12 de setembro de 2010

Uma República no Pampa - II, O Sangue do Seival

Na composição fotográfica vemos o local da Batalha do Seival,
o pequeno Memorial e, no detalhe, a placa de mármore.

Hoje imensos parreirais ocupam uma grande parte da região
que possui excelentes condições para o cultivo da uva vinífera

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Quem se dirige a Bagé pela BR 293, ao contemplar os imensos parreirais que agora predominam na região, vai se deparar - a aproximadamente 40 quilômetros da chegada, com um memorial que marca o lugar onde aconteceu a Proclamação da República Rio-grandense. Numa velha placa de mármore está escrito:

Neste local, em setembro de 1836,
travou-se a Batalha do Seival e foi
proclamada a República de Piratini.
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Certamente no rubi da Cabernet Sauvignon cultivada na região, estará, ainda que de maneira simbólica, um pouco do Sangue do Seival...
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7 comentários:

Manoel Ianzer disse...

"RESGATE HISTÓRICO NO BLOG DO ESTADUAL"

"1835"
O charque, principal produto das fazendas da região sul do estado, vinha sendo preterido pelo produto importado da Argentina e do Uruguai, mais barato. A elite gaúcha defendia uma sobretaxa ao charque que vinha do exterior.

continua na próxima postagem...

Unknown disse...

Eu estudei o 1º ano primário no Grupo Escolar Seival, que
ficava na vila de Seival. Foi no ano de 1959. Mas minha atividade de guri campeiro desenvolvia-se a poucas centenas de metros de onde hoje está o memorial do "Combate do Seival".
Nós morávamos a margem direita do arroio. Por ali eu campereava com meu pai. Recordo do velho dizendo:
Aqui vai passar uma rodovia, nos fundos da casa, e na frente vai passar uma ferrovia.
Recordando o "Combate do Seival", nele o Gen Netto deu uma surra no Joca Tavares e tomou-lhe armas, munição, cavalos e roupas, este era considerado como um almoxarifado dos Farroupilhas. Toda vez que um Farroupilha precisasse de algo, era só pelear com o Joca Tavares.

Luiz Carlos Vaz disse...

Pedro e Ianzer: há muita coisa sobre história da guerra dos Farrapos para ser contada ainda. E está tudo em documentos, basta começar a revirar os "baús"...

Unknown disse...

Não "fróxa" Xirú véio. Vira e revira esses baús. O Rio Grande precisa saber. Nós precisamos saber.

Luiz Carlos Vaz disse...

E ai, Pedro, é que entra a história passada do "outro lado", a dos castelhanos, argentinos e paraguaios, que nós - gaúchos e brasileiros, comhecemos muito pouco. As fronteiras políticas são muito recentes e nossa história comum, a dos gaúchos do Pampa, não pode ser contada bombeando as coisas de costas para a indiada aqui do lado. Vários generais farroupilhas - e estancieiros do Brasil, tinham negócios, terras e mulheres na banda de lá... Na hora que procuramos entender as coisas, temos que deixar a divisão do mapa de lado e mirar os campos da Pampa "como una sola cosa".

Unknown disse...

Sim, sabemos. Mas o que tem que ser, será.
Como és ligado à literatura, te indico o livro (3 volumes)JOÃO RODRIGUES DA SILVA, o povoador portugues, de Carlos Guilherme Rheingantz e Jorge Felizardo, editado em 1951 ou 52. É a árvore genealógica desse portugues que ajudou a desenvolver a "Colonia do Sacramento" e depois expulso de lá pelos espanhóis veio ajudar a fundar Rio Grande. Ele era meu hexa-avô. Se achares esses livros me diz, eu só tenho poucos manuscritos.

Luiz Carlos Vaz disse...

Olha, Pedro, essa família fincou raizes em Pelotas e Rio Grande. Jacob Rheingantz foi o responsável pela colônia privada que deu origem a São Lourenço do Sul, quando trouxe da Europa os Pomeranos, praticamente espulsos de seu "habitat", onde muitos anos depois, surgiria a Alemanha unificada. Inclusive um desses "guris" Rheingantz, chamado assim mesmo, "Carlos Guilherne Rheingantz", é professor da UFPel e meu amigo. Vou procurar com ele essas informações sobre o livro e te mando.