12 de outubro de 2011

Dia da criança

Algumas crianças que passaram pelo Estadual
e, certamente, desenharam por lá um Sol amarelo
 .
Aquarela
Toquinho


Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

.

12 comentários:

Vera Luiza SVaz - maudepoesia.blogspot.com disse...

Essa música traz emoção infantil à criança que habita meu interior, desde os tempos do Estadual... Trato de embalá-la diariamente para que não desista de mim...
Um grande abraço a todos os leitores do blog e suas internas crianças! Abraço especial ao Vaz que proporciona virtuais contatos, encontros e reencontros com os antigos colegas do saudoso Estadual.

Gerson disse...

Tchê Vaz, belo painel fizestes com as fotos. Quantos sonhos nessa época, quantos realizados hoje e quantos ainda a realizar.

Valença disse...

Vaz,como professora de artes, adoro essa música e desejo que, quando nossa aquarela comece a descolorir, possamos ter por perto uma caixa de lápis de cor para dar uma retocada... Feliz Dia da Criança

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Oi, Vaz...
Passando, aqui, para deixar a alegre e fraternal saudação de minha "Criança-Interior" a todas as "Crianças-Interiores" que habitam o recôndito de cada um... E que a Mãe de Aparecida abençoe a todas as Mães - estejam ainda neste Plano ou no Plano Etéreo - mas que conceberam, tiveram e criaram a todos nós: com Amor, com lágrimas e sorrisos, mas, sobretudo, com sua Audácia e sua Fé - sua Infinita Graça de Mães!!
Abraço emocionado!
JJ!

Anônimo disse...

É, fomos crianças, ou ainda somos? Lhes garanto que o guri da foto continua sendo o mesmo guri, porém agora através do neto. O ciclo é perene. Nascer, crescer, reproduzir e morrer. Viva o nosso dia em 2011 e nas próximas décadas.
Grande abraço criançada de Bagé.
Pedro

Luiz Carlos Vaz disse...

Obrigado, Maude, são esses encontros e reencontros, como já disse em outro comentário, que "remuneram" o esforço que fizemos - com a ajuda de todos os colegas, para manter o blog da VG sempre ativo e esperto.

Luiz Carlos Vaz disse...

Gerson, fiz o painel com material de "arquivo", que vou juntando conforme o pessoal manda, não teria a graça da surpresa se eu pedisse aos amigos para enviar fotos da meninice... Um abraço pelo "nosso" dia!

Luiz Carlos Vaz disse...

Valença, boa ideia, não podemos deixar que nossas cores fortes da infância esmaeçam assim, só porque o tempo insiste em passar com mais rapidez do que naqueles tempos de criança...

Luiz Carlos Vaz disse...

Duros tempos aqueles, JJ, das nossas mães e pais, fazendo de tudo para que estudássemos no Estadual. Valeu a pena, com certeza. Nossa eterna gratidão a eles.

Luiz Carlos Vaz disse...

Pedro, e como é bonito ver essa criançada que vai nascendo, ora com jeito do pai, outras vezes com traços da mãe, ou com os cacoetes dos avós, nos sucedendo nas lidas deste mundo velho sem porteira...

Anônimo disse...

Tenho que acrescentar ainda, embora tardiamente, os parabéns à esse grande jornalista que consegue fazer-nos recordar a vida de Bagé.
Grande abraço.
Pedro

Luiz Carlos Vaz disse...

Falando em recordar, Pedro, já vai preparando a poesia do 3º Encontro...