2 de outubro de 2011

A poesia necessária - X, da quietude


da quietude
maude

da quietude da sala
melhor se vê o mundo
interno...

da quietude do pensamento
abraça-se gostosamente
a vida...

da quietude do vento
observa-se a mudança
do tempo...

da quietude da ausência
sente-se profundamente
a presença...

da quietude do gato
deduz-se o sonho
com um passarinho...

da quietude da mansa chuva
vem a gostosa vontade
de bocejar...
_______________
.
..

3 comentários:

J.J. Oliveira Gonçalves disse...

Oi, Vaz...
Gostei muito desse texto! Ele tem muito a ver comigo. Com meu jeito um tanto esquisito de ser. Pois sou um camarada das quietudes e dos silêncios... Os versos e as imagens nos permitem fazer leves os pensamentos e embalá-los na rede diáfana e silente dos Sonhos...
O poema de Maud e a fotografia do Marcelo fazem um "casamento" perfeito - eis que, em ambos, a Metáfora Poética desabrocha aos nossos olhos, aos nossos Sentimentos, pintando instantâneos de Paz, em clima lírico e gostosamente bucólico...
Um franciscano abraço a todos!
JJ!

Léli disse...

Que lindo! Adorei Maude!
E vou te dizer, esta foto é muito
linda!!!
Gostei muito viu Vaz!
Beijão

Vera Luiza SVaz - maudepoesia.blogspot.com disse...

Nestes "tempos bicudos", como sabiamente falou Quintana, há que se cuidar do broto de germinação da plantinha chamada quietude que teima sempre em germinar em nosso jardim interno... Difícil... Tantas vezes somos arrancados para situações de desassossego e conflito! Tempos bicudos...
Obrigada, queridos amigos JJ, Leli e Vaz pela delicadeza da leitura, pelas palavras de acolhida e incentivo. São uma rega especial na plantinha da quietude... Abraço!