Argentina, uruguaia ou brasileira, Alpargatas Roda, e pronto!
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Não há nada
comparável com uma Alpargata. E Alpargata, é Roda, ou Rueda, dependendo se é
fabricada do lado de cá ou do lado de lá. Não há similar, imitação, genérico...
só existem as Alpargatas Roda! E pronto. Com solado feito de corda de juta
moldada com o formato do pé – sem distinção de esquerdo ou direito, o uso é que
depois ordena essa situação – e cabedal de lona, a velha e boa Alpargata
atravessa décadas do mesmo jeito. Já tentaram emborrachar a sua sola, mudar o
tipo de acabamento, mas nada! A Alpargata nasceu pronta, é semelhante ao ovo,
não tem o que melhorar.
Calçado que a
gauchada usava para dar uma folga aos pés, a Alpargata até parece bíblica, Deus
deve tê-la projetado antes mesmo de pensar em Adão. No tempo em que ainda
não haviam as Sete Vidas, chinelo de dedo ou os famigerados sapatos "de matéria"
Verlon, as Alpargatas calçavam os pés da família. Usá-la como chinelo era
entrar no paraíso do conforto. Conforme ia ficando velha, cresciam uns bigodes
pela beira da sola que a gente precisava aparar com uma tesoura. Preta ou azul,
teve sua época de “doutor de consultório” quando surgiu a versão em lona
branca. A das prendinhas podia ser vermelha - ou cor de rosa,
com presilha de tornozelo que fechava com um botãozinho branco, no formato de
uma conta.
O fato é que
hoje, quando só se consegue a Rueda,
ao transformá-la em chinelo, uma sensação de paz nos invade e nos remete aos
tempos de guri lá da Hulha Negra, quando, ganhar um par novo de Alpargatas era
experimentar um pedacinho do céu, caminhar sobre as nuvens, andar quase
descalço, com o invento que fornecia – no inverno, calor, e no verão,
refrigério para os pés. Quem será que inventou as Alpargatas? Será mesmo que
foi Deus?
11 comentários:
Tchê Vaz, usei alguma alpargata! E o conforto que elas proporcionam é incomum, em 2002 esteve em minha casa um amigo que se astreveu vir esnobar um par de alpargatas aqui em Curitiba, adivinha? Tomei elas dele e o tipo voltou para Bento Gonçalves descalço.
Mas bah! índio véio, manoteaste as alpargatas do louco! Da outra vez, manda o número do pé, uns trocos, que eu te mando daqui um par (ou dois...).
Vaz, podes crer, ainda tenho as minhas... nada melhor pra tocar bateria que usar alpagatas, os pés ficam livres!!!
Vaz!Lembrei meu tempo em Arroio Grande, lá na fazenda Capão das Pombas, onde passava minhas férias escolares junta a Vó Pequena.Um abração do "mosquito".
Zé Mosquito, lá, pela proximidade da fronteira, deveriam ser as "Rueda"... Abraço, Vaz.
Mas bah! Adorei esse artigo, lembrei quando meu pai ía na cooperativa de Jaguarão comprar alpargatas para as três meninas dele, hahahah
Abraços
Lélia
E, certamente, Lélia, eram as coloridas, com presilha no tornozelo de botãozinho branco de bolinha...
Havia uma marca concorrente, as Alpargatas Rádio. Era idêntica, mas a preferência era pela marca Roda, eu já notava. Lembro muito bem delas, meu pai vendia as duas marcas no armazém (venda), em Hulha Negra. Sumiram do mercado depois. Conversei com a D. Loracy, minha consultora para "temas pouco lembrados", e ela disse que também recorda dessa marca. Poucos devem lembrar das Alpargatas Rádio.
IMPORTANTE: Ao buscar por "Alpargatas Radio" do Google, quando cliquei em um dos poucos títulos disponíveis, com o nome "Alpargatas Venezolanas" (sic), o antivírus bloqueou um Cavalo de Tróia. Portanto, mantenham distância dessas alparagatas "venezolanas"!
Hamilton, o máximo que eu lembro é das sapatilhas Sete Vidas, e das Venezolanas... distância! Nem para chinelo, hahaha
Pela forma que vc. descreveu amigo Vaz, senti as alpargatas nos pés, o único problema e nunca deixar molhar era um peso danado e para secar era dificil..rsrsr
Um abraçào!
Da bageense Rosangela Herrmann.
Verdade, Rosângela, quando saio com as minhas e chove, volto para casa de pés descalços... (no verão, é claro!!!)
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