Havia muita história ainda não contada no livro do AJBH 
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Uma  das novidades da primeira série do Ginásio era ter um professor para  cada "matéria". Acostumados a tratar com apenas uma professora por série  durante o Curso Primário, aquele impacto do entra-e-sai professor da  sala de aula, cada um especialista na sua área, cada um pedindo um  livro, era uma estafa para a gurizada que ainda teimava em ir à aula de  calças curtas. Lembro bem da professora de História do Brasil. Exigia  prova escrita à caneta e apresentava lições novas todo dia... e eram  três aulas por semana. Que dureza! O livro azul do Antônio Borges  Hermida - como os demais, era de capa dura e fazia pesar bastante a  pasta que carregava - pelo menos, mais três ou quatro livros como  aquele. Mas, cá para nós, era uma balaca enorme carregar aqueles livros todos e olhar as "crianças" do Primário com um ar superior. Um ar de quem já tinha 12 anos e havia entrado para o Estadual!
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Um comentário:
Realmente era uma "balaca", e quando nos perguntavam onde tu estudas guri? ou qual o teu colégio? Enchiámos a boca para falar "no Estadual". Tínhamos um orgulho de sermos alunos do Estadual, posso inclusive dizer que, tínhamos alegria de nos encontrar todos os dias em grupos de estudos nas bibliotecas, pesquisando, ou simplesmente lendo, em suma, nos informando com o que tínhamos de melhor. A pasta era realmente pesada, mas tinha que ser assim senão como faríamos para acompanhar as aulas, principalmente as do Profº. Maurilio Carlini, com leitura e classificação de textos, Therezinha Severo, Silvinha que queria as lições de história decor, da Mdme Else fazendo leitura no livro de francês. Tchê vou parar senão falta espaço. Mas que era uma alegria e satisfação estar no Estadual no ginásio e científico, não tenho dúvida disso.
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