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Pedro Bittencourt Jr. (*)
O inverno
acabou. Que pena.
Não mais a
sopa de capeletti, a lenha estalando na lareira, as noites de vinho tinto;
Quando
termina o inverno, vão-se os bolinhos de chuva, as tortas fritas roda de
carreta, vai-se o chimarrão na janela.
O inverno
acabou. Que pena.
Não mais a
gabardine nos dias de garoa, o casaco pesado do Uruguay, a jaqueta corta vento,
de vinte e nove e noventa, comprada nos camelôs;
Quando
termina o inverno, somem as meias furadas, o pijama bege calcinha, desaparecem
as pantufas felpudas e as botinas de couro marrom.
O inverno
acabou. Que pena.
Não mais a
preguiça nas manhãs de domingo, as tardes de descascar bergamota ao sol, as
noites com os pés procurando outros pés por debaixo das cobertas;
Quando
termina o inverno, vai-se o por do sol do inverno, vão-se os suspiros de
inverno, vão-se as promessas de inverno...
O inverno
acabou. Que pena.
Viva a primavera!!!
(*) Pedro Bittencourt Jr. é de Arroio Grande, advogado de profissão, escritor e poeta.
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