13 de novembro de 2011

A história das charqueadas - A Santa Thereza



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Recebemos

Vaz,
procurando imagens da Charqueada Santo Antônio, onde nasceu minha mãe (ainda estou em busca) achei esta da Santa Thereza, fundada em 1897 pelo Visconde Ribeiro Magalhães. Eram cinco as charqueadas bageenses naquela época, esta muito moderna, usando máquinas à vapor, trabalhadores assalariados, trabalho em série, diversificação de produtos, etc. Tive a honra e a satisfação de integrar o Conselho Estadual de Cultura do RS na ocasião em que a Heloísa Beckman, na época também conselheira, pediu vista ao projeto que solicitava recursos para a restauração da Vila de Santa Thereza. A conselheira-relatora (uma famosa arquiteta) detonou a proposta e apresentou parecer que, em síntese, não autorizava um centavo para Bagé. A Beckman, como uma leoa, pulou da cadeira, pediu vista, conforme o regimento permitia, e trancou a votação que mataria a liberação do dinheiro... Porém quem intervém assim deve apresentar parecer diferente na reunião seguinte. Pois a Heloisa não se intimidou, redigiu um brilhante parecer e na ocasião oportuna, entre os dois pareceres em votação, aprovamos  em plenário aquele que destinou os recursos para a restauração que permitiram a sonhada obra. Foi a estreia da Heloísa no Conselho Estadual de Cultura, que teve muitas outras ocasiões de acompanhar essa categorizada bageense. 
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Um forte abraço!
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Henrique Pires
Assessor Institucional
Grupo RBS - Unidade Brasília
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Nota do Blog: Em 1933, Jorge Amado, em correspondência a Pedro Wayne, aconselha que ele denomine seu romance (Xarqueada) de Xarque: "Bote Xarque, (assim com X) que fica ótimo... o Oswald acha que eu tenho razão...". Nessa época, as palavras Charque e Charqueada, já eram grafadas com "ch". JA, no caso, apela para o sentimento modernista de PW que - como acabou acontecendo, nomeou seu livro de Xarqueada.
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5 comentários:

Anônimo disse...

Vazamigo

O que eu aprendo cada vez que aqui venho!... Sabia lá o que era uma charqueada ou uma xarqueada. Agora, fui à procura do termo e ganhei mais um tijolo para a minha Travessa. Muito obrigada. E, por falar em Travessa; quando voltarás lá? Chi lo sà?

Bjs da Raquel, qjs para a meninada e em especial para a Maribel e abçs para os homes em especial para tu

olmiro muller disse...

Conheci a charqueada de São Domingos, já em franco declínio.
Ficava no trecho da estrada de ferro entre Bagé e São Gabriel. São Domingos era a 2ª estação.
Só fui para o lado de Santa Teresa em duas ocasiões, mas não conheci a charqueada.

Luiz Carlos Vaz disse...

Henricamigo, fiz um feriado de quatro dias... agora voltando!

Anônimo disse...

Posso algumas informações sobre a charqueada de Santa Teresa, fruto de uma pequisa junto a Rede Técnica Quilombola no "Projeto Quilombos do Sul", também por ser descendente de alguns trabalhadores da época.Posso repassar em tempo oportuno.
RENATO VAZ
(Técnico da Rede Técnica Quilombola)

Luiz Carlos Vaz disse...

Renato, obrigado por comentar aqui. Sua contribuição será bem vinda.