18 de abril de 2012

O Bagé dos 7 x 0



Bem, depois das fotos históricas do Calvet, no Santos e no Guarany, não posso deixar de publicar uma foto antiga - e inédita - do Grêmio Esportivo Bagé. Vai então essa do time que em 18 de abril de 1954, portanto há exatos 58 anos, meteu 7 x 0 no Grêmio Atlético Farroupilha, em Pelotas, no Estádio das Laranjeiras.
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Da esquerda para a direita, em pé: Saul, Sérgio, Nascimento, Táboa, Xavier e Barradinha; agachados, na mesma ordem, Camargo, Velho, Balejo, Cross e Tejera.

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Arquivo Aldemar Garcia
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5 comentários:

Anônimo disse...

Este Saul seria pai do Saulzinho ? estou esperando também pelo Tupanzinho, meu ídolo, cuja história na academia do Parque Antártica é uma epopéia.

olmiro muller disse...

Esse Saul e Saulzinho foram contemporâneos, tanto que, em certo período, ambos jogaram juntos no Guarany. Então, o zagueiro passou a chamar-se Saul Mujica e o atacante continuou Saulzinho.

Luiz Carlos Vaz disse...

Olhaí, Ângelo, o Olmiro também entende tudo da dupla Ba-Guá.

Anônimo disse...

Vaz, que maravilha ter estes depoimentos de gente que conhece, futebol para mim vai de 1982 ( Seleção de Telê ) para "antes de Cristo", o resto é o que restou.
Bagé foi um dos principais centros futebolísticos do Estado, mais tarde do Brasil, já que Calvet e Tupanzinho vestiram a camiseta amarela do Schlee.

Hamilton Caio Vaz disse...

Quando o assunto é futebol, é comum ouvirmos os amigos falarem sobre a origem de suas preferências pelo time, ou times, para o qual torcem. Pois também tenho a minha história de como me tornei um colorado, embora “frio”, pois nunca fui torcedor fanático por nenhum time.
Essa lembrança me veio com o título do post: “O Bagé do 7 x 0”. Pois, o Grêmio Esportivo Bagé foi finalista com o Grêmio no campeonato estadual de 1957, ano em que entrei no Colégio Estadual. O primeiro jogo foi em casa, e o Bagé conseguiu um empate, parece-me que com 0 x 0. O outro jogo foi em Porto Alegre, e o Grêmio enfiou 7 x 0 no Bagé. E o Abelha ficou com o vice-campeonato estadual. Esse placar, sim, nunca esqueci, e desde então me tornei um anti-Grêmio, que evoluiu ao natural para a cor contrária, a Colorada.

Como vês, Ângelo Alfonsin, no distante ano de 25 AC, pelo teu calendário futebolístico, o Grêmio Esportivo Bagé, junto com o Guarany, estavam entre os grandes do futebol gaúcho. O Guarany conquistaria essa mesma classificação no ano seguinte, o ano em que o Brasil se sagrava, pela primeira vez, Campeão do Mundo. O Grêmio de Porto Alegre era novamente o campeão estadual.

Esse parâmetro esportivo indicava também a pujança econômica da cidade, que, lamentavelmente, chegava ao ocaso naqueles míticos, para mim, finais dos aos 50.
Não é por acaso que o Bagé foi campeão estadual em 1925, com o Grêmio de vice, e o Guarany foi campeão em 1920 e 1938, tendo Grêmio e Rio-Grandense de vices, respectivamente, sem contar vários vice-campeonatos da dupla Ba-Gua, nessa primeira metade do século XX, quando então os grandes da economia gaúcha eram Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande e Bagé, nessa ordem.