22 de outubro de 2013

Óleo sobre tela

Foto LC Vaz - Pôr do Sol em Capão do Leão/RS
Óleo sobre tela

Angelo Alfonsin


pelas encostas do entardecer
por entre as indecisões dos contrastes
e do olhar
uma alquimia de tonalidades
de fazer o céu perder o chão
quando o sol cria um conceito
inédito de luz
capaz de provocar nas pedras
vontade de voar
haverá sempre alguém querendo
diluir-se nessas formas
que antecedem a natureza
dos milagres
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mais de Angelo Alfonsin AQUI
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8 comentários:

Helena Ortiz disse...

Ângelo Alfonsin é um pintor de poemas. Por ele vamos além da paisagem vista sob outro olhar. Não qualquer olhar, displicente e vago, mas daquele que capta para a palavra os matizes da natureza e da alma.
Ao mesmo tempo é a nossa voz incontida, quando fala do mundo odioso que passa ao largo da beleza, desdenhando-a ao carimbar as diferenças.
Mais e mais Ângelo

Anônimo disse...

Helena é uma amiga querida, desde 3minutos antes do "Big-Bang", por isso estão revogadas todas as (in)disposições em contrário.
Vaz, o que essa mulher escreve não é brincadeira, uma cronista e poeta de virar a alma do avesso.
A prova acabaste de publicar, que texto!

Anônimo disse...

Vaz, como sempre, tua foto é o que escrevi(ou o que me fez escrever).

Luiz Carlos Vaz disse...

Helena e Ângelo: quando vamos nos reunir, junto com o Schlee, e conversar umas 48h sem parar?

Anônimo disse...

Luizamigo

Não conhecia o Ângelo Alfonsin, mas agora já conheço uma poesia dele. Bravo! Grande poeta.

Pela resposta que dá à Helena Ortiz é um homem sensacional. Bué da fixe!

E pelo comentário da dita cuja Helena, passei a saber que escreve muitíssimo bem. Um pintor de poemas é lindo.

Parabéns aos dois e o convite para visitarem a nossa Travessa. Com muito prazer e muita honra os receberei.

Cumprimentos aos Vaz & Companhia, em especial à Maribel e um abç para... tu

Henrique
_________

Continuo a esperar-te lá no meu tugúrio. Em vão? Deus queira que não... :-)

Luiz Carlos Vaz disse...

Então é uma obra a duas mãos, Ângelo!!

Luiz Carlos Vaz disse...

Ferreiramigo! Vamos providenciar... não posso contabilizar essa dívida por muito tempo. Um abraço doladecá!

Hamilton Caio Vaz disse...

Quando olhei a postagem, e logo após ler o comentário da Helena, sobressaiu de imediato a sintonia fina que ficou entre o poema do Ângelo, com a sua síntese sempre contundente e realista, a ilustração do Vaz, que conseguiu ver na foto a possibilidade de, com alguns retoques, se assemelhar a uma pintura, e o belo comentário poético que definiu e traduziu o pensamento do autor dos versos.

E a ambiguidade proposital no segundo comentário do Ângelo ficou genial. Lembra os paradoxos a que podemos chegar na Relatividade de Einstein. Afinal, o que veio antes: a ilustração inspiradora ou o poema inspirado? Parece que as duas coisas! Depende de ponto de vista!

Parabéns à tríade!