16 de fevereiro de 2010

Máscara negra - III

O texto desta flâmula do Clube Recretivo Brasileiro
faz alguma confusão com o Centenário da cidade
e o Cinquentenário do clube. Clique na imagem e confira.

Nas fotos enviadas pelos colegas que ilustram as postagens com o título "Máscara negra", mostramos cenas de bailes de carnaval dos clubes Comercial e Caixeral. Mas um outro clube, que era bem popular, o Clube Recreativo Brasileiro, também fazia suas festas e seus bailes de carnaval. Como todo clube social da época - numa época em que se frequentavam clubes sociais - o Recreativo tinha suas regras, e uma delas era muito interessante: não se podia entrar no clube "vestindo calças Lee". Isso para os guris era uma verdadeira tragédia pois as calças Lee eram um símbolo de sua geração e precisava ser ostentado, principalmente numa época em que só haviam as Lee importadas. Isso deu muito pano para manga (ou perna) quando, depois de se apresentarem no Cine Glória pela tarde, Renato e seus Blue Caps animaram um baile à noite no Recreoso (1). O que deu de guri voltando da porta do clube para ir até em casa trocar de roupa, não foi mole. E, pasmem, todos os integrantes do Renato estavam usando calças Lee dos mais variados modelos e cores... Mas, nós, tivemos que ir até em casa trocar as Topekas, as Santistas, as Brim Coringa e até as raras Lee, por calças de outros modelos. Eu, não tive dúvida, coloquei as calças do uniforme do Estadual e dancei a noite inteira ao som de Saudade que ficou, Feche os olhos e Meu bem não me quer...
Uma vez pensei em me fantasiar de James Dean, com calças Lee, jaqueta de couro e tudo mais, e aparecer na porta do Recreativo só para ver se iria ser barrado... Coisa de guri, como diz a Heloisa: "não me levem a mal, hoje é carnaval..."
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(1) Recreoso era a forma carinhosa de se referir ao Clube Recreativo Brasileiro. A sede do clube, na Sete de Setembro, fechou as portas há algum tempo e não se entra mais lá nem "com" ou "sem" calças Lee.
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