29 de agosto de 2011

Bagé Bicentenária - 1811/2011, Os "Altos da Santa Casa"

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O Arquivo do Cid Marinho é realmente muito bom. Hoje publicamos mais uma colaboração dele ao jornal Folha do Sul. A reprodução do recorte - é claro, passou pela tesoura do nosso esquilador, JL Salvadoretti, que retirou todos os carrapichos...
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11 comentários:

Cid M. Marinho. disse...

Tchê Vaz Macanudo,
A "esquila" do Índio Salvadoretti, é mesmo por demais das buenas! Que colosso de "tosa", seu! Deixou a "bicha" (retrato) nova em folha! Que bom seria se o Índio Velho também pudesse dar uma "tosquiada" naquela outra "abichada" (O Primeiro Cinema de Bagé)... Até acho que, se for retirado um pouco dos "carrapicho" e dos "carrapato" da coitada, alguém talvez se anime e possa fazer um comentário sobre a pobre "desgarrada"...
A la maula, seu!!! Rá,rá,rá!!!
Att, Cid.

Luiz Carlos Vaz disse...

Cid, atendendo a pedidos...

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Pois, Cid e Vaz...
A nossa "Santa Casa de Bagé" é uma "entidade viva" que carrego no olhar espichado das lembranças... E, a ela, vem sempre ligada a figura fraterna e humanitária do Dr. Mário Freitas da Silveira - com seus graúdos olhos azuis e sua voz tranqüila - "batuta" com o bisturi nas mãos. Tudo isso porque pela Santa Casa vários parentes meus, amigos e vizinhos passaram e voltaram para casa - e pelas mãos do Dr. Mário Freitas da Silveira. Meu pai, quando homem novo, fez a famosa "operação do apêndice". Ah, o Dr. Mário era exímio e rápido. Eu mesmo - em meus 12 anos - fiz a mesma cirurgia. Incrível, Vaz e Cid: tenho todo o quadro daquele "evento" em minha mente. Nunca mais o esqueci - desde a noite de véspera, quando passei a picolé de leite, que minha mãe fazia naquelas forminhas da geladeira. (Depois, enjoei de picolé de leite... rs...) Nossa! Minha cirurgia foi muito comentada pela "valentia" de um menininho de 12 anos - que tomou anestesia local e assistiu tudo por um espelho enorme que havia acima da mesa de operação... Ah, meus amigos e conterrâneos: uma freirinha (pequena) me fazia afagos no rosto, conversava comigo, enquanto o Dr. Mário um pouco cantava e outro pouco assobiava uma musiquinha alegre e bem-humorada do Ivon Curi, que era o sucesso do momento: "eu tava na peneira/eu tava peneirando/ eu tava no namoro/eu tava namorando"... rs... Se a cirurgia levou 20min foi muito. E só não fui caminhando para o quarto porque não havia levado um chinelo para a "saideira" daquela mesinha onde só não gostei foi de ficar com os pulsos e os pés presos.
Certamente, serei sempre grato à nossa prestativa e caridosa Santa Casa. E gostaria de ser um camarada abastado (é verdade!) para, de alguma forma, recompensá-la pelo atendimento, tratamento e cura dos que dela precisam.
(Quando tinha 6 anos, fui, pela primeira vez, à Santa Casa extirpar as amígdalas. Infelizmente, não lembro o nome do médico. Mas quem me segurou no colo foi minha querida e saudosa tia/madrinha Santa Déa Gonçalves de Oliveira - que fora com meu pai, pois a mãe ficara "tomando conta" da venda. Nunca esqueci da máscara em meu rosto e da voz cochichada do médico e de minha madrinha...)
Abraço emocionado...
JJ!

Cid M. Marinho. disse...

Grande J.J.
Muito obrigado, por ter comentado aqui, de maneira franca, as tuas emocionantes passagens pela nossa "Santa Casa de Bagé"... Eu, que ainda não precisei ser internado para tratar a minha saúde, neste importante "Complexo Hospitalar", mas, ao mesmo tempo, reconhecendo que foi justamente lá que, em 03 de Março de 1954, que a minha querida Mãe foi atendida para dar à luz, a este que vos fala. Também reconheço o importante atendimento médico e hospitalar dado a minha Mãe e ao meu Pai, quando precisaram de cirurgia e tratamento através de medicamentos... Reconheço ainda, todo o indispensável atendimento do "Bloco Cirúrgico" dado à minha Mulher, quando foi dar à luz, a dois dos meus três filhos, e tudo isso, gratuitamente!!!
Portanto, temos mesmo que reconhecer os importantes serviços prestados a nós, à nossa família e à nossa comunidade. "Viva a Santa Casa de Caridade de Bagé!". "Vida longa, para a Santa Casa!".
Att. Cid.

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Grande Cid...
Irmão pelo Cordão-Umbilical de nossa maternal e sempre Bagé - e já amigo por especiais e espirituais Laços-de-Afeto: assino abaixo de tua saudação e de teu brinde à nossa prestativa e importante "Santa Casa de Caridade de Bagé"!
Saúde, Paz e Bem - a todos nós!!
Abração macanudo e alegre - no más!
JJ!

Luiz Carlos Vaz disse...

Pois JJ, tivemos, sim, em Bagé (e no resto do Brasil???) a época das cirurgias de apêndice e amígdalas. Vários parentes meus, nessa época, passsaram por essas cirurgias, hoje absolutamente discutíveis quanto a real necesssidade. Mas era só aparecer uma dorzinha na barriga e até os leigos já diagnosticavam: é o "apênis", rsrsrs. E a das amígdalas, creio, que já não se faz mais. Mas a Santa Casa, realmente, era um ícone da comunidade nesse tempo e consagrou muitos médicos.

Luiz Carlos Vaz disse...

Eu lembro muito, Cid e JJ, da "gruta" com peixinhos coloridos que havia no pátio interno da Santa Casa. Meu padrinho esteve internado lá, quando eu tinha uns sete anos, e a passadinha pela gruta era obrigatória para mim.

Cid M. Marinho. disse...

Prezados Vaz e J.J.
A gruta cercada pelo aquário de pedras, e cheia de peixinhos coloridos, também estão vivos na minha memória... Por várias vezes, eu busquei no pátio da Santa Casa, a gruta com o seu aquário, para contemplar, e também para refletir um pouco sobre a vida e a saúde dos parentes e amigos, que estiveram internados naquele hospital. Lembro-me de um sobrinho que, quando criança, esteve internado por várias vezes, para tratar de uma "infecção intestinal" séria. Ele sofria muito com as dores, e também não gostava do quarto onde estava sendo tratado, então a Mãe dele tomava o cuidado de levá-lo até o pátio, para ele ver os "peixinhos vermelhos" nadando de um lado para outro. Ele se divertia muito com aquilo, andava na volta do aquário admirando o movimento dos "pequenos seres". A gente reparava que ele se sentia bem, a fisionomia dele que antes estava abatida, por causa doença, acabava dando lugar para uma aparência mais alegre e saudável. Se não a saúde, pelo menos o espírito sempre saía fortalecido, depois de se assistir por um pouco, o "balé dos peixinhos"... Outro atrativo que está no pátio da Santa Casa, e que sempre me chama a atenção quando lá estou, é o antigo "poço" que serviu por muito tempo, para abastecer com água o hospital. No poço, bem no alto do seu arco de ferro, perto da "rondaina" onde corria a corda para abaixar e levantar os baldes d'água, está gravado numa placa de "latão", o ano de fundação(1883), daquela importantíssima "Instituição de Caridade de Bagé".
E tal e coisa, e coisa e tal!!!
Att. Cid.

Luiz Carlos Vaz disse...

Bem, Cid, vais ter que dar uma passada na Santa Casa e fotografar essas preciosidades para o Blog. ok? Um abraço.

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Pois, Cid e Vaz...
Passei por aqui para dar uma olhada e encontro mais comentários de vocês...
Então, retomo o asunto para dizer que eu também lembro - como se estivesse vendo - a tradicional Gruta com seus peixinhos coloridos que a mim também faziam bem e encantavam... (O sobrinho do Cid melhorava porque, realmente, seu Espírito se "acalmava" e até "nadava" com a paz, o silêncio e o "ballet" hipnotizante/relaxante dos bichinhos. Vaz e Cid: é a força e a generosidade da Mãe-Natureza ajudando o bicho-homem. Nesse "pormenor" do Cid isso fica bem claro. (Pelo menos, para mim.)
Uma novidade - porque não relatei no comentário anterior: ali, próximo à Gruta, também havia um "viveiro" onde criavam uns bichinhos que eu gostava muito - e gosto até hoje, se bem que goste de tudo quanto é bicho... rs... (Aliás, um desses bichinhos foi a "primeira namorada" do príncipe Manoel Bandeira... rs...) Bem, são os porquinhos-da-índia. Sabem? Depois de minha cirurgia, perguntei à minha mãe, se podia ter um casal daqueles bichinhos. Ela disse que sim, pois sabia quanto eu gostava de animais! Então, um dia, fui com um cesto daqueles com que faziam pic-nic, na época - de vime e com duas portinhas acima - à nossa Santa Casa, (feliz da vida), pois ia comprar um casal de porquinhos-da-índia. Chegando lá, me mandaram falar com a irmã que era encarregada desse assunto. Infelizmente, não lembro do nome dela, mas me atendeu com um sorriso e me disse que não tinham, para venda, no momento, mas que voltasse, (deu-me um determinado prazo), a partir de tal dia, que já teria os filhotes. Nem imaginam como eu saí triste - frustradíssimo. E lembro que minha mãe me recebeu alegre e me consolou quando eu lhe contei o que acontecera... E, até hoje, fiquei sem meus meigos e fofos porquinhos-da-índia...
Bem, Vaz e Cid, vou parar por aqui... Sou um cara muito emotivo e as lembranças trazem muita saudade!!
Abração, meus amigos!
JJ!!

Luiz Carlos Vaz disse...

Mais uma razão, JJ, para o Cid fotografar para nós essa gruta e todos os seus detalhes.