30 de junho de 2010

A taça do mundo é nossa! - XIII, A laranja mecânica

O cartaz alemão, sem valorizar a língua pátria,
ainda deixava transparecer o receio ao nacionalismo
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Depois de 1970, o Brasil estava tranquilo. Sua relação com a taça Jules Rimet era para o resto da vida, como um casamento antigo, “até que a morte os separe”. Na Alemanha, em 1974, uma outra musa passaria a ser disputada: a Copa FIFA. E ninguém mais ficaria com ela para sempre. Seriam romances de quatro anos, no máximo, mas com direito a renovar contrato. Nossa seleção, já desfalcada dos principais tricampeões de 70, foi à Alemanha como quem vai a passeio. Pela primeira vez a outra Alemanha, a do lado Oriental, disputou uma Copa, e no jogo com sua cara metade, ganhou por 1x0, pois a anfitriã afrouxou por não querer enfrentar o Brasil que também ficara em segundo lugar no seu grupo. O Brasil empatou com a Iugoslávia em zero, com a Escócia também em zero. No terceiro jogo, com o inexperiente Zaire, quem esperava um saco de gols, teve que contentar com um necessário 3x0, suficiente para classificar o Brasil na segunda colocação do seu grupo para a próxima fase. Valdomiro Vaz Franco, o Valdomiro do Inter, fez o gol salvador quando faltavam 11 minutinhos para terminar a partida contra o tal de Zaire. Ufa, que sufoco! Os cartões, que foram lançados no México continuaram. Pela primeira vez foi usado o vermelho para expulsar o chileno Carlos Caszely. Quando ele voltou para casa, Pinochet, também lhe mostrou o seu cartão vermelho. Proibiu o atleta de jogar no Chile. Mas a sensação da Copa ficou mesmo com a Laranja Mecânica do capitão Hendrick Jahannes Crujff, o Johan Cruijff. A seleção da Holanda passou a ser chamada assim por causa do filme de Stanley Kubrick, Clockwork Orange, de 1971, que os alunos do Estadual assistiram no ano seguinte no Cine Avenida. O Carrossel Holandês, pôs a rodar o Brasil, a Argentina, a Alemanha Oriental... e só parou de girar na final, diante da Alemanha Ocidental de Franz Beckenbauer. O Brasil contentou-se com o quarto lugar depois de perder para a Polônia, com um gol de Lato, aos 30 do segundo tempo. Como em 1966 na Inglaterra, ganhar em casa começava a virar moda. E a próxima copa seria na Argentina...
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Fonte FIFA e arquivo de jornais
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(continua)
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5 comentários:

Argemiro de Brito disse...

Que lástima, a Laranja Mecânica aproveitou nossa incompetência e nos detonou. Miséria pouca é bobagem!!

Luiz Carlos Vaz disse...

Mas, cá para nós: quem estava achando que iríamos mais longe?

Argemiro de Brito disse...

é Vaz, mas a esperança... sempre fica uma pontinha. Então, vais torcer pelos hermanos Uruguaios?

Luiz Carlos Vaz disse...

Si, soy hincha de la Celeste...

Argemiro de Brito disse...

Caramba meu... "La Celeste" bateu em retirada.