17 de outubro de 2010

Um baú no Pampa – XI, A Revolução de 30. Prosit, Dr Getúlio!


Eroclides, bem à vontade, preferiu brindar ao Dr. Getúlio

O Rio de Janeiro, em 1930, era a nossa grande metrópole, sede do governo e onde tudo acontecia. São Paulo por sua vez, rica e influente com a exportação do café, e que vinha dominando a política nacional junto com Minas Gerais, tentou emplacar mais um paulista na presidência da república, quebrando o pacto com Minas, a chamada política do "café com leite", que era basicamente a alternância de um presidente mineiro com um paulista.
O Rio Grande estava pacificado por Vargas desde 1928, que pôs fim a décadas de derramamento de sangue entre maragatos e pica-paus. Getúlio, que segundo minha avó Orphelina Guasque, era "ladino que só ele", viu aí a oportunidade que almejava, candidatando-se para presidência, pois ocupava no momento o cargo de governador do Rio Grande do Sul. Mas o presidente Washington Luiz queria Júlio Prestes como seu sucessor, e numa eleição fraudulenta estava feita a confusão.
Um movimento que começa em 3 de outubro de 1930, meticulosamente armado pelo maquiavélico Vargas, fez com que um rastilho de pólvora incendiasse o nosso Rio Grande, afinal o nosso candidato havia sido passado para trás numa corrupta eleição da chamada República Velha.
Todos os filhos do bisavô Guasque vão pegar em armas, para dar uma lição em quem se atrevia a  ficar contra o Dr. Getúlio. Chegando ao Rio de Janeiro, depois de dias dentro dos trens, a gauchada de Bagé viu que as coisas já tinham se pacificado. 
O teimoso Washington Luiz, convencido pelo Cardeal Arcoverde que tinha perdido a parada, pegou seu chapéu e foi embora, amaldiçoando seu ex-ministro da fazenda, que era o próprio Vargas.
Alguns gaúchos amarraram acintosamente os seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco, marca suprema de civilização da “Capital Federal”. Outros preferiram uma cerveja bem gelada, como o nosso Eroclides Correa Guasque  que, junto com dois amigos, levantou um brinde ao novo presidente.
Prosit, Dr Getúlio!
.
Enviado pelo colega
Gerson Luis Barreto de Oliveira
.
.

6 comentários:

ISABEL disse...

hola LUIZ CARLOS
gracias por visitar mi blog
esa colcha de la portada del blog,
es uno de mis primeros trabajos
haciendo patchwor
me alegra que te haya gustado
un saludo

ISABEL

Anônimo disse...

Isabel
Gracias por agradecer a Vaz en mi postage, nosotros nos quedamos muy contentos con la participacíon de usted.

El blog tiene sido bárbaro, o que en inicio era para la divulgacion de el libro de mi ancestro " Don José Guasque, de la España de los Buorbon hasta Brazil Imperial y Revolucion Farroupilha ".
Saludo
Gerson

Gerson Mendes Corrêa disse...

E depois do trabalho duro, uma cervejinha, porque ninguém é de ferro.

Luiz Carlos Vaz disse...

Olha Gerson, e segundo a história da cerveja no Brasil, pode ser uma cerveja fabricada da "Cervejaria Guanabara", antes denominada de Germânia. Essa fábrica posteriormente foi vendida para a Brahma que, no carnaval de 1934, passou a fornecer seu famoso "chopp" em garrafas de vidro. Prosit!

Anônimo disse...

Então está comprovado que a cerveja faz parte da tradição gaúcha bem como o espírito revolucionário e libertador. Mas como muito bem dizem os chineses, os extremos são perniciosos.

Luiz Carlos Vaz disse...

É, "anônimo", parece que sim. Obrigado por comentar. Se não tem uma conta Google, se quiser, escreva seu nome ao fim do texto.