31 de maio de 2010

Top Blog 2010

Para votar clique no selo, igual a este, ai ao lado

Pois já está ai ao lado o selo do Top Blog 2010, devidamente autenticado.
Vamos participar?

PRÊMIO - INCENTIVO CULTURAL E INCLUSÃO DIGITAL

Top Blog Prêmio é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante a votação popular e acadêmica (Júri acadêmico) os Blogs Brasileiros mais populares, que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal, Profissional e Corporativo) e categorias.
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Portanto, colegas, amigos e leitores do Blog da Velha Guarda do Estadual, vamos clicar no selo e votar no nosso Blog . Convide também seus amigos para fazer o mesmo. Vamos mostrar ao Brasil a força do nosso Estadual. Obrigado!
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Aqui jaz - II, Dissertação

A colega Elaine no local da sua pesquisa

Hoje, dia 31 de maio, acontecerá a defesa da dissertação da nossa colega Elaine Tonini Bastianello. O trabalho da Elaine tem por título Os monumentos funerários do Cemitério da Santa Casa de Bagé e seus significados culturais: memória pública, étnica e artefactual - 1850 / 1950. A banca examinadora será composta pelos professores doutores Francisca Ferreira Michelon, Pedro Luis Machado Sanches e Fábio Vergara Cerqueira, que também foi o orientador da dissertação da Elaine. Mais uma vez o Cemitério de Bagé é assunto de pesquisa, desta vez por aluno do curso de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural, do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas. Todos estão convidados para este ato que ocorrera às 19 horas de hoje, na sede do mestrado, na rua Barão de Santa Tecla, 408, sala 2. Recentemente a mestranda Elaine já havia palestrado sobre esse tema no NPHTT o que mostra o crescente interesse pelo estudo dos nossos cemitérios e o reconhecimento deles como fonte de pesquisa. A Elaine estudou no nosso Estadual e hoje é professora de lá..
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30 de maio de 2010

Don Guasque em Bagé

O médico José Luis Guasque, neto de Don Guasque

Nesta terça, dia 1º, às 17h30min, na Casa de Cultura Pedro Wayne, haverá reunião do Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda, para tratar de diversos assuntos, como a programação que recebeu o título de "Dois séculos do cotidiano de Bagé - Imagem, Poesia e História", evento programado para o dia 13 de julho, na Semana de Bagé, e que conta com o apoio da Casa de Cultura Pedro Wayne, Grupo de Poetas do CULTURASUL, Grupo Teatral de Santa Thereza, entre outros. Também se tratará da Mesa Redonda sobre a Família Guasque, onde será apresentada a história da família, desde a vinda da Espanha de José Eduardo Berlinguero Guasque ao Brasil, ele que ficou conhecido como Don Guasque. Esse tema será abordado pelo pesquisador uruguaio Pablo Lopes Guasque, que já apresentou esse trabalho na I Guasqueada, em 2008, na cidade de Foz do Iguaçú . A seguir a escritora e folclorista Elma Santana falará sobre a participação de Don Guasque na Revolução Farroupilha e sua passagem por Bagé. Encerrando o evento, o médico Gerson Luís Barreto de Oliveira falará sobre os descendentes de Don Guasque que fixaram residência em Bagé, como o filho Ignácio e o neto José Luís, ambos médicos, e de outras descendentes de Don Guasque até os dias atuais. O evento está previsto para o segundo semestre de 2010. Outros assuntos de interesse do NPHTT serão abordados na reunião desta terça-feira para a qual a nossa colega do Estadual, Heloisa Beckman, que preside o Núcleo, convida a todos os integrantes para se fazerem presentes..

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28 de maio de 2010

20.000 léguas submarinas

Chegamos a 20.000 "léguas" no dia de hoje. Seguimos em frente!
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Há seis meses, no dia 28 de novembro de 2009, uma idéia saiu do papel (ou da cabeça?): criar um blog para facilitar a comunicação entre os 30 ou 40 colegas que iriam participar do Primeiro Encontro da Velha Guarda do Estadual, no dia 12 de dezembro do ano passado. Era apenas mais um instrumento, mais um canal de comunicação para o pessoal que havia passado pelo antigo Colégio Estadual de Bagé, hoje a Escola Estadual de Ensino Médio Dr Carlos Antonio Kluwe. No blog seria possível reproduzir fotografias antigas ou novas, relatar as histórias e as tantas aventuras vividas dentro e fora dos muros do Estadual. Rapidamente veio a surpresa. Muitos acessos deram ao blog a incrível marca de 1.000 visitas já no dia 15 de dezembro de 2009, três dias após nosso reencontro no antigo prédio do colégio, o Palacete Pedro Osório, hoje sede da Secretaria de Cultura de Bagé. E, a surpresa: pessoas de outros países começaram a acessar o nosso blog. Nesta data já anotávamos três visitantes do Uruguai, dois da França e dois da Itália. Do Brasil eram 276 computadores nos acessando. Esses números foram crescendo e chegaram a 5.000, 10.000 e, no último dia 27 de abril, bateram a marca dos 15.000 acessos. Hoje, quando completa apenas seis meses de existência, o Blog da Velha Guarda do Estadual, chega também a uma marca histórica: 20.000 visitas. Colegas e amigos de 22 países nos acessam. Registramos quase 500 comentários às 170 postagens realizadas nesse período. Somos seguidos por 55 internautas e indicados como sugestão de leitura e pesquisa por outros blogs do Brasil, Uruguai e Portugal. Diariamente outros colegas vão tomando conhecimento do Blog e recebemos muitas colaborações em forma de textos, fotografias e documentos. Isso nos permite consolidar a Memória Coletiva do Estadual e reviver e contar aspectos da história de Bagé às vésperas dos seus 200 anos de existência. Muita coisa ainda vai aparecer por aqui. Os colegas começam a abrir seus arquivos e o Estadual vai revivendo seus anos dourados através das postagens publicadas no Blog. Como no clássico romance de Julio Verne, chegamos rápido às “20.000 léguas submarinas”. Mergulhamos no fundo de nossas recordações e trouxemos à tona a nossa juventude, a nossa inocência e as nossas expectativas de futuro enquanto éramos alunos do Estadual. O Blog é agora o nosso Náutilus e, como o Capitão Nemo, sonhamos com um mundo de Paz, sustentável e harmonioso. Para isso, o Estadual nos preparou. Vamos em frente colegas, precisamos enfrentar as frotas inimigas e os senhores da guerra que insistem, ainda hoje, em dar razão às ações do Capitão que Julio Verne colocou a bordo de um submarino, lá em 1868, a lutar, de forma drástica, pela Paz Mundial. Vamos lá guris e gurias, vamos ao fundo do mar, ponham seus escafandros, os Polvos Gigantes nos esperam lá fora, bem além dos muros do Estadual...
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27 de maio de 2010

Cientistas, todos nós!

Eu visitei a Expo-Feira Integrada de 1971, e vocês?

As Feiras de Ciências já tomavam corpo em todas as escolas do estado quando minha turma resolveu inovar. Claro, já no Científico do Estadual, éramos verdadeiros cientistas manobrando os equipamentos de Física do laboratório e quase emlouquecendo o professor Antonio Gomes. E foi justamente um experimento de Física que levamos à Feira de 1971. Num quadro montado sobre uma lâmina de eucatex, aquele com furinhos semelhantes a um trevo, parecido com os que cobriam a parte traseira dos recptores de rádio, resolvemos mostrar o funcionamento de um Capacitor. Um diagrama montado e estudado junto com o professor Antonio Gomes, culminaria com a liberação de uma faisca elétrica que descarregaria o capacitor mostrando o quanto ele havia armazenado de energia num curto período de tempo. Conseguimos as peças com o Gelmes Gomes, irmão do professor Antonio, que possuia uma oficina de professor Pardal em sua casa. A demostração foi um sucesso! Era faisca prá lá e prá cá. Num determinado momento o diretor do colégio pediu para que cessasse a nossa demostração por motivo de segurança... Até "cicerone" havia na Feira. Ao final da visitação, um "cartão" entregue ao visitante, saudava-o com o convite para voltar no ano seguinte. O cartão mostrava que, inclusive no português, éramos uns gênios, quando usamos um "Esperá-lo-emos" na frase. Ah!... e a Nasa não nos descobriu...
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Nota: Na hora "H" foi colocado, à mão, um hífem que faltava antes do "lo", mas isso só reforçava nosso conhecimento do vernáculo de Camões. Um pequeno erro de impressão quase derrubava nossa Feira. Coisas da oposição....
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25 de maio de 2010

O Navio Fantasma, A proeza do Djalma

Hoje, o navio que assustou o Djalma...

...não lembra mais o grande Altair...

...que aos poucos foi sendo devorado pelo mar.

Na madrugada do dia 6 de junho de 1976, soprava um vento fortíssimo em meio a uma tempestade nunca vista pelas praias do sul. Djalma, um pescador bageense acostumado a fisgar traíras no Arroio Valente, saiu de dentro da barraca armada nas areias do Cassino e se tocou em direção a um boteco, ali perto da Querência, para comprar uma garrafa de cana.

Com aquele vento, o negócio era ficar dentro da barraca e esperar o temporal passar. Djalma não tinha andado mais que uns cinco quilômetros quando avistou, na praia, o “maior peixe” de sua vida: um navio enorme, cujas cores, branco, cinza e laranja, brilhavam a cada novo relâmpago dentro da noite escura dando a impressão que continuava seu trajeto areia a dentro. Djalma, que ainda não tinha bebido nada, lembrou disso para se dar por conta que se tratava mesmo de um enorme navio encalhando na beira da praia e não de um tipo de visão etílica.

Djalma então voltou imediatamente para a barraca e convocou os colegas pescadores para ajudarem no salvamento dos marujos que procuravam sair do navio. Djalma, Beto e outros quatro pescadores da turma, levaram até o local a canoa Pingo de Ouro, que pertencia ao grupo, e demoraram quase três horas para retirar do Altair todos os 21 tripulantes sãos e salvos. Sim, Altair era o nome do navio de bandeira argentina que acabara de encalhar na Praia do Cassino.

A carga do Altair era de três mil toneladas de trigo que foi totalmente perdida. Durante muito tempo era possível ver aquela mancha amarelada composta pelos grãos do trigo na água que, de acordo com o vento e a direção das ondas, em alguns dias chegava até a praia do Hermenegildo, no Chuí. O lugar passou a ser ponto de referência na praia do Cassino. Tudo passou a ser, antes ou depois, do “navio afundado”. Várias espécies de peixes e outros animais marinhos passaram a fazer dos seus restos a sua morada e o local ficou também conhecido como um bom lugar para pescar.

Não há quem passe por lá e não bata uma foto, com os restos do navio encalhado ao fundo, como lembrança do Cassino. Quem ainda não fez isso poderá ter perdido a chance pois nestes últimos 34 anos o mar foi implacável com ele. Quase não há mais nada para se ver. Nada mesmo, se compararmos com as primeiras fotografias doAltair encalhado. Vários colegas do Estadual, como a nossa fotógrafa Liliana, já posaram com a família por lá. Muitos outros bageenses, além do Djalma e da Liliana, já viram esse navio. 

Não é de hoje que a Praia do Cassino é uma das preferidas do pessoal de Bagé. Outros naufrágios ocorreram na praia do Cassino, mas o único navio que permaneceu lá, com seus restos para contar a história, foi o Altair.

Nota: Texto escrito a partir de alguns dados reais obtidos na reportagem "Navio Altair vira assunto de sala de aula", de Tatiane Fernandes, no jornal Agora. Colaborou também com informações ao Blog, Miguel Sanchis.
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23 de maio de 2010

The Square begins

Antiga vista aérea da então "Praça da Constituição"


A colega Dóris Schuch enviou para o Blog uma bela coleção de fotos antigas de Bagé. Entre elas achei esta que mostra a nossa Praça de Desportos, lá no comecinho do século XX. Aparece também, a Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora e o belíssimo prédio do antigo "Colégio dos Padres". A cidade ainda vivia o período de pujança econômica e era possível ao poder municipal planejar e construir, num espaço público, uma praça com essa, com todos os equipamentos e instalações que nós do Estadual, e todo povo de Bagé, conhecemos e utilizamos durante décadas. A praça já estava precisando de novos cuidados, mas quando reformamos um lugar como esse, precisamos contar com pessoas tão ou mais capazes como as que a planejaram e construíram para não corrermos o risco de transformá-la em um verdadeiro Frankenstein... Vida longa à Praça de Desportos! Que nela mais gerações de bageenses possam embalar seus sonhos e sua juventude nos mesmos balanços de correntes que nos arremessaram para o alto, sem dispensar aquele característico friozinho na barriga, que muitas vezes voltamos a sentir em várias oportunidades no início da nossa vida adulta...
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Nota: Em comentário a postagem "Menina da bica -II ...", de 17 de maio, o colega Manoel Ianzer apresentou uma bela coleção de informações sobre a Praça Rio Branco, a nossa Praça de Desportos.
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21 de maio de 2010

A mesma praça, o mesmo banco...

A Praça de Desportos da nossa juventude
fotografada no início das modernizações e dos anos 70
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Na primeira vez que voltei a Bagé a passeio, depois de ter saido do Estadual e da cidade, fiz muitas fotografias do que vi de novidade. Mas também fotografei outras coisas que nunca havia enxergado. A beleza dos prédios antigos, as ruas todas com canteiros centrais e as lindas praças. A que mais me encantava era a Praça Rio Branco, que para nós sempre foi e sempre será a Praça de Desportos. Esse era o nome que havia nos pórticos de entrada em uma placa de madeira. Ali estavam os balanços, as gangorras, os escorregadores, os equipamentos de gimnástica, a pista de patinação, a quadra de futebol de salão em cimento, a cancha de futebol ainda de terra batida, a casa que guarava os equipamentos de manutenção e muitas árvores. Quando fui lá percebi que não havia mais a tela que cercava a praça e, claro, não haviam mais os portões que abriam e fechavam em horários determinados. Pela avenida sete, para delimitar o perímetro da praça, tubos de cimento, pintados de diversas cores, faziam essa tarefa. Era o início da descaracterização da nossa Praça. Os bancos ainda estavam ali. Não sentei neles. Achei que se fizesse isso estaria concordando com a visível e progressiva mutilação da praça. Era "A mesma praça, o mesmo banco..." como cantava ainda o Ronnie Von, mas os sentimentos já eram outros. Uma certa aridez visual começava a tomar conta do ambiente bucólico da nossa praça, sempre em nome da chamada modernização da cidade. Bagé começava a entrar na Era do Concreto. Não do Concreto Conceitual, mas do Concreto Armado, na fúria "concretista" dos blocretes de cimento, os unisteins da vida que, substituindo os paralelepídos de granito, levariam o cimento portland às últimas consequências arquitetônicas nos anos 70. Onde passa um boi, passa uma boiada, dizia minha avó, lá na Hulha Negra. Hoje, a nossa Praça de Desportos, é o resultado de um conjunto de experiências e tentativas. Não sei se os alunos do Estadual ainda amarram um jogo para a saída das aulas, não sei se ainda enfrentamos ali o Auxiliadora no volei, basquete ou futebol de salão... Mas era ali na Praça que tudo acontecia no nosso tempo. Os namoros e os fins de namoros, as brigas e as reconciliações, as primeiras tragadas num Marrocos 10, e as conversas balaqueiras e mentirosas sobre uma vida sexual ainda não iniciada. Ali, onde contavam histórias mirabolantes do Dalila, não há mais qualquer sinal desse tempo. Hoje, quando vou a Bagé, não entro mais na praça. Não reconheço a praça da minha juventude e não ouço mais o barulho característico dos balanços, aqueles com correntes de ferro, indo para frente e para trás. Fecho os olhos por um instante e me imagino lá... caminho por entre as árvores e ouço o Naguinho dizer: "Vamos lá, só mais uma vez!" Minhas mãos estão soltando a barra de ferro, meu corpo pesa uma tonelada, os dedos não me seguram mais.... vou cair... Ele diz para mim: Caiu? Duas voltas na praça, então! Ah! professor, isso não é um castigo! É um prêmio. Corro como Forrest Gump, corro, corro... sinto o vento bater no meu rosto, não mais corro, agora estou voando, voando... estou vendo os balanços, as gangorras, os escorregadores...
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19 de maio de 2010

City Lights

As Luzes de Bagé ao final dos anos 60
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Não é exatamente sobre o filme do Charles Chaplin, Luzes da cidade, que quero falar. Também não é sobre a florista cega que ele, despretenciosamente, ajuda no filme. Só quero divagar um pouco sobre esta vista noturna da nossa Bagé que a Claudete nos enviou. À noite, além dos gatos, todas as cidades parecem iguais. Principalmente vistas assim, com a predominância dos farois e das lanternas dos carros fazendo a iluminação. Olhando a foto atentamente, até parece cena de filme, coisa de cidade grande, de cidade com muitas luzes... Quando saíamos a noite do Estadual, descendo a Avenida Sete, essa era a nossa visão de Bagé. Claro, nós queríamos ver mais carros novos, mais luzes de neon, mais pessoas na rua. Talvez a fotografia tenha sido mais generosa do que a realidade. Mas as luzes, mostradas no postal, nos enchiam de orgulho. Nossa cidade já possuia um cartão postal noturno. Se alguém olhasse rapidamente poderia até confundir com uma daquelas cidades grandes, cujas vistas noturnas ilustravam cartões postais e os calendários anuais distribuidos como brindes pelas grandes empresas e fábricas. Estas luzes de Bagé, que ficaram gravadas para a posteridade no cartão postal da Claudete, hoje são mostradas aqui, para que nós, como a moça do filme, possamos vê-las como se pela primeira vez. De certa forma, são as luzes que iluminaram a nossa juventude, num tempo em que, como a moça do filme, não enxergávamos muita coisa mesmo...
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18 de maio de 2010

Menina da bica - III, O começo


A Bica só existe agora na nossa lembrança, e a Menina?

Pois a temperatura entre 12 e 17 graus e os 47mm de chuva, previstos no quadro do Tempo Agora para Bagé, não impediram o Hamilton de conferir ao vivo o lugar onde foi batida a foto da “Menina da bica”. Munido de sua máquina fotográfica, o Hamilton foi até a Praça de Desportos e, além de fotografar o lugar onde foi tomada a foto de 1971, também conversou com um Chauffeur de praça, o Carlos Mendonça de Oliveira, que trabalha ali naquele ponto há 50 anos. Seu Carlos é filho de um outro Chauffeur, o Pedro Fagundes de Oliveira, que era proprietário dos táxis que o Carlos começou a dirigir lá pelos anos 60. Primeiro um Chevrolet 41 e depois um Ford 51. O primeiro táxi próprio do Carlos foi um Sinca Chambord 61, depois veio um Sinca Tufão 64. Que balaca! Hein Carlos? Um Sinca Tufão na praça... Mas naquele distante 1971 ainda haviam ali uns três Studbaker 50, com aquele torpedo na grade do radiador... Com essa memória toda e esse tempo de direção, Carlos narrou ao Hamilton que ali no lugar da bica, anteriormente, havia um bebedouro de cimento, que acabou sendo abalroado por um caminhão. Juntaram os pedaços, mas não deu para consertar. Um outro bebedouro igual, no lado oposto da praça, aguentou por mais tempo mas sumiu também. Os motoristas do ponto então colocaram, por conta própria, aquela torneira - a agora famosa, Bica da Menina. Ainda segundo o Carlos, essa bica passou a ser utilizada por muitas pessoas, inclusive vários meninos de rua que passavam por ali e costumavam matar a sede como a nossa Menina da bica. Tempos depois um morador de rua passou a usar a torneira para o “banho diário” e cada vez com menos roupas. Quando ele passou a banhar-se quase como nasceu, os motoristas retiraram a torneira e colocaram um ladrilho como tampa que aparece na foto que o Hamilton fez hoje pela manhã. Interessante olhar esse lugar do mesmo ângulo. Pensando bem, a imagem da menina está ali, é só usar um pouco de imaginação e aquele olhar, mistura de inocência e surpresa, poderá aparecer no visor da máquina. Será preciso clicar rápido, pois a Menina da bica, como já fez em 1971, sairá correndo praça adentro, e dirá, entre gargalhadas: “o homem me bateu um retrato!” (de novo menina? Será mesmo?...) Deixa prá lá, o Estadual me espera...
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17 de maio de 2010

Menina da bica - II, Um tiquinho de nada...

Sob a sombra desta árvore, um pouquinho mais para a esquerda,
ficava a bica onde a menina tomava água
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Neste postal antigo de Bagé, enviado pela Claudete, nossa colega do Estadual, por um "tiquinho assim", como se dizia lá na minha Hulha Negra, não apareceu a bica onde a menina tomava água. A localização, pela minha memória, era um poquinho mais para a esquerda. Foi por um triz, um tiquinho de nada, e a bica teria aparecido neste postal. Na Hulha Negra diríamos assim: Que lástima!
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16 de maio de 2010

Menina da bica

Quem será e por onde andará essa menina da bica?

Menina da bica
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Menina da rua
que mata a sede na bica.
Quem és tu menina?
Que gosto tem essa água
que tomas direto na bica?
Tem gosto de liberdade?
Tem gosto de meninice?
Ou será de desgosto
de abandono
e miséria?
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Menina da bica,
onde andas hoje menina?
Será que mataste a sede
que tinhas naquele dia?
Porque não provei também
da água daquela bica?
Assim lembraria o gosto
da água daqueles dias
(agora tão distantes)
só na fotografia.
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Em 1971, indo para o Estadual, fotografei esta menina bebendo água numa bica que havia no canteiro central da rua Marechal Deodoro, entre a Floriano e a Sete, bem onde havia um ponto de táxi, na quadra da Praça de Desportos. Ela me olhou, terminou de tomar a sua água e depois saiu correndo, junto com outros dois meninos menores do que ela, e desapareceu praça adentro. Nunca mais a vi. Só fiquei com esse momento fixado na fotografia. Há pouco, revendo a imagem, escrevi este poema e sempre me pergunto: quem será e por onde andará a menina da bica?
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15 de maio de 2010

As afilhadas da professora Ilka - II, 15 anos

Professor Antonio Ferreira emtrega o diploma
do Curso Científico para a colega Vera Luiza

Um outro registro fotográfico da formatura do Ginásio da colega Vera Luiza, acontecido no dia 28 de dezembro de 1963, foi tema da postagem "As afilhadas da professora Ilka", publicada no dia 19 de abril de 2010. Nesta outra fotografia de formatura, do curso Científico, do dia 29 de dezembro de 1966, aparece em primeiro plano, de costas, o professor Edison Heráclito Cerezer e, entregando o diploma para a nossa colega, o professor Antonio Ferreira. Na primeira fila de formandos aparecem outros quatro colegas, dois rapazes e duas moças, que aguardam a vez de chegar à mesa e receber de um dos professores do Estadual o diploma do Científico, tão almejado durante três anos. A turma de formandos ingressara no Científico em 1964, após a formatura do Ginásio, concluido em 1963. Aquela noite inesquecível seria, até então, a mais importante de suas vidas pois era a última noite como alunos do Estadual. Uma nova fase de estudos certamente viria, com a busca de ingresso em uma faculdade. Mas com aquele Diploma do Ginásio, obtido em 1963, eles já estavam preparados para mudar o mundo. E eles só tinham 15 anos...
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14 de maio de 2010

Bagé, cidade histórica

Planta ilustrativa do Forte de Santa Tecla


No dia 31 de março de 2010, em Jaguarão, durante o encontro das cidades integrantes do PAC das Cidades Históricas, foi fundada a Associação das Cidades Históricas do RS, usando como referência associação semelhante existente em Minas Gerais. O próximo encontro dessa associação será na cidade de Pelotas, dia 28 de maio, durante a abertura oficial da Fenadoce. Já fazem parte as cidades de Jaguarão, onde ocorreu o encontro de fundação, Pelotas, Piratini, Caçapava do Sul, Novo Hamburgo, Santa Tereza e Bagé. A entidade deverá ter apoio de Porto Alegre, Rio Grande, Santo Ângelo, São Miguel das Missões, São Nicolau e Antonio Prado. A condição para integrar a associação é possuir um bem tombado pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do Ministério da Cultura. Um desses bens em Bagé é o Forte de Santa Tecla. No site do IPHAN pode se encontrar a seguinte referência ao forte:
"Forte se Santa Tecla
No contexto da invasão espanhola (de 1763 a 1776), o governador da Província de Buenos Aires, D. Juan José de Vértiz y Salcedo, liderou, em uma coluna espanhola com destino à Coxilha Grande que chegou a Santa Tecla, posto avançado da estância de São Miguel das Missões. Nesse local, estratégico para o controle do trânsito das tropas que cruzavam a região, foi ordenado ao engenheiro Bernardo Lecocq a construção de uma fortificação. Foram erguidas muralhas de barro socado (taipa) e fosso profundo, com baluartes que receberam os nomes de Santo Agostinho, São Miguel, São João Batista, São Jorge e São Francisco. Os muros circundavam construções de pau-a-pique distribuídas em torno da praça de armas e o barranco do rio Negro servia de proteção natural pelo lado norte. Após 26 dias de cerco por forças portuguesas sob o comando do sargento-mor Rafael Pinto Bandeira, os espanhóis renderam-se em 23 de março de 1776 e o forte foi incendiado e arrasado no dia seguinte. Em função de seu valor estratégico, o forte foi reconstruído pelos espanhóis em 1778, e novamente tomado e destruído pelo Regimento de Cavalaria de Dragões do Rio Grande do Sul, sob o comando de Patrício Corrêa da Câmara, em 1801. Atualmente restam vestígios das antigas fundações em pedra, tombadas pelo Iphan desde 1970, em terreno pertencente à prefeitura de Bagé.”
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É preciso que nossos cidadãos vivam plenamente essa condição de Cidade Histórica, e cada vez mais se ocupem em preservar o importante patrimônio arquitetônico e cultural de Bagé. Nós, que estudamos no antigo Estadual, pudemos desfrutar de um prédio belíssimo, como o Palacete Pedro Osório, enquanto ele foi sede do nosso colégio. Acompanhem as notícias e ações dessa novel associação através dos sites das secretarias de cultura dos municípios integrantes.
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12 de maio de 2010

O Dunga não sabe nada!

Vaz, Flávio, Henrique Oswaldo, Tatalo...
uma verdadeira seleção!
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A convocação dos atletas que participarão da Copa 2010 saiu. Claro, num país com 200 milhões de técnicos, escolher só 23 nomes sempre é um assunto polêmico. Ronaldinho não está na lista? Como? Dunga burro... e etc. Nessas ocasiões sempre lembro da frase de um personagem do Jô Soares, o Zé da Galera, falando pelo orelhão com o técnico da seleção de 82: "bota ponta, Telê! Cadê o ponta?..." Na lista dos convocados para a copa de 70, feita pelo João Saldanha, não estava relacionado Dario, o Dadá Maravilha, "o único que, além do beija flor e o helicóptero, parava no ar". Ele foi convocado pelo Médici e a comissão técnica "dissolvida". João disse: "Não sou açúcar para ser dissolvido..." e Zagallo assumiu as Feras do Saldanha e trouxe o Caneco para casa. Claro, nas convocações para as copas que o Brasil perdeu, nunca olharam com atenção para o futebol campeoníssimo do Estadual senão... nossa seleção já seria hour concour em copas da FIFA. Olhem só a estirpe desses atletas - todos convocáveis, mas que nunca receberam uma chance na Canarinho. Tivessem nos convocado, a seleção brasileiria de futebol estaria dispuntando atualmente um enea ou um deca título mundial.
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11 de maio de 2010

O voo do Edmundo

Edmundo Castilhos Rodrigues em foto recente
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Hoje se completa uma semana do falecimento de Edmundo Castilhos Rodrigues. O artista nascido aqui em 1936, deixa, além de uma belíssima obra, muitos amigos e muita saudade para a cultura da cidade de Bagé. O Ezio Sauco, colega que passou rapidamente pelo Estadual, seu jovem amigo e admirador, escreveu esta nota sobre o Edmundo, que alçou seu voo para a eternidade no dia 4 de maio passado. O irmão do também artista Glauco Rodrigues, foi membro fundador do Cultura Sul, e integrante do Núcleo de Pesquisas históricas Tarcísio Taborda. A biografia completa do artista pode ser apreciada no site
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"Bagé perdeu na última semana (ou a eternidade recebeu?) um dos seus mais significativos artistas e cidadãos. Edmundo Castilhos Rodrigues voou aos céus para integrar uma estrela, formada pela alma dos homens que viveram, respiraram, e hoje são parte daquilo que melhor compõem a essência da alma bageense. É difícil imaginar Bagé sem Edmundo, sem seus quadros exaltando as raízes pampeanas, sem seus versos universais ultrapassando fronteiras e tornando-se harmoniosos símbolos diante a céus de inquietude. Confesso, e não com receio, que via ele como um velho amigo de longa convivência, como aqueles amigos que se debruçam em uma ponte para observar as águas passarem e os sonhos reacender-se depois de anos de lutas e desilusões. Nosso convívio perdurou menos de um ano, onde aprendi a respeitá-lo e admirá-lo, e soube que nasceu no recentemente longínquo ano de 1936, tendo como irmão mais velho Glauco Rodrigues, e menos de dez anos depois recebe Menção Honrosa no concurso de pintura e desenho realizado pela Prefeitura de Bagé, tendo como mesa julgadora o prefeito Gil de Souza e o escritor Pedro Wayne. Depois disso universalizou-se, realizando inúmeras exposições individuais e coletivas de pintura e desenho no Brasil e exterior. Viajou e recebeu em Estocolmo premiação por sua participação nas forças de Paz da ONU no Egito, em 1659 e 1960, quando pintou diversos painéis em cantinas e barracas dos soldados brasileiros. Conquistou diversas premiações como o Prêmio Chico Buarque de Holanda, no II Salão Esso de Artistas Jovens, no Rio de Janeiro, em 1968. Em 1982, lança seu primeiro livro de poesias, “Repartida Poesia”, editando em seguida o livro “Clovis Assumpção Irmão Maior” (1988), lançado na Feira do Livro de Porto Alegre. Em 1995 cria o Sobrado Galeria de Arte, Bar e Café Concerto, onde organizou diversas Exposições de Pintura, Desenho, Gravura, Escultura, além de lançar vários livros de autores bageenses. Organizou o livro da poetisa Iolanda Abero Sá, com prefácio do professor Eduardo Contreiras. Suas aventuras são tantas, que somente uma minuciosa pesquisa acadêmica poderia descobri-las.
Partiu, para em cada esquina desejarmos encontrá-lo, caminhando lentamente pelas ruas de Bagé, no incansável caminho das artes.

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.......................................................Ezio Sauco"
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Nas Ruas de Bagé
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Por onde anda o poeta?
Pelas Ruas de Bagé?
aquelas que sentem à presença
dos arbustos amordaçados
pela ausência de seu filho
desaguado do mundo para cá.
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Que ruas são essas?
nas quais enxergo minha alma
na pedra ríspida.
E o fronte do palacete
Amedronta fantasmas
- rejeitados do novo continente –
Contidos nas armas
da batalha não muito recente.
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Ruas onipotentes
onde trafegam artistas,
músicos, dançarinos e pensadores,
Onde caminham poetas anarquistas
Entre filósofos com velhas dores.
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Cai uma folha aqui
E outra lá.
Trazendo lembranças férteis
daqueles cafés embriagados,
transbordando memórias poéticas
diante de Ernesto Wayne.
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Ventre frio e aconchegante
gera música dispersada
pelo dia fechado.
Para o sol resguardado
passos ao vento
Ode a calor,
E quando se vê
Sara Ramirez no esplendor
do dia que passou.
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Zombam os clarinetes!

começa a noite
Cobrindo com o longo manto negro
a velha agência bancária,
Na escadaria Edmundo Rodrigues
embrandecendo a arte
Nas ruas de Bagé.
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Ézio Sauco
2009

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Enviado pelo colega
Ezio Sauco
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10 de maio de 2010

Aqui jaz

Personagens da história do Brasil estão sepultadas aqui
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Amanhã, dia 11 de maio, às 17h30min, na Casa de Cultura Pedro Wayne, o Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda promove duas palestras: "Educação Patrimonial através da Arte Cemiterial", com a Dra. Clarisse Ismério, responsável pela Produção Científica e Cultural da Urcamp, e "Aspectos históricos da Arte Cemiterial", com a Professora Elaine Tonini Bastianello. O Cemitério de Bagé, que é um dos mais antigos do estado, é importante para o Rio Grande do Sul não só pela beleza de suas esculturas e túmulos, mas também por abrigar importantes nomes de nossa história. O cemitério de Bagé é seguidamente visitado e consultado por historiadores, artistas, sociólogos, arquitetos e outros pesquisadores. Recentemente ganhou projeção nacional com a divulgação do "Sarau Noturno", espetáculo de teatro que, juntando poesia, música, história e patrimônio, é apresentado num cenário composto pelos túmulos do nosso cemitério. Muitos professores que ajudaram a construir a bela história do nosso Colégio Estadual estão sepultados ali. O convite do NPHTT é aberto a todos e a entrada, como sempre, é gratuita.
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Enviado pela colega
Heloisa Beckman
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9 de maio de 2010

Hoje é o dia das Mães!

Uma Madona bem moderna, de Carlo Andrey,
artista bageense que estudou no Estadual

Mário Quintana escreveu estes versos há bastante tempo.
Com eles desejamos a todas as Mães do Mundo um Feliz Dia.

Mãe

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana
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As mães do Estadual

Manoel Ianzer está sempre a postos para escrever uma poesia. É o seu jeito de ser, de se comunicar. Neste Dia das Mães, ele fez para Dona Geraldina, sua mãe, este poema. É uma mensagem muito particular, muito pessoal, só para ela. Mas, as nossas mães são todas mais ou menos assim, como ele descreve a sua. Portanto, pedindo licença para Dona Geraldina, e dedicamos a todas as mães do Estadual os versos que o Ianzer escreveu para sua mãe e enviou para o Blog.

UMA MÃE MUITO LINDA
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a sua marcha
é livre
e doce
os seus gestos
meigos e serenos
dominaram as situações
no transcorrer de sua vida
obtendo o certificado
da dedicação
alcançando prestígio
e resultados felizes
não aceitou ser contaminada
pela onda de igualdade
nem por isso foi desprezada
ou humilhadas
em igual
segue delicada
faceira
COM A DOÇURA
DE ESPALHAR AMOR
não mistura as coisas
e não percebe malícia
nos outros
é o seu jeito simples
em atuar com a leveza
da alma
a sua fé
não deixa ser afetada
ou abalada
chegou aos oitenta anos
realizada
admiravelmente
"m ã e"
uma mulher
forte
e muito linda
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Enviado pelo colega
Manoel Ianzer
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8 de maio de 2010

Alma de vidro

Convite para conhecer e apreciar a obra da Norma
e de seus "colegas vidreiros"
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Poucos sabem, mas existe uma associação que reúne artistas que trabalham exclusivamente com vidro. Esse grupo de artistas criou, em 2007, a ABAVI, Associação Brasileira de Artistas Vidreiros. Esse pessoal faz e promove a arte feita com vidro, através de cursos, palestras, trocas de experiências e exposição de trabalhos. Nossa colega do Estadual, Norma Fehlberg, além de ser um desses artistas, é a fundadora, junto com outros cinco colegas, dessa entidade. Ela manda convite para a exposição promovida pela ABAVI, que pode ser visitada até dia 28 de maio, no Memorial do Ministério Público. Segundo a Norma, em breve entrará no ar um blog para que todos os interessados nessa rara arte possam conhecer melhor o mundo dos “artistas vidreiros”. O Memorial do Ministério Público fica na Praça Mal Deodoro, 110, em Porto Alegre. A visitação é das 8h às 12h e das 13h30min às 18 horas, de segunda à sexta feira. Parabéns a Norma, coisas assim são próprias de quem estudou no Estadual...
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7 de maio de 2010

Lagarteando, hein?


Em meio ao amarelão característico de uma foto mal fixada,
aparece um grupo de alunos do ano de 1969
(O Salvadoretti fez uma plástica na foto, tirou o "amarelão...)
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Esta fotografia foi tomada no mesmo dia, hora e local da que ilustra o post "Jackson Five do Sul?", publicado no dia 29 de março deste ano. Numa bela manhã de sol em Bagé, no pátio do Estadual, um grupo lagarteia na hora do recreio. Como nesta não aparece o Ovídio, ele deve ter sido o tomador da foto. Quatro lindas colegas se somaram na composição da "pose" deste grupo de alunos da turma do segundo Científico, turno da manhã, do ano de 1969 do Colégio Estadual. Como sempre o pedido: como os guris já foramm identificados no post anterior, resta saber quem lembra o nome das meninas? Clique sobre a foto para aumentar suas possibilidades.
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6 de maio de 2010

NPHTT completa 15 anos em 2010

Integrantes do NPHTT confraternizam após a última reunião de trabalho
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No dia 4 de maio o Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda completou 15 anos de atuação em nossa comunidade. Nesse dia os integrantes se reuniram na Casa de Cultura Pedro Wayne, às 17h30min, e lembraram essa importante trajetória do Núcleo na cidade e trataram de diversas promoções e atividades que acontecem ainda no ano de 2010. Também foi tema do encontro a mostra fotográfica, que acontecerá em comemoração aos 200 anos da cidade, em 2.011, Dois séculos do cotidiano de Bagé. O Núcleo convida a todos os interessados para as palestras que promoverá no dia 11 de maio: a Dra Clarisse Ismério, responsável pela Produção Científica e Cultural da Urcamp, falará sobre Educação Patrimonial através da Arte Cemiterial, e a professora Elaine Tonini abordará o tema Aspectos Históricos da Arte Cemiterial de Bagé. O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcisio Taborda é atualmente presidido pela nossa colega do Estadual, Heloisa Beckman.
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5 de maio de 2010

A primeira vez do Dr. Nominando


A platéia que assistiu a primeira sessão do Capitólio em 1934
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A notícia chegou com alvoroço na casa do Dr. Nominando. Por dias não se falou em outra coisa. Na localidade de Porongos só ele foi convidado. E ele podia levar a mulher e as filhas. Era também uma oportunidade de ir a Bagé encomendar novas tinturas mães para sua Pharmácia Homeopática. Ia render assunto para muitas e muitas noites de cerão em Cacimbinhas.

Ele já sabia que, antes de receitar as doses de Aconitumm, Nux Vômica ou Pulsatilla para seus clientes, primeiro ia contar alguma coisa sobre a novidade. Iria primeiro tentar passar aos seus pacientes, alguma narrativa que os fizesse imaginar o ocorrido naquela sala escura daquele dia que ficaria marcado na sua vida. Uma verdadeira maravilha ocorreria ali. Tão logo a família do Dr. Nominando, após uma longa conversa depois da janta, resolveu aceitar o convite, o problema passou para as mulheres.

O que iriam vestir? Qual seria a moda que estava em voga em Bagé? As mulheres da casa do Dr Nominando, é certo, estariam bem vestidas. Ainda bem que já era época do mascate Abdalah passar pela região de Porongos. Além das anáguas recém lançadas em Paris, ele trazia tecidos, meias, sapatos, e as mulheres da casa do Dr. Nominando já estavam prontas para viajar até Bagé. O dia tão esperado estava marcado no convite escrito todo em letras góticas: Inauguração do novo Cine Capitólio.

Francisco Santos, que já filmara em Pelotas “Os óculos do vovô” e “O crime dos banhados”, este em Rio Grande, iria inaugurar mais uma sala de projeção no Estado. O Cine Capitólio, em plena Avenida Sete de Setembro. Foi uma festa inenarrável. A sala, lotadíssima, foi inclusive fotografada pelos melhores profissionais da época. Foi um acontecimento para a família do Dr. Nominando.


Tanto que a pose tomada naquele dia especial de inauguração do novo cinema em Bagé, foi colocada num quadro e permaneceu na parede do consultório do Dr. Nominando, lá em Porongos, por anos a fio, até que a imagem quase desaparecesse como o Cinema Capitólio. Sorte que a Gisele, irmã da Claudete, nossa colega do Estadual, resgatou de lá a fotografia que o avô Nominando ostentou com orgulho na parede do seu consultório como testemunha daquele dia importante do ano de 1934. Pena que ela não possa resgatar também o Cinema Capitólio... Este sim, desapareceu para sempre, e só existe hoje na nossa memória.
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Nota. Na fotografia estão identificadaos o Dr. Nominando de Paula Vaz, sua esposa Maria Teresa Fagundes Vaz, e apenas uma das filhas, a Erany Fagundes Vaz, mãe da Claudete e da Gisele.
(De Porongos e Vaz... devem ser meus parentes.)
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