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Klimt,
Mãe e Filho 
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Pequeno poema
Sebastião da Gama (*)
Quando eu nasci, ficou
tudo como estava.
Nem homens cortaram
veias, 
nem o Sol escureceu, nem
houve Estrelas a mais... 
Somente, esquecida das
dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci, não
houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se
espantaram, não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse
enorme, 
bastava toda a ternura
que olhava nos olhos de minha Mãe...
Publicado em O cheiro da ilha
(*) Poeta e professor e  português - 1924-1952 
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