7 de fevereiro de 2012

O ano dos Centenários - II, Duzentos anos de Charles Dickens

A leitura de Dickens é fundamental para a formação de jovens leitores


Há duzentos anos nascia Charles Dickens, o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. Nascido em família de classe média, o que lhe possibilitou frequentar uma boa escola, Dickens, desde muito cedo, dedicou-se à leitura de clássicos como Dom Quixote, As mil e uma noites, e as obras de Daniel Defoe. Após a prisão do pai, considerado perdulário por ter feito muitas dívidas, e que havia desperdiçado os últimos recursos  no intuito de manter um padrão de vida que já não podia, a biblioteca particular que a família possuía teve de ser vendida e o menino Dickens, aos 12 anos, começou a trabalhar em uma fábrica para sustentar a casa. As más condições de trabalho da classe operária inglesa, as quais Dickens conhecera por experiência própria, viriam depois a constituir-se tema recorrente em suas obras. Tendo trabalhado ainda em um escritório de advocacia, e também como jornalista, funções nas quais não se encontrou, Dickens, com pouco mais de vinte anos, se tornaria um escritor conhecido com a obra The Pickwich papers (Os documentos póstumos do clube Pickwick).

Seu romance mais popular, que para os conhecedores de sua obra é notadamente autobiográfico, é David Copperfield, que narra a vida de um  rapaz desde a infância até a maturidade. Já Oliver Twist, outra de suas obras mais apreciadas, conta as aventuras e desventuras de um jovem órfão tendo como pano de fundo o fenômeno da delinquência provocada pelas condições precárias da sociedade inglesa vitoriana. Apesar de muitos de seus críticos argumentarem que sua obra privilegiava o entretenimento e não o realismo, Dickens sempre procurou denunciar o sofrimento dos pobres e satirizar a sociedade que permitia que tal injustiça acontecesse. A nove de junho de 1870, morreria Charles Dickens, aos 58 anos, como um dos maiores autores da literatura mundial, sendo até hoje um dos escritores ingleses mais lidos e apreciados.
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Maribel Felippe
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3 comentários:

Anônimo disse...

Londres prepara uma fantástica exposição sobre os 200 de Charles Dickens, restaurando seus manuscritos, que estão sendo expostos no maior cuidado.
Eu tive o privilégio de ler suas obras na época certa, antes da adolescência.
E seria muito bom que aqui no Brasil se fizesse o mesmo com os gigantes que temos, começando por Lobato, e o nosso gaúcho Érico Veríssimo, Jorge Amado, Quintana...

Gerson disse...

Tchê anônimo, te identifica vivente, gostei do teu comentário pois também penso dessa maneira, mas quero saber que és. Um baita abraço.

Anônimo disse...

Gerson

É o teu xará, que anda esquecido de assinar o que escreve.
Abraço
Gerson