1 de junho de 2010

O Baú de Don Guasque

A primeira página do manuscrito inédito de Lobo da Costa

João Simões Lopes Neto, o nosso maior escritor regionalista, nasceu, viveu, escreveu e morreu em Pelotas (9/3/1865 - 16/6/1916). A biografia do jornalista e autor de Lendas do Sul e Contos Gauchescos, dá conta de uma vida repleta de empreendimentos, a maioria deles, sem maiores consequências comerciais e econômicas. Desde as fábricas de cigarros "Marca Diabo", de vacinas, remédios... o que Simões Lopes Neto deixou de melhor foi sua obra literária e um famoso Baú, que a sua viúva, Dona Velha, deixou antes de morrer, tendo em vista que o casal não possuia filhos, para o jurista Mozart Victor Russomano, que até hoje o guarda. Isso, seguramente, deve-se ao fato de que Russomano teria sido a pessoa que mais lhe ajudara depois da morte de JSLN, que nada deixara como herança para sua viúva. Muitos pesquisadores, contando com a concordância de Russomano, já tiveram acesso ao conteúdo do Baú de JSLN. Certamente lá ainda há muita coisa para ser pesquisada e estudada. Pois Don Guasque também teve seu baú. O nosso amigo e leitor do Blog, Gerson Luis Barreto Oliveira, descendente de Don Guasque, médico e morador de São Gabriel, e que vai palestrar na atividade do IPHTT, no segundo semestre deste ano, justamente sobre Don Guasque, nos revelou que uma das suas descendentes, possuia guardada em um baú, um texto inédito de uma peça de um outro escritor e jornalista pelotense, Francisco Lobo da Costa (12/07/1853 - 19/06/1888). Com visão histórica e de mente aberta, o Gerson já colocou esse documento à disposição de historiadores, pesquisadores e estudiosos da obra de Lobo da Costa, como a Dra Beatriz Ana Loner e a Dra Angela Treptow, para que ele possa ser autenticado e reconhecido como de efetiva autoria do poeta pelotense. Numa " amostra do pano", como se diria lá na Hulha Negra, ilustramos esta postagem com a primeira página do manuscrito que estava no Baú da família de Don Guasque. Certamente ainda existem muitos "baús" por ai afora, em porões, sótãos... e neles estão documentos à espera de luz. Vamos lá, vamos abrir esses baús. Neles podem estar coisas inéditas do tempo do Estadual....
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