Foto LC Vaz |
Você já fez seu
“Pit Stop” hoje?
Valacir Marques
Gonçalves
Uma das coisas
que me fascina nas corridas de F-1 é o espetáculo proporcionado pelo “Pit
Stop”, momento em que os carros param para reabastecer, trocar pneus e efetivar
ajustes.
Lembrei de
outras paradas que precisamos fazer. Estudar, amar, casar, descasar, odiar,
perdoar, rir dos outros e de nós mesmos, e até chorar (também ensina), são
ações que deveriam ser feitas depois de um “Pit Stop”. Precisamos dele para
“colocar combustível, para trocar pneus, limpar o pára-brisa” e acertar
detalhes. Precisamos dessa parada para adquirirmos condições de vencer as
“corridas” no campeonato da vida.
Não está fácil.
Muitos sabem o preço de tudo, mas não sabem o valor de nada… Pensam em ganhar
dinheiro e realizar sonhos, mas esquecem que só compreenderemos o valor das
coisas quando paramos para ajustes… Conservar os amigos, cuidar da alma,
entender que estamos aqui de passagem são coisas essenciais. Por isso, o “Pit
Stop” é necessário, mas sem permitir que mecânicos incompetentes “coloquem
gasolina” demais ou de menos no nosso ego ou não limpem as viseiras que
protegem os nossos olhos.
Muitos estão
perdendo as “corridas” nos boxes. Alguns param quando elas mal começam; outros,
quando elas estão perdidas. Estamos vivendo uma fase de auto-suficiência na
qual a cultura da individualidade e do levar vantagem em tudo está vencendo.
Conhecimentos e afetos tornaram-se supérfluos na era do computador. E-mails e
messengers substituíram “Pit Stops” que podiam ser feitos sem culpa.
De minha parte,
continuo confiando na “escuderia” e no trabalho dos “boxes”. Nem sempre
consigo, mas tento parar neles, pois quando passei batido fiquei no meio do
caminho. Fico “de olho” nos “mecânicos” – eles têm a missão de sinalizar quando
está na hora do “Pit”. Geralmente, quando volto para os embates da vida,
retorno reabastecido de ternura e de sentimento. Minha equipe deixa sempre o
“motor no ponto”, em condições de levar meu coração inteiro até o fim…
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