29 de fevereiro de 2012

Santa Fé é aqui - II, Affonso Beato vai fotografar O tempo e o vento




Diretor de Fotografia de A Rainha vai filmar
O tempo e o vento em cidades do Sul
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Affonso Beato, que esteve em Pelotas neste final de semana, pretende visitar as cidades onde serão rodadas as cenas de O tempo e o vento. Beato, um carioca nascido em 1941, iniciou sua carreira em 1960, como de diretor de fotografia de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, do diretor brasileiro Glauber Rocha. A carreira internacional começou em 1970, ao lado do diretor espanhol Pedro Almodóvar. Ele foi diretor de fotografia de Tudo sobre minha mãe, A flor dom meu segredo e Carne trêmula.
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Em Hollywood, filmou com Walter Salles, Água negra. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, e, nos últimos 30 anos, se divide entre o Brasil e os EUA.  Seu sucesso em The Queen, (A Rainha), filmado em Londres, o tornou uma celebridade mundial. Affonso Beato, escolhido pelo Diretor Geral de O tempo e o vento, Jayme Monjardim, será o Diretor de Fotografia do filme, cujas cenas iniciais estão marcadas para rodar na segunda quinzena de Março, em Pelotas e depois em Bagé. 
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Affonso Beato foi Presidente da Associação Brasileira de Cinematografia, entre 2004 e 2005.  Brilhou em inúmeras produções cinematográficas como: Noites de Tormenta, O amor nos tempos do Cólera, A Rainha, Água negra,  Resistindo às tentações,  Deus é brasileiro,  Jogo de sedução,  Voando alto, Orfeu, Mil e uma, A flor dom segredo,  A fera do rock,  Acerto de contas,  Para viver um grande amor,  Pindorama, Copacabana me engana,  Viagem ao fim do mundo,  O bravo guerreiro,  Cara a cara,  Memória do cangaço, O circo e Domingo.
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A Rainha
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Para expressar e resgatar o clima daquele período, em Londres, Affonso Beato disse à Presidente do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, Myrna Silveira Brandão, que utilizou três formas para fotografar: as cenas da Família Real foram feitas de uma maneira mais formal, em 35 mm com a câmera no tripé. Já as sequências com o Primeiro Ministro Tony Blair – que se passavam em Londres – foram feitas em Super 16 com a câmera na mão, possibilitando mais ação. Nas cenas que envolviam diversos momentos com a mídia, foram utilizados muitos arquivos de TV, de antes e depois do acidente com a Princesa Diana.
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Quarta-feira, Dia Nacional do Sofá - XV, Alô, alô, responde...


Disse que ia comprar um cartão telefônico e já voltava... mas isso foi há dias. Me deixou aqui, com cara de bobo, no meio da rua. Mas até o Carnaval já passou... Será que vai voltar? Alô, alô, responde...
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28 de fevereiro de 2012

The Oscar goes to... Bagé!


Bem, andam dizendo que o Brasil não ganhou nenhum Oscar na edição de 2.012 (*) da tradicional festa da Academia.... Bem, nós, nem queremos saber dessa história, pois Bagé ganhou o Oscar, sim. Trata-se do trabalho do nosso conterrâneo, Rodrigo Teixeira, que mora em Los Angeles, e que está na ficha técnica do filme de Scorsese, A invenção de Hugo Cabret. Não levem a mal, mas Bagé já deu o Oscar ao Brasil...
(é só conferir o recorte d'O Globo, de 24 de dezembro de 2.011, que a colega Heloisa Beckman enviou para o Blog) ou leia AQUI.

(*) e em nenhuma outra antes...
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Águas-vivas à vista!



No Verão é comum aparecerem na praia Águas-vivas - ou Mães d'água, Caravelas e outras variedades urticantes desse tipo de vida marinha. Donas de uma beleza plástica invejável, mortas, são um espetáculo à parte nas praias do Litoral Sul. A água-viva é uma Cnidária e seu corpo de aparência gelatinosa possui cerca de 95% de água. A palavra Cnidária vem do grego Knide, que significa urtiga, daí... é bom manter distância.
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27 de fevereiro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore


Melhor Curta de Animação, Oscar 2012, The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore.

Bagé Bicentenária - 1811/2011, O antigo Hotel Brasil

O Hotel Brasil... suntuoso, inesquecível, lembrava os áureos tempos da cidade... agora esta aí, na colaboração memorial do Cid Marinho, comemorativa ao Bicentenário de Bagé, publicada no jornal Folha do Sul. Depois de passar pelo GIMP do gerente JL Salvadoretti, está a disposição dos hóspedes do Blog da Velha Guarda.
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26 de fevereiro de 2012

Imagens do cotidiano - LX, Flor de Cacto


Não, não é o filme Flor de Cacto (Cactus Flower), de 1969, estrelado por Walter Matthaw, Ingrid Bergman e Goldie Hawn... é uma flor mesmo, de cacto, às margens da BR 471.
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24 de fevereiro de 2012

Santa Fé é aqui


O jornal Zero Hora de hoje destaca as obras da vila cenográfica de Santa Fé que está sendo construída no Parque do Gaúcho, em Bagé, que servirá de cenário para as gravações do filme O tempo e o vento de Jayme Monjardim. As primeiras cenas estão programadas para serem tomadas no início do mês de Abril.
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Bagé Bicentenária - 1811/2011, A Ponte Seca


Mais uma vez o Cid Marinho envia para o Blog colaboração sua publicada no jornal Folha do Sul.  Desta vez é a história da Ponte Seca, famoso cartão postal da cidade de Bagé. Outro colaborador assíduo, o JL Salvadoretti, recoloca nos trilhos a imagem meio ofuscada pela fumaça da velha composição. Com amigos assim esse trem vai longe...
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23 de fevereiro de 2012

Preparem-se para Audax 200 – Bagé/RS


Estão abertas as inscrições para a primeira edição das provas de longa distância na Região da Campanha. É o brevet de 200 km’s de Audax, com organização do Clube Audax Bagé, esta prova tem como maior adversário o próprio atleta, já que é um evento ciclístico fora do formato competitivo. A prova será realizada no dia 04 de março, com largada no Posto Jardim do Castelo às 06h da manhã, em direção às cidades de Hulha Negra, Candiota e Pinheiro Machado. O prazo máximo para completar o percurso é de 13h e 30m. Evento válido pela Série 2012 registrado no Clube Audax Parisien através da ACP 980039 .
Acesse o link, clicando aqui, faça o download do arquivo de inscrição e preencha o formulário. Após isto, é só efetuar o depósito conforme a data, e enviar o seu arquivo de inscrição junto ao seu comprovante de pagamento para o email heronbmx@ibest.com.br ou através do fax (53) 3242.4866. Você também pode solicitar o arquivo através do mesmo email, ou efetuar sua inscrição na loja Ciclo Regert, em Bagé.
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Bagé Bicentenária - 1811/2011, O Teatro 28 de Setembro


O Cid Marinho, em suas colaborações ao jornal Folha do Sul, nos conta agora a história do Teatro 28 de Setembro. Na foto aparece um pedacinho da Igreja da Conceição que já foi tema de outra narrativa aqui nesta série. O papel do JL Salvadoretti no cenário deste espetáculo, como sempre, foi fundamental.
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22 de fevereiro de 2012

Imagens do cotidiano - LVIII, Baile de cobras


Pelo visto esta foliã já abandonou a "fantasia" usada durante o Carnaval no baile de cobras... Hoje é Quarta-feira de Cinzas, dia de começar o ano de 2.012. De verdade. (E de sair de roupa nova).
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21 de fevereiro de 2012

A poesia necessária - XVIII, Recadastramento

Recadastramento
ângelo alfonsin
 .
as flores de plástico
foram renomeadas
como coisa não como flores
as coisas protestaram
dizendo jamais ter visto
coisa igual
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20 de fevereiro de 2012

19 de fevereiro de 2012

A poesia necessária - XVII, Diário da guerrilha

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diário da guerrilha
ângelo alfonsin
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primeiro os cães
e os gatos 

depois o pai e a mãe

aos poucos os poucos

raros
amigos
e mais cedo ainda os sonhos

se vão para sempre 

como se tudo jamais tivesse 

existido a não ser em sonho

o que restou de mim 

não ocupa o vazio

da cadeira vazia

as mesas nunca mais vestiram

toalhas de festa 

as flores mudaram-se 

para o jardim das formigas

as frutas perderam 

o gosto da inocência

com as mordidas insípidas

da vida adulta

dias cinzas

noites em claro
 
atrás de vogais gagás

consoantes que não soam

os poemas viram pó

atrás de mundos 

que não existem mais

as tardes já vão tarde

os sofás fazem sala

para as paredes

na mesa do café a xícara

transborda de silêncio

fumegante

as reminiscências

arrastam correntes

pelos porões da memória

a lua cheia enche a noite

de lua 

o sol quando abre a janela

traz uma fatia do dia

com cheiro de novo

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fotografia marcelo soares
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18 de fevereiro de 2012

Camaquã – um rio para correr livre! - VII, Rincão do Inferno


O jovem acadêmico do Curso de Turismo, Cid Marinho, fez esta bela foto de uma das nascentes do grande Rio Camaquã durante uma "aula prática". Sem dúvida alguma o Rincão do Inferno é um verdadeiro Paraíso.
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17 de fevereiro de 2012

Imagens do cotidiano - LVI, As pernas de Marilyn Monroe


"São as pernas de Marilyn Monroe!" Foi o que pensei ao ver estas assim, "para o ar"... Mesmo no lixo esta pequena Marilyn Barbie esbanja sensualidade com suas belas perninhas de plástico Made in China...
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16 de fevereiro de 2012

Roupas no varal - XIX, Rompe cabezas


Alexandre S Gomes, leitor e amigo do Blog da Velha Guarda, conseguiu unir este varal de sacada ao "conjunto urbano" como uma peça de quebra cabeças.
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15 de fevereiro de 2012

Quarta-feira, Dia Nacional do Sofá - XIV, Até que a morte os separe

Foto: Santhiago S Vaz

Fomos dispensados juntos. Mas tivemos uma longa  - e bela - vida em comum. Sabemos de tudo que se passou por lá. As juras, o romance, o tal "na saúde e na doença", enfim, testemunhamos tudo. Chegados os "novos tempos" pelo menos continuamos lado a lado. Juntos. Até que a morte nos separe.
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14 de fevereiro de 2012

Imagens do cotidiano - LV, Acerto de contas


Nosso colega do Estadual, José Luiz Salvadoretti - de máquina nova - acertou tudo nesta foto. Acertou o enquadramento. Acertou a luz. Acertou o foco, enfim... fez um verdadeiro "acerto de contas".
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13 de fevereiro de 2012

A pata nada


A pata nada. Óbvio, não é mesmo? Mas esta máxima também era a primeira lição da "Cartilha Sodré". Neste sábado, ao ver esta "pata nadando" (e ensinando a sua ninhada descascada há pouco a fazer o mesmo) lembrei com saudade da Cartilha onde aprendi a ler, lá no Colégio Santo Antônio, em Bagé. Da pata que nadava até a vaca malhada, que era da Zazá, e que dava palha à vaca, não foi muito difícil, afinal, pata nadando e vaca malhada eu via todo dia. Complicado mesmo deve ter sido para minha mãe que, em 1930, lá no interior de Cacimbinhas, no distrito de Torrinhas, bem ali, na "Aberta do Cerro", precisava recitar, sem gaguejar, a sua lição do "efe", que era exatamente assim: afta, farol, tifo, grifo, foca, frase... 


A Cartilha Sodré, de autoria da professora Benedicta Stahl Sodré, teve a sua primeira edição impressa em São Paulo no ano de 1940. A partir da 46ª edição, a de 1948, a Cartilha passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273ª, foram produzidos mais de seis milhões de exemplares. Em 1977 ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini que acrescentou páginas e um caderno de instrução para os professores. O número milionário de exemplares da Cartilha Sodré não se refere ao total de crianças alfabetizadas através dela. Era usual – “naquele tempo” – que os livros didáticos fossem utilizados por dezenas e dezenas de alunos. Os livros só eram descartados após ficarem absolutamente sem condições de uso, como por exemplo, com a falta de folhas do miolo. A ausência da capa, no caso, não era motivo para o livro ser colocado no lixo. 
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Semana de Arte Moderna - de 13 a 17 de fevereiro de 1922


Há exatos 90 anos iniciava em São Paulo, numa segunda-feira como a de hoje, 13 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna. A Semana de '22, como ficou mais conhecida. Com o intuito de romper com a influência  tradicional da Europa, com base estética do século XIX, e que ainda exercia grande influência nos artistas plásticos e escritores brasileiros, a Semana foi motivo de grandes polêmicas num Brasil vivendo grandes problemas políticos e sociais em plena república do "café com leite". Embora muito lembrada pelas artes plásticas, foi a literatura que fez frente ao novo movimento com a publicação de obras de escritores como Menotti del Picchia e Mário de Andrade. Vários artistas e intelectuais brasileiros já acompanhavam com admiração as novas tendências estéticas surgidas na Itália e na França nos primeiros anos do século XX e, o mês de fevereiro de 1922, reuniu as condições para uma Semana repleta de exposições coletivas e de palestras que provocaram um verdadeiro rebuliço nos meios artísticos e da crítica especializada. O escritor Monteiro Lobato - em artigo intitulado Paranoia ou mistificação?, no jornal o Estado de São Paulo - já havia feito pesadas críticas à exposição de Anita Malfati, em 1917, quando a artista apresentou um conjunto de obras expressionistas. Ali se sedimentou o ambiente para uma grande programação que aconteceu cinco anos depois, com a apresentação das tendências "modernas" que acabaram por influenciar toda a produção artística brasileira do século XX.
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12 de fevereiro de 2012

Vestiário


Um convite especial para a abertura da exposição com minhas fotos no Museu do Futebol
(Estádio do Pacaembu, em São Paulo), na terça (14 de fevereiro), 19h30min. 
Um abraço, Gilberto Perin
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11 de fevereiro de 2012

Uma imagem perdida no tempo


Foto publicada pelo Sérgio Saraiva, no Facebook, cedida pela Denise Cabral Leite. Bagé, ano de 1971, alunos do Colégio Estadual Dr Carlos Kluwe, Turma 301. Está meio fora de foco, mas alguém poderá se achar nela. Caso afirmativo, identifique "sua posição" na fotografia para o Blog.
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10 de fevereiro de 2012

Camaquã – um rio para correr livre! - VI, Águas de ano novo

Águas infindas, transparentes (ainda)
Margens espetaculares, intocadas (ainda)

O Camaquã continua majestoso! Nestre início de ano nosso leitor Santhiago Vaz, mais uma vez, usufruiu dessa maravilhosa paisagem natural e fez estas fotos no interior do município de Piratini, nas proximidades da ponte que faz a ligação com a cidade de Santana da Boa Vista. Período, é claro, ainda de seca.
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9 de fevereiro de 2012

7 de fevereiro de 2012

O ano dos Centenários - II, Duzentos anos de Charles Dickens

A leitura de Dickens é fundamental para a formação de jovens leitores


Há duzentos anos nascia Charles Dickens, o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. Nascido em família de classe média, o que lhe possibilitou frequentar uma boa escola, Dickens, desde muito cedo, dedicou-se à leitura de clássicos como Dom Quixote, As mil e uma noites, e as obras de Daniel Defoe. Após a prisão do pai, considerado perdulário por ter feito muitas dívidas, e que havia desperdiçado os últimos recursos  no intuito de manter um padrão de vida que já não podia, a biblioteca particular que a família possuía teve de ser vendida e o menino Dickens, aos 12 anos, começou a trabalhar em uma fábrica para sustentar a casa. As más condições de trabalho da classe operária inglesa, as quais Dickens conhecera por experiência própria, viriam depois a constituir-se tema recorrente em suas obras. Tendo trabalhado ainda em um escritório de advocacia, e também como jornalista, funções nas quais não se encontrou, Dickens, com pouco mais de vinte anos, se tornaria um escritor conhecido com a obra The Pickwich papers (Os documentos póstumos do clube Pickwick).

Seu romance mais popular, que para os conhecedores de sua obra é notadamente autobiográfico, é David Copperfield, que narra a vida de um  rapaz desde a infância até a maturidade. Já Oliver Twist, outra de suas obras mais apreciadas, conta as aventuras e desventuras de um jovem órfão tendo como pano de fundo o fenômeno da delinquência provocada pelas condições precárias da sociedade inglesa vitoriana. Apesar de muitos de seus críticos argumentarem que sua obra privilegiava o entretenimento e não o realismo, Dickens sempre procurou denunciar o sofrimento dos pobres e satirizar a sociedade que permitia que tal injustiça acontecesse. A nove de junho de 1870, morreria Charles Dickens, aos 58 anos, como um dos maiores autores da literatura mundial, sendo até hoje um dos escritores ingleses mais lidos e apreciados.
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Maribel Felippe
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