Foto Alfonso Montone |
Luiz Carlos Vaz (*)
Neste dia 18 de dezembro participei de mais uma sessão de autógrafos. A segunda como autor de livro. A minha segunda vez que, do outro lado da mesa, me diverti perguntando: Para quem autografo este? Teu nome é com esse ou com zê? Essas coisas que acontecem com nossos nomes e sobrenomes brasileiros que possuem alguma coisa além do lusitano, chegando ao ponto de, em algumas situações, quase pedir para soletrarem. Decorei alguns complicados, como Mark Zuckerberg, Jeff Bezos, Arnold Schwarzenegger… vá que, né?… nunca se sabe!
Os livros possuem um encanto; possuem o feitiço de juntar pessoas, e faziam isso com poder e sedução, como verdadeiras sereias, durante nossas Feiras do Livro de Pelotas. E nós, pobres Odisseus, sem um mísero mastro para nos atar… Mas, não temos a nossa Feira há dois anos. Por isso o evento Movida Schlee, que o Alfredo Aquino, de Edições Ardotempo, inventou, criou, custeou e conseguiu executar em homenagem à memória do nosso Escritor, foi uma lembrança para todos nós de como era bom encontrar pessoas e livros, todos os anos, ali na Praça!
Foram sete autores, com quase vinte títulos, entre eles vários lançamentos, que autografaram ali no pátio do Mercado. Pela tardinha, músicos interpretaram diversas canções, algumas em homenagem ao Schlee, e outras sobre personagens da obra dele. Foi uma festa cultural!
Tive a ideia de decorar meu cantinho na mesa com alguns objetos que me são caros. Um deles foi um Porta Lápis de Cor, com a figura de Pinocchio. Aprendi com nosso homenageado que sempre dizia, principalmente falando a estudantes, que: “Um escritor é um grande mentiroso!” E completava: “Não existe essa bobagem de inspiração! Ele precisa ter, isso sim, memória e imaginação; vontade e disposição para escrever”! Daí coloquei ao lado do Pinocchio uma caneca que uso aqui como porta lápis, (enquanto me divirto com minhas memórias e imagino algumas coisas) que tem, pintada à mão, uma frase do Gabo que é definitiva para mim: “La vida no és la que uno vivió, sino la que recuerda y como recuerda para contarla”. Uma pequena máquina de datilografia, onde escrevi o livro, ostenta ali a primeira página com o título do livro. Olhem bem...
E lembrei também da frase do diretor do Shinbone Star, Mr. Dutton Peabody, no filme The man who shot Liberty Valance, um dos filmes preferidos do Schlee e que foi apresentado no IJSLN, no projeto do professor Luiz Rubira, Os filmes de AGS:
“Quando a lenda é maior que o fato, conte-se a lenda!”
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Nota: O meu livro – A história de Abel, está sendo entregue por mim, num trenó preto, em toda cidade. Para quem reside em outra localidade, o Correio entrega sem custo de remessa. Tenho maquininha e essa novidade para mim que chamam de pix. Eu, hein? um guri lá da Hulha, já tenho até piquis...
(*) Luiz Carlos Vaz, é Jornalista, Fotógrafo e Editor deste Blog. Publicou recentemente o livro de memórias familiares e crônicas A história de Abel
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