Conheci o Schlee no início de 1973. (Ele
tinha a idade que tem hoje meu filho mais velho... ) Ainda conserva os mesmos
cabelos longos, o mesmo jeito alegre e sincero, o mesmo senso de humor e as
mesmas convicções. Não mudou nada. Alguns meses depois eu já frequentava sua
casa como um membro da família. Ele era pai de dois meninos. Fui adotado pela Marlene
como filho mais velho e passei a
pertencer àquela casa. Tempos depois, já considerado seu fotógrafo oficial, fui
levado a conhecer Jaguarão e o resto do Mundo. Fiz as primeiras imagens de sua filha recém-nascida; fiz também fotos do Vô Augusto,
da Vó Maria, da Vó Darcyla, do Tato, da Thereza e do Tio Tontom. Até o Fox Terrier,
Toco, também conhecido como Sepé Tiaraju
de Montes Claros, passou pelas minhas lentes. Num dia 18 de agosto, há
exatos 40 anos, ganhei meu primeiro livro autografado. Era sua Tese de Livre Docência
que, presa pela ditadura, ele só pode defender anos mais tarde na Faculdade de
Direito da UFPel. Aprendi muito com ele nesses 40 anos. Inclusive sobre Ética e
Jornalismo. E continuo aprendendo. Mais que um Professor ou um Mestre, é um
Amigo que tenho orgulho de ter.
Quarenta anos...
Aldyr Garcia Schlee era um
guri. Ele tinha a idade que tem hoje meu filho mais velho.
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