Carlos Kluwe com a camisa do SC Internacional - Arquivo S.C.I.
Quem foi Carlos Kluwe?
Carlos Antônio
Kluwe (Bagé, 3/1/1890 - 16/9/1966) foi, além de médico, jogador profissional de
futebol. Kluwe foi para Porto Alegre no final da 1ª década do século XX, para
estudar medicina e acabou jogando como atleta profissional da primeira divisão
no Sport Club Internacional. Estreou no Colorado no dia 7 de setembro de 1909,
em um empate sem gols, contra o Militar Foot Ball Club.
Kluwe era um
homem muito alto com 1,90 de altura, chutava a gol de qualquer distância, com o
pé direito ou esquerdo. De personalidade forte, logo se tornou um líder, dentro
e fora do campo. Muitos consideram Kluwe o responsável por imprimir ao
Internacional um espírito guerreiro e vencedor.
Com Kluwe, o
Colorado conseguiu suas primeiras conquistas: Campeão Municipal de 1913, 1914 e
1915. No ano de 1916, já formado na Faculdade de Medicina, abandonou o futebol
aos 26 anos. Apenas uma frustação o acompanhava: não ter vencido o clássico
Grenal, pois o adversário abandonara a Liga Porto-Alegrense de Futebol em 1913,
e disputara um campeonato à parte em 1914 e 1915.
Mesmo assim,
continuou ligado ao clube, tornando-se diretor de futebol. Em julho de 1919, um
grupo de senhoritas coloradas fez um abaixo-assinado pedindo que o ex-jogador
atuasse em um clássico grenal que seria disputado nos Eucaliptos. Apesar de ter
ficado afastado por 4 anos, Carlos Kluwe decidiu jogar e marcou o primeiro gol
da vitória colorada por 2 a 0. Era a vitória que faltava para ele, a de um
clássico.
Kluwe acabou
jogando o resto da temporada e também no ano seguinte, quando novamente foi
campeão. Mais tarde, Carlos Kluwe retornaria a Bagé, sua cidade natal, onde
tornou-se um médico de renome. Foi prefeito entre 1948 e 1951. Atuou como
médico do Colégio Estadual durante muitos anos.
Absolutamente
compenetrado e sizudo, examinava os alunos, dava conselhos de saúde a todos e
recomendava sempre a prática de esportes. Além de dar nome a nossa escola, que
hoje é conhecida por Escola Estadual de Ensino Médio Dr Carlos Antonio Kluwe,
existe também uma rua na cidade com seu nome, no bairro Vila Kennedy.
14 comentários:
¡Qué historia tan interesante! Gracias por remcomendarme el blog Vaz. Me fascinó la figura de Kluwe...
E... onde fica isse bairro Vila Kennedy... Meus irmaos! Eu sou do Barrio Kennedy de Punta del Este!!!! ja...
Abraço!!!!
Pois Damián, a "nossa" Kennedy, lá de Bagé, foi um dos tantos logradouros brasileiros que ganharam esse nome após aquela sexta-feira,22 de novembro de 1963. Por aqui há muitas ruas, bairros e avenidas batizadas assim. Grato por tuas palavras e por seguires nosso Blog.
Nossa muito interessante a história eu sou colorada e não sabia dessa história.Ele foi um grnade homem.
Olá "anônima", grato pelo comentário, se quiser repetí-lo assinando seu nome, faça, que eu excluo este, e mantenho o assinado.
Foi aluna do Estadual?
Adorei a crônica sobre Carlos Kluwe. Um tipaço, que mereceu as homenagens. Mas eu gostaria de uma outra crônica sobre outro Carlos: o Vaz. Mereceria milhes e milhes de linhas também.
Ricardo Gurvitz
Menos Gurvitz, menos...
Muito interessante, apesar de ser gremista é algo para constar nos anais da história de nossa Bagé. Fui aluno nos anos de78 a 81, hoje resido em S. Maria. Morei no bairro das Laranjeiras. Tenho parentes Vaz, que são primo de meu pai"Oliveira", e é desta região que o senhor menciona. Abraço. Cécer Dutra
Então somos parentes tchê! Quem são para ti Belmira Vaz Oliveira e José Oliveira, o Tio Zéca?
Estudei no "Estadual" de 61 a 65. Conheci o Dr. Kluwe. Quando íamos fazer exame médico com aquelas roupas pesadas de inverno, nunca esqueci o que ele dizia: "desincilha, tchê!". Estou com 64 anos mas lembro ainda com saudade.
valacir marques gonçalves
e-mail vala1@uol.com.br
blog www.valacir.com
Valacir, que bom que desencilhaste o pingo e paraste aqui! Além dessas memórias deves ter mais alguma coisa ai nessa mala de garupa! Vai tratando de botar tudo em cima do balcão...
Um forte abraço.
olá.
teu blog está muito interessante. encontrei-o por acaso. Fui aluna do estadual na década de 78 a 81.Foram momentos maravilhosos que vivi ali . ainda hoje recordo a hora do recreio, em que saíamos para fazer lanche no Bianchetti. Um ano depois que comecei a estudar ali, os portões foram fechados e fomos obrigados a permanecer no pátio da escola, durante o recreio. Isto impediu que muitos alunos matassem ( como diziam naquela época) a aula. saõ tempos bons, que infelizmente não voltam mais, ficando na memória apenas as recordações ( boas e más); as más , refiro-me aos momentos em que recebíamos a nota da prova que não era a que esperávamos.
Bem, então deves ter material para o Blog. Fotos, documentos e muitas hitsórias. Moras em Bagé? Estamos pedindo "Dez linhas", para o aniversário da cidade, já escreveu as tuas? pode mandar como comentário.
Bem, agora estou morando em Bagé, mas estive ausente durante 10 anos, quando residi em Candiota; porém estava sempre aqui nos finais de semana.Quanto a fotos do tempo que estudei no estadual, não tenho muitas não. Tenho uma do desfile na Banda no 7 de setembro. Fui clarinetista durante 2 anos. Também tenho uma que está no livro dos 25 anos do colégio Carlos Kluwe. a foto é em preto e branco, e creio que se for scanear perderá muita qualidade. Assim que tenha um tempinho envio a foto da Banda.
Ótimo, vou aguardar.
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