30 de abril de 2012

A Torre do centenário Oscar

Henrique Pires, acompanhado de Silvestre Gorgulho, visitou a nova...
...Torre de TV Digital de Brasília, projetada por Niemeyer, que já é...
Torre de TV Digital é o mais novo projeto do arquiteto Oscar Niemeyer
 
"Visitei, sexta-feira, a nova Torre de TV Digital de Brasília, último projeto de Oscar Niemeyer (obra que inaugurou no dia 21 de abril passado, aniversário da cidade). Fica no alto de um morro (é perto de onde moro) e tem altura equivalente a um edifício de 62 andares. Há dois elevadores, por onde podem subir até doze pessoas em cada um deles.
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No alto há um mirante com janelas redondas que oferecem uma visão 360º da cidade. De cada um dos lados da torre estão duas “pétalas”, cobertas por abóbadas de vidro, com 300 metros quadrados/cada, onde funcionarão um café/restaurante e uma sala de exposições e museu.
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Fui a convite do Governo do Distrito Federal, que abriu especialmente para o grupo do qual fiz parte, composto basicamente por servidores do Patrimônio Histórico Nacional. Eles querem autorização para fazer um parque nacional, tombado, em toda a volta, para que não surjam “construções alternativas surpresa” e outras obras que prejudiquem a paisagem e a visão da Torre.
 
...um dos pontos mais visitados pelos turistas em Brasília.
Numa das fotos estou com o Silvestre Gorgulho, que é o ex-secretário de cultura, que propôs a construção da obra, que acabou sendo edificada em substituição a um projeto que previa a construção de 16 torres de metal no mesmo lugar. Essa torre vai atender a todas as emissoras de TV que terão escritórios técnicos na parte térrea. 
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Levei minha câmera e fiz as fotos em anexo."

Um abraço,
Henrique Pires
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Poesias para o feriado - II, chuva de janelas

Foto Alexandre S Gomes

chuva de janelas
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ângelo alfonsin
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lá fora a vida chove
pela janela

como um conta-gotas

perco a conta de quanta vida

mesmo em gotas já choveu

de tanto olhar a chuva

fico ensopado de janela
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29 de abril de 2012

Poesias para o feriado - I, irmãos em armas

Foto Marcelo Soares

irmãos em armas
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pedro gonzaga
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meus irmãos em armas
as notícias não são boas
perdemos as comunicações
e o rádio-amador deu-se
um tiro na cabeça
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meus irmãos em armas
desce a névoa nas trincheiras
em algum lugar outros são felizes
em nossas casas haverá
um telefonema em contrário
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meus irmãos em armas
nos mataram muito antes
nos cafés da juventude
nas madrugadas literárias
entre homero e drummond
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meus irmãos em armas
cheirem o vento da noite
fechem os olhos tranquilos
resta um cigarro em cada bolso
para a última comunhão
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publicado em pedro gonzaga
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28 de abril de 2012

27 de abril de 2012

Os vice-campeões de 1969

Henrique Oswaldo,  Dunga, Tatalo, Renato, Vicente e Quincas;
Morvan, Messsias, Luiz Carlai, Gonzaga e Nilo.



Direto do baú do Tatalo:
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"Esse time do Estadual foi vice-campeão estadual em 1969. Perdemos na final para o time do Cruzeiro Gabrielense (equipe profissional que foi inscrita por um colégio de São Gabriel), por 1 x 0 e, o pior é que o golo foi falha minha, e isso que eu estava bem, na época jogava no juvenil do Guarany, com Nanão, Pito, Osmar e Carlinhos (na defesa); Ico, Hilton e Migonga (na meia cancha); Toninho, Eder e Machadinho. Joguei nesse time 18 partidas sem levar gol, rsrsrs.
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Desse time do Estadual de 1969, faleceu o Henrique (Henrique Osvaldo Camargo Nunes), que jogava na lateral direita. Também faleceu recentemente o Vicente (Vicente de Paula). Nessa época o Vicente estava no quartel, logo foi para o Santos e depois jogou no Curitiba e no Grêmio.
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O Vicente fazia a zaga com o Renato (Renato Carneiro de Borba), que jogava muito, foi fazer teste no Grêmio, mas não quis ficar. Foi na época do Everaldo (lateral esquerdo da Seleção Brasileira). O Grêmio tinha ido fazer preparação em Gramado e o Renato ficou uma semana dormindo no Olímpico, na cama do Everaldo. Não aquentou e voltou para a terrinha.
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O Dunga (Eduardo Pastorine, filho do Galileu Pastorine, tinha construtora, irmão do Ricardo Pastorine, Neta, jogou no Bagé), é quem está ao lado do Henrique, segundo da esquerda para a direita, em pé, hoje é do alto escalão da Petrobras.
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Tem mais, me aguardem..."
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Enviado pelo colega
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José Carlos da Silveira Osório, o Tatalo
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25 de abril de 2012

Não gosto deste 25 de Abril

Salgueiro Maia (ou Salgueiro Mais?)
 
Não gosto deste 25 de Abril
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Antunes Ferreira, de Lisboa
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Pro
nto! Conheci o Salgueiro Maia, conversei com o Salgueiro Mais, fiquei amigo do Salgueiro Maia, acompanhei a sua via sacra, fui ao funeral do Salgueiro Maia. Que deveria ter-se chamado Salgueiro Mais.

Penso, creio - estou certo? - que ele, na sua ingenuidade de Homem Bom, sincero, valente, humilde e escassamente político, ou mesmo nada, não gostaria deste 25 de Abril de 2012. Como muito gostou do 25 de Abril de 1974. E do que nele fez.


Eu não gosto deste que hoje está a decorrer. Adoro o de 1974 que, infelizmente, segui desde Luanda. Chorei ao ouvir as notícias da rádio que nos iam dando as novidades da data da redenção.


Os meus filhos perguntavam à mãe o porquê do pai estar lavado em lágrimas. De tristeza?, inquiriam. E a Raquel, nada, não, é de alegria. E eles a matutarem sobre essa estranha coisa de chorar de alegria. Que nunca tinham visto. Estaria o pai bem?


Voltei-me para a minha mulher e sussurrei: 
e de raiva por não estar lá!!!. Baixinho, para que os putos não ouvissem e ainda estranhassem mais.

E, de novo, o pai está bem?, está óptimo, feliz, contente. E o choro, só quando dói é que a gente chora... O pai, depois, explica-vos. Mas, podem ter a certeza absoluta, o pai e eu estamos satisfeitíssimos.


Eu não gosto deste estranho 25 de Abril deste ano. E também não gosto deste Governo. E também não gosto deste Presidente da República. Continuo a gostar do capitão Salgueiro Maia; que, repito, deveria chamar-se Mais.



Antunes Ferreira
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Henrique Antunes Ferreira edita o blog A Minha Travessa do Ferreira.
É um especial web-amigo que tive a felicidade de conhecer pessoalmente. Recebeu-me em sua casa com fidalguia e me levou a conhecer as belezas de Lisboa junto com sua admirável Raquel.
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Quarta-feira, Dia Nacional do Sofá - XXII, Mensal, Pernoite, P/Hora


Foto Sergio Fontana

Nem pararam a caminhonete. Diminuíram a marcha e me jogaram para fora comentando em voz baixa que ali na esquina era um bom lugar. Ainda em casa começaram com a conversa de que eu já era velho, que já merecia ter outro destino (até lembrei o filme A Balada de Narayama *...). Mas, pensando bem, quem vai querer sentar num sofá velho tendo que pagar por isso uma taxa Mensal, Pernoite, ou mesmo p/ Hora, só para dar uma descansadinha? Estou começando achar que me jogaram fora...

Fotografia do nosso leitor, sempre atento às ruas, Sérgio Fontana, editor do Blog O Século XXI

(*) A Balada de Narayama - (Narayama Bushi-ko), do japonês Shohei Inamura, diretor que ganhou a Palma de Ouro em Cannes no início dos anos 80.

24 de abril de 2012

Hector da Costa Freitas - seu tempo, sua obra



O Núcleo de Pesquisas Históricas Tarcísio Taborda convida para a apresentação que será realizada hoje, dia 24 de abril, com o tema:
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Hector da Costa Freitas - seu tempo, sua obra
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pelas professoras Sonia Alcalde e Sarita Barros. A apresentarão consiste em um trabalho de pesquisa sobre a obra do escritor bageense e a importância da sua preservação. Nascido no final do século XIX, e falecido em 1972 na cidade do Rio de Janeiro, Hector teve dois livros publicados na década de 30. Em maio serão lançadas duas obras inéditas suas: "Sangas e Coxilhas" e "Orgia das Sombras", pelo espólio de Hiuje Sarmento Freitas, filha do autor.
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A venda dos livros será em benefício da sociedade Caminho da Luz (Escola de Educação Especial, Clínicas e Oficinas) e uma parte da edição será doada para bibliotecas e escolas.
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O NPHTT tem a parceria da Casa de Cultura Pedro Wayne.
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23 de abril de 2012

O Bardo morre todos os dias



Em 23 de abril de 1616, há 396 anos, morria William Shakespeare, o maior autor de língua inglesa. Dono de brilhantes textos presentes em tragédias, comédias e poemas, escritos que têm contribuído para alçar a língua inglesa a importantes postos na literatura universal, pode-se dizer que Shakespeare morre um pouco todos os dias, dada a quantidade de bobagens a ele atribuídas nas redes sociais. Nestes tempos de cultura fácil, a internet é pródiga em "citações shakesperianas", principalmente via Facebook. Pobre Shakespeare! Se vivo fosse, morreria de vergonha.
Mas celebremos o Bardo!
Abaixo, algumas das citações VERDADEIRAS, de Shakespeare, retiradas do Livro das Citações Shakespeare de A a Z, uma seleção de Sérgio Faraco, editada pela L&PM Pocket.
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A todos, teu ouvido; a voz, a poucos. (em Hamlet)
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A imagem da morte deve ser como um espelho que nos ensina ser a vida apenas um sopro passageiro. (em Péricles)

Para os mortos, não há ferrolho. (em  Cimbelino)
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A morte, esse inverno... (em A famosa história da vida do Rei Henrique VIII) 
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Quando não pode a lei fazer justiça, é legal impedir que seja injusta. (em Vida e morte do Rei João)
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Lábios, fazei cessar o amargo verbo, pondo fim à linguagem. (em Timão de Atenas)
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As coisas em si mesmas não são nem boas nem más, é o pensamento que as torna desse ou daquele jeito. (em Hamlet)
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Enviado por
Maribel Felippe
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Imagens do cotidiano - LXXIII, Cachorro vira lata


Se a lata não vira, o cachorro sobe na lata...
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22 de abril de 2012

Todo dia era dia da Terra

Depois que o meu Arthur brinca na terra, a mãe dele dá um banho completo
com sabonete Lifebuoy, o “único que tem um sistema antibacteriano Active 5"
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Quando eu era pequeno a relação com a terra era diferente. Brincar na terra não fazia mal, não causava doença e nem possuía contraindicação. A terra era como nossa mãe: acolhedora, gentil e provedora. A terra era a matéria prima para tudo. Misturando a ela um pouco d’água, era possível, como Deus, moldar não apenas um Adão, mas também tijolos, vacas ou bois.
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A terra era preta ou vermelha, dependendo do lugar onde era cavada para fazer parte do brinquedo. Cuidávamos da terra pois reconhecíamos nela, como eu disse – um ente acolhedor, gentil e provedor. Na escola não ensinavam a cuidar da Terra. Seria como ensinar para crianças de sete nos que era preciso respirar para viver. Isso, nós aprendíamos aos nascer.
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Hoje é diferente (não gosto de falar assim, pois parece uma coisa saudosista...), o contato com a terra é evitado. Na terra existem germes que precisam ser combatidos com cremes e sabonetes caros. Hoje, brincar com terra e água “pode causar infecção na garganta” e as crianças (até as que não brincam com a terra) têm que tomar antibióticos (que são distribuídos fartamente nos postos de saúde). Hoje há os com terra e os sem terra. Hoje há os que se apossam da terra e os que fazem grilagem da terra. 
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Hoje existe até um Dia da Terra.
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Eu não sou mais criança, portanto, “brincar na terra” é apenas uma lembrança guardada num canto da minha memória. Também só fico sabendo que hoje é o Dia da Terra pelas redes sociais, pois isso não faz parte da minha memória. Só sei que, quando era pequeno e brincava muito na terra, o máximo que acontecia era pegar uma “pereba” qualquer que nossa mãe, que como eu disse, era acolhedora, gentil e provedora, tirava rapidinho esfregando nossa pele com um pedaço de sabão “Estrela” comprado no armazém do seu Wayne
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Quando eu era guri, não havia um Dia da Terra, pois
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Todo dia era dia da "terra",
mas agora Ela só tem o dia 22 de Abril...
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21 de abril de 2012

Metaforicamente...

Foto JJ Gonçalves

Metaforicamente...
 .
J.J. Oliveira Gonçalves
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Meu verso (ausente!) repousa
E a rima (muda!) o vigia!
A estrofe? É (quase!) a lousa
Onde o poema se esvazia!
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20 de abril de 2012

Colégio Silveira Martins


Foto Manoel Ianzer

Colégio Silveira Martins
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Manoel Ianzer
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Dedicado à professora Lígia
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olhei aquela foto antiga
Escola Silveira Martins
eu tinha apenas doze anos

um filme veio à minha cabeça

foto de escola
que não se esquece jamais
aquela pose com ar de gente grande
cheio de orgulho
e juventude
porém   ainda cheirando a leite
mas sem saber do destino
e das voltas que o mundo dá

alguns colegas
ficaram em Bagé
a maioria partiu atrás de seus
sonhos
também fui em busca dos meus
outros
viajaram sem avisar
ou dar um "até algum dia"
só sei que passaram por mim
como foguete
deixando apenas fumaça
que o vento carregou
para o céu cintilante
de estrelas

minha primeira professora
tão carinhosa e meiga
uma verdadeira mestra
nobre em seus atos
foi como um raio de luz
aquele clarão de sabedoria
que alegrou meus dias
passou tão rápido
e deixou sua marca
de inteligência
e amor
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Manoel Ianzer
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Do livro Painel do tempo
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