Uma verdadeira Apostila para o Curso Ginasial
Bem, se a turma que se reuniu dia 12 é da Velha Guarda, eu sou da guarda ainda "mais velha", pois entrei no Estadual em 1957. Acho que a totalidade dessa turma já entrou depois da reforma do ensino. Antes da reforma, estudávamos quatro anos de Latim e Francês (e como tem sido importante isso até hoje!), além de um ano de Espanhol. A maioria já não deve ter conhecido o Ginásio que antecedia o Científico ou o Clássico (hoje Ensino Médio), para o qual era preciso fazer um "vestibular", chamado Exame de Admissão ao Ginásio, isso depois de ter cursado os cinco anos do Curso Primário.
Eu classificaria essa época, de a Época Romântica do Estadual. As gurias não podiam usar calças compridas. Os alunos não podiam namorar dentro dos limites do Colégio, aulas ou pátio. Se fossem flagrados de mãos dadas eram levados para a Inspetoria. Presenciei isso algumas vezes, com o inflexível Inspetor Catalino Brasil Machado exercendo esse ofício. Esse tempo era "tão romântico" que os guris eram "bem machos", qualquer desentendimento em aula era "acertado na saída". Ninguém usava, claro, faca ou arma de fogo, quando muito um canivete, e as brigas mais violentas eram à base de "soco inglês" e "mola" (cabo de velocímetro ou similar, de carro, que, dado um laço ao centro, era usado como um poderoso chicote de dois tentos). Mas, essas brigas dificilmente chegavam ao fim, invariavelmente, o onipresente Inspetor Catalino aparecia para flagrar os dois briguentos, a esta altura já na rua, defronte a Praça de Esportes, com a platéia dos colegas em torno dos lutadores que, lógico, iam direto pra Inspetoria.
Volta e meia o Catalino aparecia em aula, durante um intervalo, ou para dar algum aviso ou para dar uma "boa chamada" na turma por algum deslize cometido. Lembro que ele se postava atrás da mesa do professor e tinha o hábito de colocar as duas mãos sobre essa mesa, apoiadas somente pelos dedos médios, com a última falange fazendo um "L" com o restante do dedo, enquanto falava! ...
Eu classificaria essa época, de a Época Romântica do Estadual. As gurias não podiam usar calças compridas. Os alunos não podiam namorar dentro dos limites do Colégio, aulas ou pátio. Se fossem flagrados de mãos dadas eram levados para a Inspetoria. Presenciei isso algumas vezes, com o inflexível Inspetor Catalino Brasil Machado exercendo esse ofício. Esse tempo era "tão romântico" que os guris eram "bem machos", qualquer desentendimento em aula era "acertado na saída". Ninguém usava, claro, faca ou arma de fogo, quando muito um canivete, e as brigas mais violentas eram à base de "soco inglês" e "mola" (cabo de velocímetro ou similar, de carro, que, dado um laço ao centro, era usado como um poderoso chicote de dois tentos). Mas, essas brigas dificilmente chegavam ao fim, invariavelmente, o onipresente Inspetor Catalino aparecia para flagrar os dois briguentos, a esta altura já na rua, defronte a Praça de Esportes, com a platéia dos colegas em torno dos lutadores que, lógico, iam direto pra Inspetoria.
Volta e meia o Catalino aparecia em aula, durante um intervalo, ou para dar algum aviso ou para dar uma "boa chamada" na turma por algum deslize cometido. Lembro que ele se postava atrás da mesa do professor e tinha o hábito de colocar as duas mãos sobre essa mesa, apoiadas somente pelos dedos médios, com a última falange fazendo um "L" com o restante do dedo, enquanto falava! ...
Enviado pelo colega
Hamilton Caio dos Santos Vaz
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