Depois de 1970, o Brasil estava tranquilo. Sua relação com a taça Jules Rimet era para o resto da vida, como um casamento antigo, “até que a morte os separe”. Na Alemanha, em 1974, uma outra musa passaria a ser disputada: a Copa FIFA. E ninguém mais ficaria com ela para sempre. Seriam romances de quatro anos, no máximo, mas com direito a renovar contrato. Nossa seleção, já desfalcada dos principais tricampeões de 70, foi à Alemanha como quem vai a passeio. Pela primeira vez a outra Alemanha, a do lado Oriental, disputou uma Copa, e no jogo com sua cara metade, ganhou por 1x0, pois a anfitriã afrouxou por não querer enfrentar o Brasil que também ficara em segundo lugar no seu grupo. O Brasil empatou com a Iugoslávia em zero, com a Escócia também em zero. No terceiro jogo, com o inexperiente Zaire, quem esperava um saco de gols, teve que contentar com um necessário 3x0, suficiente para classificar o Brasil na segunda colocação do seu grupo para a próxima fase. Valdomiro Vaz Franco, o Valdomiro do Inter, fez o gol salvador quando faltavam 11 minutinhos para terminar a partida contra o tal de Zaire. Ufa, que sufoco! Os cartões, que foram lançados no México continuaram. Pela primeira vez foi usado o vermelho para expulsar o chileno Carlos Caszely. Quando ele voltou para casa, Pinochet, também lhe mostrou o seu cartão vermelho. Proibiu o atleta de jogar no Chile. Mas a sensação da Copa ficou mesmo com a Laranja Mecânica do capitão Hendrick Jahannes Crujff, o Johan Cruijff. A seleção da Holanda passou a ser chamada assim por causa do filme de Stanley Kubrick, Clockwork Orange, de 1971, que os alunos do Estadual assistiram no ano seguinte no Cine Avenida. O Carrossel Holandês, pôs a rodar o Brasil, a Argentina, a Alemanha Oriental... e só parou de girar na final, diante da Alemanha Ocidental de Franz Beckenbauer. O Brasil contentou-se com o quarto lugar depois de perder para a Polônia, com um gol de Lato, aos 30 do segundo tempo. Como em 1966 na Inglaterra, ganhar em casa começava a virar moda. E a próxima copa seria na Argentina...
.Fonte FIFA e arquivo de jornais
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(continua)
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5 comentários:
Que lástima, a Laranja Mecânica aproveitou nossa incompetência e nos detonou. Miséria pouca é bobagem!!
Mas, cá para nós: quem estava achando que iríamos mais longe?
é Vaz, mas a esperança... sempre fica uma pontinha. Então, vais torcer pelos hermanos Uruguaios?
Si, soy hincha de la Celeste...
Caramba meu... "La Celeste" bateu em retirada.
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