Foto Marcelo Soares |
Paula Schild Mascarenhas
Do meu pai
herdei o gosto pelo futebol,
o gosto
pelos livros,
o caminhar.
Do meu pai
herdei um jeito estranho de sonhar,
uma mania de
criar histórias e vivê-las
enquanto
ando e não vejo ninguém.
Do meu pai
herdei a cara de braba
e a vergonha
de chorar.
E um mundo
cheio de estrelas,
que cada uma
tem o seu lugar.
Do meu pai
herdei as pernas,
os pés e o
indicador.
Sinto falta
do meu pai,
mesmo
encontrando com ele
todos os
dias em mim.
.
Um comentário:
Belo poema.
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