Os 70 anos de um mestre - 28/10/1922 - Agora, com 89 anos
baseado no Correio do Sul -
José Higino Gonçalves
...São dois extremos na história, não apenas da comunicação em Bagé como, porque não dizer, da própria história da terra.
Tantos anos, hoje beirando os 89 anos do jornalista Mário Nogueira Lopes, há muitos anos diretor geral do Correio do Sul, e cuja trajetória de mais absoluto sucesso inclui passagens marcantes pelas rádios Cultura e Difusora; pelos quadros diretivos da Rádio Clube. O radiojornalismo, o radioteatro, a crônica esportiva, aspectos significativos de uma vida dedicada por inteiro a comunicação.
Exemplo para as gerações, Mário Nogueira Lopes é, sobretudo, um apaixonado pela profissão que abraçou. Uma profissão que vive, mais do dia-a-dia, a cada momento de sua vida e que já o perpetuou como um verdadeiro símbolo da imprensa bageense, porque não dizer gaúcha.
A serenidade, a competência, a experiência numa trajetória de várias décadas. Os ensinamentos aos mais jovens são mais constantes. Mais do que a própria carreira sempre buscou repassar os conhecimentos aos que resolveram ingressar nos caminhos nem sempre bem compreendidos do jornalismo.
As condecorações, os lauréis, os troféus recebidos, guarda com justo orgulho, sem que seja vaidoso. Afinal, como não preservá-los, se eles representam a materialidade de uma jornada de tantos anos.
Mário Nogueira Lopes que chega aos 89 com muito fôlego e vitalidade, com muito ainda a contribuir na reconstrução de nossa história. "Bagé não precisa esperar que a história lhe faça justiça. Afinal, ele já está inserido na história."
As comemorações dos duzentos anos de Bagé, jamais seriam completas se não lhe rendermos homenagem, expondo seu acervo ao público, contando a sua/nossa história e clamando o lugar de honra que sempre tiveram os contadores de história em todas as aldeias do mundo.
Parabéns Mário Lopes.
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José Higino Gonçalves
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3 comentários:
Prezado Vaz...
Pois, passo por aqui para aplaudir o belo texto do nosso conterrâneo e colega jornalista José Higino Gonçalves. Fraterno conterrâneo a quem conheço, pessoalmente, e responsável pela publicação de textos meus - em prosa e em verso -em nosso tradicional "Correio do Sul", em épocas que já vão longe... Jornal de nossa "santa terrinha" no qual fiz exercícios de leitura quando comecei a "acolherar" as letras e do qual fui leitor por muitos anos. Em nossa "venda" , na Rua dos Sargentos e, posteriormente, na mercearia na Gen. Sampaio, meu pai nunca deixou faltar o diário "Correio do Sul". Também recordo do personagem homenageado deste texto entusiasmado e sentimental do Higino. Por duas vezes, tive a oportunidade de conversar com ele, no "Correio". Uma das vezes, ele me recebeu pelo José Higino - de forma fraternal e sorridente. Uma outra vez, eu fiz questão de cumprimentá-lo, quando me encontrei com o Higino, lá. Nas duas vezes, eu levara textos de minha autoria para o jornal.
Durante toda essa lacuna, passamos todos pelo crivo implacável e irreversível do tempo, todavia, na memória do coração, (porque o coração é grato!), essas cenas permanecem e me apraz recordá-las com a mesma atenção - diria com o mesmo carinho - com que, então, foram tecidas: com a "cara" de nossa Bagé, ou seja: de forma hospitaleira e franca.
Deixo, aqui, externados, minha satisfação e minha consideração pelo jornalista Mário Nogueira Lopes, parabenizando-o pela bela idade e pelo dinâmico e profícuo trabalho em prol de nossa sempre Bagé!
Ao José Higino, meus parabéns pela beleza e espontaneidade do texto - uma crônica do cotidiano que fica inserida no jornalismo bageense!
A todos, forte e fraterno abraço!
JJ!
Achei muito justa a homenagem feita ao Jornalista Mario Lopes, pelo amigo José Higino... Os dois trabalharam juntos por muitos anos, no extinto Jornal "Correio do Sul". Eu, passei a conhecer pessoalmente estas duas grandes figuras do jornalismo bajeense, quando "fotógrafo" em início de carreira, e sem dinheiro para comprar o jornal, costumava ir até a antiga "sede" (que ficava no térreo do mesmo sobrado, onde também funciona até hoje a antiga "Rádio Cultura"), aos sábados pela manhã, só para copiar do exemplar do jornal que ficava a disposição dos visitantes na "sala de recepção", os nomes e endereços dos noivos, os quais eram publicados nos "editais de casamentos". Somente desta forma, é que eu tinha condições de saber com antecedência, onde moravam os noivos que iriam casar, e assim oferecer para eles, o meu serviço profissional de "fotografias". "Êta, tempito bem buenaço aquele, seu!" O José Higino, além de ser meu amigo, também foi meu freguês, pois eu fotografei por muitos anos, os principais aniversários dos filhos dele. E, quanto ao "seu" Mário Lopes, eu tive o privilégio de conhecer o acervo dele, há uns vinte anos atrás, na residência do mesmo, quando também passei a me interessar pela memória e a história da nossa Bagé. "Oi-ga-le-tê, barbaridade tchê!" Vida longa ao "seu" Mário Lopes! Vida longa ao amigo José Higino!
Att.Cid.
Cid e JJ, faço dos comentários de vocês, o meu. Tanto o Homenageado, como o autor do texto, são bons representantes do jornalismo da nossa cidade e do nosso saudoso Correio do Sul, aquele, o velho, o que saia todo dia.
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