastes
e do olhar
uma alquimia de tonalidades
de fazer o céu perder o chão
quando o sol cria um conceito
inédito de luz
capaz de provocar nas pedras
vontade de voar
haverá sempre alguém querendo
diluir-se nessas formas
que antecedem a natureza
dos milagres
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mais de Angelo Alfonsin AQUI
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19 de outubro de 2013

100 anos de Vinícius de Moraes

Foto arquivo pessoal LC Vaz

O colega Valacir publicou esta pequena homenagem ao poeta no Facebook e eu lembrei que, em setembro de 1975, estive com ele no Theatro Guarany, em Pelotas. Então, para completar a homenagem, publico o texto do Vala e a minha foto.

100 anos de Vinícius de Moraes

Valacir Marques Gonçalves

Hoje, um século de Vinícius. A benção, poeta maior. Intelectual, diplomata, músico. Filho de Santo, se considerava "o branco mais preto do Brasil, na linha direta de Xangô". Que falta nos faz o teu talento, os teus versos, a tua inteligência, a tua sabedoria. Cada vez que entro num bar e escuto essa música, me convenço de que a geração que conviveu contigo foi privilegiada. Era um tempo de magia - a noite nunca mais foi a mesma. A tua cabeça iluminada está fazendo falta. Saravá, meu poeta!

E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto de tanto prazer

E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava, onde a gente se amava
Em total solidão

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16 de outubro de 2013

Lo Straniero


O Ciclo "A Filosofia e o Cinema Existencial" exibirá, na próxima sexta-feira, dia 18 de Outubro, em sessão especial, o filme "O estrangeiro", de Luchino Visconti. Cineasta italiano (1906-1976), Visconti é autor de obras cinematográficas como "Morte em Veneza" e "Os deuses malditos". O IV Ciclo de Cinema, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação do professor dr. Luís Rubira, ocorre todas as sextas às 20h, no Centro de Integração do Mercosul, em Pelotas. A entrada é FRANCA (retire sua senha no local, no dia da sessão, em horário comercial).

A programação completa do CICLO está disponível na página da UFPel:


O ESTRANGEIRO, Lo Straniero, 1967, França/Itália. Direção: Luchino Visconti. Com: Marcello Mastroianni, Anna Karina e Bernard Blier. Baseado no livro homônimo de Albert Camus.
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15 de outubro de 2013

Os professores do Carlos Kluwe

Desafio: Quem sabe nomear os professores que apararecem aqui?


Dia do Professor

Olmiro Velasque Müller

O colega Olmiro Velasque Müller "passou à limpo" suas recordações do tempo em que estudou no Estadual. Ele mostra que está com ótima memória pois até o nome do concessionário do bar ele lembrou... Vamos a lista do Olmiro, já publicada aqui em julho de 2010, que ilustrei hoje com uma montagem de antigas fotos dos nossos velhos professores, recortadas aqui mesmo do Blog. Republico hoje em homenagem ao Dia do Professor e para a turma recordar os Mestres que tivemos durante nossa juventude. 

"Corpo Docente e Funcionários do Colégio Estadual de Bagé, no período em que estudei lá, (1960/1965), conforme minha memória:

Professores:

PORTUGUÊS: Peri Coronel, Maria Veleda, Frei Plácido, Frederico Petrucci, Jorge Teixeira Giorgis, Maurílio Carlini.

MATEMÁTICA: Reny Collares, Eva Da Nova, Clotilde Maria Magalhães, Maria Amélia Coronel, Leopoldo Mayeron, Sílvia Petrucci, Dagoberto (?).

LATIM: Frei Plácido, Maria Veleda, Leopoldo Mayeron.

INGLÊS: Dea Dini, Eloína Lopes, Ilca Amaral.

FRANCÊS: Otto Carvalho Filho, Louise Collares (“Madame”), Maria Zélia Coronel.

GEOGRAFIA: Eduardo Contreiras Rodrigues, Frederico Petrucci, Brunhilde (?).

HISTÓRIA: Clementino Araújo, Terezinha Severo, Elida Costa, Célia (?), Edson Cerezer.

DESENHO: Rachel Beckman, Boaventura Mieli da Rosa, Suzana Silva.
MÚSICA: Zélia (?).

EDUCAÇÃO FÍSICA: Bugre Lucena, Wagner Previtalli (Naguinho), Zaíde (?), Lígia Mouchet.

QUÍMICA: José Albino Avancini, Ademar Machado, Antônio Ferreira.

FÍSICA: Waldemar Amoreti Machado, Sarita (?), Jurandir (?).

CIÊNCIAS: Ilka Pegas.

BIOLOGIA: José Carlos Teixeira Giorgis (Juca).

Inspetores: 
Wilson Lucarelli (Capincho), José Olaves (Olavo), Catalino Brasil Machado, Jodoci (?).

Secretária:
Emy Ferreira Silveira.

Porteiro: 
“Seu” Ivo.

Concessionário do bar:
Abilio.

Estes são os mestres daquela época dos quais consegui lembrar-me. Esqueci os nomes de poucos: - Da professora de música que era irmã da prof. Zélia; - Da professora de canto orfeônico; - Da professora de desenho, que era esposa do prof. Boaventura; - Da professora de biologia, que morava na av. General Osório próximo à rua Dr. Pena. Em 1964, quando eu estava no 1º científico, esta professora substituiu o prof. Juca, que tinha sido impedido pelo regime militar (no fim de 1964, ele foi inocentado e retornou). Os diretores daquele período foram Frederico Petrucci e José Albino Avancini.  O prof. Petrucci, que tinha ativa militância política, foi eleito vice-prefeito em 1963, mas teve seu mandato e direitos políticos cassados em 1964, além de ter sido expurgado do serviço público. Não sei se ele chegou a ser beneficiado pela anistia. E por aí vão as lembranças daqueles tempos." 

Abraços,

Olmiro Velasque Müller
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Publicada originalmente aqui, em Julho de 2010.

12 de outubro de 2013

As crianças Guasque e o fotógrafo Greco

Acima: Ernesta e Opheclides em dois momentos.
Abaixo Ophinizia, Ernesta e uma criança não identificad
a.

As crianças Guasque e o fotógrafo Greco

Gerson Luis Barreto de Oliveira

Criança hoje em dia é o centro das atenções de uma família. Escola, aulas de futebol, tênis, inglês para os meninos. Para as meninas, ballet, jazz, e o que mais elas inventarem, para as mais dispostas de aulas de dança do ventre a cursos impensáveis para outras épocas. E bota pai e mãe correrem de um lado a outro, em intervalos apertados das suas profissões, a carregar os pequenos.

Na nossa Bagé da virada do século XIX para o XX as crianças recém começavam a despontar como elemento catalisador da atenção dos pais para a formação, lentamente foram ficando mais afetivos com seus filhos, e a educação entrando na ordem do dia.

Do histórico da França pré revolucionária a grande escritora Elisabeth Badinter criou o polêmico livro " O Mito do Amor Materno ". Onde fala das condições desumanas, e antimaternais, que a França, da Idade Média até a Revolução Francesa, tratava como um todo às crianças. As mães, e diga-se aí as mulheres das classes altas, mandavam os filhos para o interior, para serem criadas com amas de leite, muitas morriam, as condições de higiene eram péssimas, não existiam remédios.

Depois ficou "chique" trazer a ama para dentro de casa. Já na Inglaterra onde a Rainha Vitória marcou uma época, reinando por décadas até o ano de 1901, o moderno era criar as crianças por perto. Esta rainha se mostrou o protótipo a ser seguido como mãe, e com um filho por ano ela determinou todo um tipo de comportamento, do currículo do que era para ser ensinado, às roupas para seus filhos, tudo era avidamente copiada por toda mãe ocidental.

As meninas com um ar de pequenas damas eram imersas em rendas e babados, para os meninos era reservado o traje de marinheiro, ou pequeno soldado estilizado.

Nos primeiros anos das crianças, governantas e  mestras eram contratadas para educar os filhos das grandes famílias, e isto foi uma realidade também na nossa Bagé, os grandes estancieiros ousavam trazer professoras francesas para os filhos. 

Poly Guasque


Nas famílias não tão favorecidas, a filha mais velha tinha um melhor preparo, e assim poderia ajudar na educação dos irmãos. Para os meninos do início do século já havia instituições religiosas que davam orientação para o ensino.

Um artista iria captar tudo isso com suas lentes de fotógrafo. José Greco era um italiano que chegou em Bagé nos estertores do II Império, tinha convivido com um companheiro seu, Ricardo Giovanni, este além de fotógrafo se dizia pintor, cantor, ator, cenógrafo, juntos fizeram um estúdio na Bagé do século XIX. Mas antes trabalharam em Pelotas, fizeram a cenografia do Teatro 7 de Abril.

Greco tinha seu estúdio na Belle Époque da nossa Rainha da Fronteira, como homem do mundo retratava as famílias opulentas ou não, nas poses definitivas de cada um, vemos como era a sociedade de então.

E a família Guasque muito usou os seus serviços para retratar os pimpolhos abundantes que nasciam na Rua General Netto, filhos do médico José Luiz e sua esposa Aniceta Guasque. As crianças em seus melhores trajes, em poses estudadas, apoiadas em colunas, porque a exposição ao fotógrafo era longa, tinham que ser ajudadas para  passarem pelo suplício de permanecerem imóveis.

Conforme a lenda familiar umas das meninas Guasque tinha um rosto tão lindo que o já velho Greco tinha verdadeira fascinação por retratá-la, e nada cobrava pelas fotos. Hoje todos já partiram, restam as lindos retratos de um tempo já bem longínquo.
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9 de outubro de 2013

Les invasions barbares


O Ciclo "A Filosofia e o Cinema Existencial" exibirá, na próxima sexta-feira, dia 11 de Outubro, o filme "As invasões bárbaras", de Denys Arcand. Cineasta canadense (1941), Arcand é autor de obras cinematográficas como "O declínio do império americano" e "A era da inocência". O IV Ciclo de Cinema, promovido pelo Departamento de Filosofia da UFPel, sob a coordenação do professor dr. Luís Rubira, ocorre todas as sextas às 20h, no Centro de Integração do Mercosul, em Pelotas. A entrada é FRANCA (retire sua senha no local, no dia da sessão, em horário comercial).

A programação completa do CICLO está disponível na página da UFPel

As invasões bárbaras, Les invasions barbares, 2003, Canadá/França. Direção: Denys Arcand.

Com: Rémy Girard, Dorothée Berryman e Stéphane Rousseau.
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8 de outubro de 2013

Figos de Vilarandelo

Foto de José Doutel Coroado
já há figos na mesa...

(para Maria Clara Michels Pinho)

É o título da postagem feita pelo webamigoportuguês José Doutel Coroado, de Vilarandelo, concelho de Valpaços, distrito de Vila Real, Trás-os-Montes...

Seu blog, sempre com imagens belíssimas de sua terra é o Vilarandelo, um dia uma imagem. Visitem, nele vão encontrar, além destes figos, aspectos muito interessantes da nossa Terra Mãe, vale a pena.
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7 de outubro de 2013

Shopping

Foto LC Vaz

Shopping

Aldyr Rosenthal Schlee

Danda. Era como chamávamos a madrinha do meu pai, Arminda Aymone, minha tia avó. Apesar de ter nascido em Piratini, era uma jaguarense convicta. Para ela, Jaguarão era o máximo! Quando éramos guris pequenos e íamos - eu e meu irmão - passar férias na Cidade Heroica, saíamos em companhia da Danda para passear no fim da tarde, 27 afora (a rua principal de lá, para quem não sabe, é a 27 de Janeiro), para ver as "casas dos ricos", como ela fazia questão de frisar. Pelas mãos dela, fomos conhecer o Armazém Oscar Amaro (uma espécie de supermercado pré-histórico), a piscina do Cruzeiro, o modernoso prédio do Cine Regente (onde uma vez assisti a um "filme de piratas" com Errol Flynn) e o recém inaugurado Hotel Sinuelo. Tinha ela fixação por velórios e enterros, o que aumentava seu orgulho pelo Cemitério das Irmandades, lá de Jaguarão, no qual, ressaltava com um brilho nos olhos, as cerimônias fúnebres podiam ser realizadas à noite (era dotado de iluminação).

Arminda Aymone e ARS. Foto arquivo do autor

A Danda morreu faz muito tempo. Foi enterrada no Cemitério das Irmandades. De dia.

Lembro-me dela muito seguidamente, mas hoje especialmente por causa da inauguração do Pelotas Shopping.

Percebo que está todo mundo meio Danda nesta quinta-feira. Se ela estivesse viva e fosse pelotense, estaria com o tal "brilho nos olhos" e, muito provavelmente, se disporia a, pelas mãos, levar a mim e a meu irmão até o novo prediozão da Ferreira Viana.


Em homenagem à Danda (e a todas as "dandas"), evitemos de observar a efeméride sob o "viés" (expressão muito em voga no meio acadêmico) da "alienação", tal qual pensada por um certo barbudo alemão do Século XIX. Relaxemos e gozemos, pois!
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Publicado no Bipolar Flexível

3 de outubro de 2013

Imagens do Cotidiano - XCI, Fechado


O Rafles Ramos me manda esta foto e pergunta:

_ Me explica, Vaz, quando este gaudério trabalha, já que nos horários da plaquinha o negócio está fechado? ...

Respondo: 
Me inclua fora dessa, Rafles... 
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2 de outubro de 2013

Quarta-feira, dia nacional do sofá - LIX, O sofá de Nóia

Foto JMCampos

A leitora do Blog, Ana Armani, foi fazer sua caminhada diária em Novo Hamburgo, quando topou com este belo sofá abandonado. O que vocês acham que ela fez? Ela mandou só a foto do sofá, mas quem garante que não deu uma descansadinha? O coitado, todo estiloso, que já esteve em uma sala fina, agora enfeita as ruas de Nóia e, certamente, oferece seus préstimos aos caminhantes cansados.
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