11 de outubro de 2010

Histórias de família - II, Alaide, entre dois amores


Alaide Moreira em 1912
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Minha avó materna, Alaide Moreira, nasceu em 1895, na localidade de Olhos D'Água, município de Bagé. Era filha de Cândido Moreira de Lacerda e Malvina Lemos Moreira.
Três irmãs da família Moreira, Alaide, Francisca e Diotildes, casaram-se com três irmãos da família Madeira:  Manoel, Sebastião e um outro cujo nome não lembramos.
Alaide, que casou-se em 1913 com Manoel dos Santos Madeira, passou a assinar-se Alaide Moreira Madeira e, logo após o casamento, foi morar  em uma chácara da família, no Banhado Grande. Meus avós tiveram 6 filhos: Otílio, em 1914, já falecido; Abdul em 1915, já falecido; Donatila em 1918, residente em Rio Grande; Ernestina em 1919, já falecida; Ondina em 1923, residente em Rio Grande e Geraldina, -  minha mãe, em 1925, residente em Porto Alegre.
Em 1932, Abdul, que era apaixonado pelo exército, entrou para o serviço militar aos 17 anos, ficando por requerimento mais 3 anos. Infelizmente adoeceu e  faleceu de doença pulmonar. Não conheci esse meu tio. Minha mãe conta que era um rapaz alegre, amigo e de muito bom coração.
Em 1955, minha avó ficou viúva aos 60 anos. Era uma pessoa autoritária, decidida, vaidosa, briguenta e muito agitada. Não conseguia manter as amizades e, por onde passou, deixou estilhaços. Tinha bate-bocas com meu pai e com os vizinhos. Acabou morando sozinha até completar 94 anos de idade quando faleceu em 1990. Assim foi minha avó, uma mulher que trabalhou, lutou e enfrentou a vida. Teve dois grandes amores. O filho Otílio e a neta Maria Ondina, minha irmã.
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Enviado pelo colega
Manoel Ianzer
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5 comentários:

Manoel Ianzer disse...

Esqueci de dizer que minha avó tinha o apelido de "Mimosa".
P/ esclarecer, meu nome completo é Manoel Francisco Madeira Ianzer

Anônimo disse...

Querido amigo, que bela família!
Karol Testa

BIA disse...

Oi Manuel!!!
Muito bonita a história da sua familia e da sua vó!! Uma mulher muito corajosa e guerreira, pelo jeito enfrentava tudo e à todos, talvez por isso os estilhaços!!! Dedico a frase de Che Guevara à ela:“É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais...” Abraços Bia

Argemiro de Brito disse...

Querido amigo Manoelito!
Como sempre, voce e suas estórias familiares, aliás muito bem vindas e sempre bem humoradas. Eta veinha "porreta" essa sua avó. Baitabraço de coração Bageense.

Manoel Ianzer disse...

Carol, Bia e Argemiro, cada um de vocês falou um pouco de minha avó. Eu complemento, enquanto ela viveu na chácara, recebia ou visitava os amigos e parentes aos domingos, tudo corria em harmonia. Após a morte de meu querido e tranquilo avô, ela foi morar na cidade e ficou sem chão. Descontou nos netos, vizinhos, no genso e em quem estivesse por perto.
Mas sempre foi honesta, decente e responsável.